26 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO: Atenção à Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento.

Especializando: Carlos Tejeda Clemente

Orientador: Cleyton Cesar Souto Silva

  INTRODUÇÃO

 

     Os primeiros anos de vida são reconhecidamente aqueles em que melhor se pode estimular o desenvolvimento global do indivíduo. É um ciclo de grande promessa e ao mesmo tempo de ameaças consideráveis (BRASIL, 2016a).

     Adotar medidas para o crescimento e o desenvolvimento saudáveis significa garantir um direito da população e cumprir uma obrigação do Estado, conforme recomendado na Reunião de Cúpula em Favor da Infância (Nova York, 1990), na Conferência Internacional de Nutrição (Roma, 1992), nas políticas de saúde da criança (1980 aos dias atuais) do Ministério da Saúde, no Estatuto da Criança e Adolescência, bem como na semana de saúde integral (BRASIL, 2002).

     A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), lançada em 2006, destaca a construção de um modelo de atenção que prioriza a qualidade de vida, com ações para a prevenção de violências e estímulo à cultura de paz. Tem por objetivo atuar sobre os determinantes das doenças e agravos, investindo em políticas indutoras de modos de vida promotores de saúde e ambientes saudáveis (BRASIL, 2006a).

     A equipe de trabalho da UBS Wender Rodrigues de Souza tem a responsabilidade de seguir os protocolos estabelecidos pelo Ministerio da Saúde em relação ao cuidado das crianças. Esse é o motivo pelo qual o nosso grupo se reuniu para analisar como é que essas diretrisez são cumpridas em nosso território. Para isso contamos com o estudo do instrumento AMAQ, Dimensão: Perfil, Processo de Trabalho e Atenção Integral à Saúde, L – Subdimensão: Atenção integral à Saúde, 4.16 ate 4.20

1-     4.16 A caderneta de saúde da criança é solicitada e atualizada por todos os membros da equipe de atenção básica em qualquer atendimento a crianças até nove anos de idade.

2-     4.18 A equipe de atenção básica acompanha as crianças com idade entre 12 meses e 9 anos, com definição de prioridades a partir da avaliação e classificação de risco e análise de vulnerabilidade.

3-     4.19 A equipe de atenção básica desenvolve ações sistemáticas, coletivas e individuais, desde o pré-natal até os dois anos de vida da criança, para incentivar e orientar o aleitamento materno e a introdução de alimentação complementar saudável.

4-     4.20 A equipe de atenção básica realiza todas as vacinas do calendário básico do programa nacional de imunização na população de crianças até 10 anos.

Atividade bem-sucedida consideradas pela equipe na atenção à saúde das crianças

     Depois de refletir sobre as atividades realizadas na UBS Wender Rodrigues, no acompanhamento da atenção a saúde das crianças, chegamos á conclução de que uma das ações bem sucedidas que desenvolve nossa equipe é aquela relacionada a 4.18 (A equipe de atenção básica acompanha as crianças com idade entre 12 meses e 9 anos, com definição de prioridades a partir da avaliação e classificação de risco e análise de vulnerabilidade.)

     Esta atividade é desenvolvida na UBS, onde participam mães e pais de crianças entre um a nove anos de idade no dia da consulta de cuidado continuado/programado (consulta de puericultura ), sendo feito pela equipe quinzenalmente na quarta-feira, na sessão da tarde,  com a participação dos profissionais da equipe e em parceira com o NASF (núcleo de apoio a saúde da família).

     Os topicos são direcionados para saber: Desenvolvimento das crianças, tanto fisicas como  mentais, estilos de vida,  perigo de acidente em casa, adaptação á escola, como eles relacionam com outras ciranças.

     As sessões  ocorrem através de rodas de conversa, tirando dúvidas e quebrando tabus, com uma apresentação baseado nos Cadernos de Atenção Básica, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, insistindo fundamentalmente na importância do desenvolvimento das crianças nos diferentes momentos da sua vida. Também são realizadas perguntas sobre a temática, incentivando a participação do público presente a responderem o que mesmos sabiam sobre o topico tratado.

     Ha muitas anedotas contadas pelos pais, que contribuiram para alimentar a experiência dos profissionais da nossa equipe e em geral as atividades tem boa aceitação na comunidade, já que ajudam para melhorar a interação da unidade de saúde com a população, quais impactos são positivos para o bom desenvolvimento dos seus filhos.

     Um exemplo disso é que nos ultimos seis meses foi possível reduzir o índice de acidentes domésticos em 87 %.

     Nossa equipe aprendeu com nesta microintervenção, que a prática de atividades educativas em saúde torna-se um instrumento eficaz de transformação das pessoas, por tanto devem sempre ser realizadas considerando-se as particularidades e singularidades de cada uma, respeitando suas crenças e saberes popular.

     Uma das principais dificuldades percebidas pela equipe nestas atividades foi a falta de conhecimento que existia entre os pais participantes do grupo, com relação a temas de fundamental relevância como esses tratados.

     Como potencialidades destaca-se o reconhecimento deles logo de ver a significância do aprendizado, já que depois das primeiras sessões educativas, onde a troca de experiências vivenciada é compartiliada por todos, bem como os conhecimentos assimilados durante esse processo, eles foram capazes de responder as preguntas que foram feitas ao final de cada topico.

     Espera-se desta atividade traga benefícios tanto á pais, quanto para criança, tendo em conta que possibilitarão promover o conhecimento dos pais referentes aos tópicos trabalhados, sendo também ressaltada a notável interação entre os participantes em todas as atividades, o que promove o compartilhamento de saberes e experiências em relação à prática de cuidado à criança e melhora a interação entre a unidade de saúde com a população.

Referências:

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica Atenção à Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento /Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. -1. ed., 1. reimpr. -BRASILIA :Ministério da Saúde ,2016a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Assistência Pré-natal: Manual Técnico, 3ª edição, Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Diretoria de Articulação de Redes de Atenção à Saúde. Redes regionalizadas e territórios integrados de atenção à saúde – TEIAS: a estratégia: pressupostos, componentes e diretrizes. Brasília, DF, 01 out. 2006.

 

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