23 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Titulo: Atenção à Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento

Aluno: Dayan Cervantes Valdes.

Orientador: Cleyton Cezar Souto Silva

As crianças ocupam um cenário importante nas estratégias e ações de saúdes implantadas no Sistema Único de Saúde (SUS) garantindo as mesmas amplo acesso aos serviços e garantia de recursos para a manutenção da vida saudável. A partir de novos estudos, debates e encontros por meio de entidades, políticos e representantes de instituições, foi estabelecida pela Portaria 1.130, em cinco de agosto de 2015, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). Deste modo, a PNAISC busca integrar os princípios do SUS na garantia de melhoria e qualificação dos cuidados, por meio da articulação dos serviços que compõe a rede de atenção à saúde (BRASIL, 2015).

A Atenção Básica (AB) influencia positivamente na construção e participação do cuidado longitudinal das crianças. Nesse nível de atenção, as ações de enfermagem estão voltadas para a avaliação e busca de estratégias que viabilizem a qualidade de vida e suprimento das necessidades, onde os profissionais estão sempre atentos à saúde das crianças, gerenciando e articulando as ações voltadas à promoção e prevenção de doenças, reduzindo os índices de morbimortalidade das mesmas (REICHERT et al., 2012).

Minha equipe realiza consultas de puericulturas nas crianças menores de dois anos de vida para avaliar o crescimento e desenvolvimento através do peso, altura, circunferência cefálica e torácica, onde são preenchidas na caderneta para crianças e prontuário individual existente na unidade alem de levar um controle das datas das vacinas aplicadas, dos exames especiais realizados como (teste do pezinho). 

As consultas são realizadas mensalmente na Unidade Básica de Saúde (UBS) as mesmas são feitas por protocolos de atendimentos a crianças e por ordem de prioridades. Nós  realizamos busca ativa dos recém-nascido nas áreas por meio das visitas domiciliares da equipe, mediante os agentes comunitário, fazemos o cadastramento e programamos sua primeira consulta na unidade, nessa primeira consulta são registrados os riscos ambientais, biológicos e domésticos que influam no desenvolvimento da criança, também há avaliação completa mediante um exame físico (cefalo/caudal) para identificar alguma anomalia pos-natal.      

Nossa equipe trabalha para evitar ter crianças prematuras, baixo peso ou com doenças de algum tipo que ponha em perigo a vida do bebe, realiza consulta com a grávida desde começo da gravidez fazendo palestras educativas sobre adequada alimentação, interconsultas com a nutricionista e indicação de vitaminas durante e depois da gravidez, e acompanhamento do peso materno e fetal. Também são feitas ações de saúde na área focada na prevenção de doenças gastrointestinais, respiratórias e higiene bucal assim evitamos que crianças morram por desidratação e outras complicações maiores.

A equipe interviu e realizou acompanhamento de uma criança de um ano com varias consultas por falta de ar, infecção respiratória de repetição, signos clinico de asma bronquial,  com escasso ganho de peso, com esquema de vacinas atrasadas, filha de uma adolescente de 15 anos, com abandono dos estudos, o marido pai da criança era pescador, fumante, domicilio em más condições higiênicas. A equipe realizou ações educativa, tendo a assistente social incorporado  a mãe dela aos  estudos e receber um beneficio. A criança foi avaliada, diagnosticada, classificada e tratada pelo Clinico Geral da unidade e acompanhada por especialista em Pediatria, foram atualizadas seu esquema de vacinação e fizemos um acompanhamento da altura, peso, circunferência torácica mensalmente obtendo ótimos resultados no crescimento e desenvolvimento da criança.

O Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu o mandato específico do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para promover o direito à vida e à saúde de crianças e adolescentes, mediante a atenção integral à saúde, que pressupõe o acesso universal e igualitário aos serviços nos três níveis da atenção. Essa tarefa exige o desenvolvimento de ações de promoção da saúde, a prevenção de doenças e agravos, a atenção humanizada e o trabalho em rede (BRASIL, 2010).

A infância é um período em que a maior parte das potencialidades humanas desenvolve-se (BRASIL, 2009). Assim, os problemas enfrentados pela criança desde a tenra idade poderão trazer graves consequências na fase adulta. Crianças e adolescentes devem ser entendidos como sujeitos de direitos, com especificidades que merecem tratamento prioritário pelas políticas públicas de saúde (BRASIL, 2010).

A equipe trabalha contra a violência infantil através do apoio do Assistente Social e Psicóloga do grupo NASF, qualquer indicio de violência e agressão a crianças e adolescentes são rapidamente investigado e denunciado às autoridades pertinentes.

Como debilidades ainda nos falta alcançar a sistematização dos atendimentos das consultas a crianças saudáveis (puericulturas) com a periodicidade que corresponde, trabalhar para evitar ter crianças com vacinas atrasadas e melhorar a qualidade de vida das crianças.

 Como potencialidade a equipe tem identificado e cadastrada na UBS 100% das crianças de nossa área, contamos com estoque de medicamentos para tratar doenças mais frequentes e contamos com uma equipe composto por a enfermeira, técnica em enfermagem e um Clinico Geral.

Com a continuidade de nosso trabalho, sistematização e periodicidade se espera  alcançar qualidade em nossos atendimentos, melhorar a saúde infantil, reduzir a mortalidade infantil, trabalhar na  promoção e proteção do crescimento e desenvolvimento da criança, elencar ações clinicas e de atenção integral no cuidado dos principais agravos, doenças prevalentes e fatores de riscos relacionados a saúde infantil.

Referencias

ALMEIDA, P. V. B.; MAGALHAES, M. L. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. In: São Paulo carinhosa: o que grandes cidades e políticas intersetoriais podem fazer pela primeira infância. 2016. Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/comunicacao/noticias/imagens/2016_06_30_lr_LancLivroSPCarinhosa_Alta_001.jpg>. Acesso em: 24 jul. 2016.

AMARAL, J. J. F. AIDPI para o ensino médico: manual de apoio. Brasília: Organização Pan–Americana da Saúde (Opas), 2004. 179p. Disponível em: <http://www.opas.org.br/aidpi/

home/manual.html>. Acesso em: maio 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 108 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 2.479, de 30 de dezembro de 2010a. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde ngov.br/bvs/subdelegais/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html>. Acesso em: 20 fev. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violência: orientações para gestores e profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2010b. 104p.

MAGALHÃES. M. L. Atenção Integral á Saúde da Criança: uma proposta de indicadores para monitoramento da linha de cuidado. Escola nacional de Saúde Pública. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2011.

MAGALHÃES, M. L. Atenção integral à saúde de crianças em situação de violências: uma proposta de indicadores de monitoramento da linha de cuidado. 2011. 106 f. Dissertação (Mestrado em Políticas de Saúde) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2011.

BOURBEAU, J. et al. Reduction of hospital utilization in patients with COPD: a disease specific self-management intervention. Arch Int Med, v. 163, n. 5, p. 585-591, mar. 2003.

 

 

 

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