15 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

MICROINTERVENÇÃO ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO NA UBS MANOEL DOMINGOS

ESPECIALIZANDO: BEATRIZ ROSALES PONCE

FACILITADOR: ISAAC ALENCAR PINTO

 

            Na unidade de saúde Manoel Domingos, da qual formo parte, a puericultura é desenvolvida tanto pelo médico como pela enfermeira, funcionando então assim: após o nascimento do bebê, que já encontra-se na área, o agente de saúde comunica à enfermeira da nossa unidade, aí fazemos a primeira consulta pós-natal no domicilio ao quinto dia do nascimento.

Nesse momento, a mãe é informada sobre vacinação (BCG e Hepatites) – se a criança não foi vacinada nós o fazemos antes dos 30 dias contados a partir do nascimento. Realizamos triagem de doenças por meio de teste do pezinho (para o diagnóstico de doenças como: Fenilcetonuria, Hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e Fibrose cística), além do teste da orelhinha, linguinha e olhinho, conduzidos por especialistas em Pediatria e Fonoaudiologia em nosso município. Orientamos também sobre os cuidados gerais do Recém Nascido, a importância do aleitamento materno com livre demanda até 6 messes de vida e cuidados do cordão umbilical.

Fica marcada a próxima consulta da criança aos 30 dias do nascimento, sendo feito tudo até 12 meses de idade. Após essa idade, até os 24 meses de 3 em 3 meses; de 2 anos até 5 anos de 6 em 6 meses. Toda criança a partir de 6 meses recebe suplemento de vitamina A até 5 anos e sulfato ferroso até 2 anos, para assim evitar anemia e hipovitaminose.

Na realização da microintervenção, a equipe fez um questionário levando em consideração as recomendações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica.

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?

 

ü   

 

A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?

 

ü   

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?

 

ü   

 

A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

 

ü   

 

Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?

 

ü   

 

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

ü   

 

Crescimento e desenvolvimento

ü   

 

Estado nutricional

ü   

 

Teste do pezinho

ü   

 

Violência familiar

ü   

 

Acidentes

ü   

 

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

 

 

ü   

A equipe realiza busca ativa das crianças:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

ü   

 

Com baixo peso

ü   

 

Com consulta de puericultura atrasada

 

ü   

Com calendário vacinal atrasado

ü   

 

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?

 

ü   

 

A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?

 

ü   

 

 

Ao concluir o questionário percebemos que a maior dificuldade que nossa equipe apresenta é no item do acompanhamento de casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho tutelar), e também com a recuperação das consultas atrasadas.

 A violência contra crianças e adolescentes é um fenômeno complexo que está relacionado a pouca visibilidade, a ilegalidade e a impunidade. Considerando que a mesma possui causas multifatoriais, necessita de uma intervenção multidisciplinar para o atendimento resolutivo. Nesse sentido, a equipe de saúde percebeu que todos os profissionais que possuem contato direto com o paciente tem uma importância crucial na identificação, notificação e intervenção das situações de violência dentro da comunidade.

Trabalhar de forma multidisciplinar possibilita uma melhor discussão sobre os desfechos que a equipe de saúde pretender alcançar, evitando medidas precipitadas que podem acabar afastando a família. A equipe decidiu trabalhar melhor no fluxograma de atendimento da criança vitima de violência resguardando antes toda a privacidade do paciente e deixando claro para ele que nós, como profissionais, estamos dispostos a escutá-lo sem fazer julgamentos, favorecendo assim o vinculo de confiança.

Também achamos fundamental o fato de que a família deve ser envolvida no atendimento para que possa contribuir com o tratamento do paciente, além de possibilitar uma melhor relação entre seus membros, Como os casos de violência contra a criança precisam de uma intervenção ampliada a equipe percebeu a necessidade de melhorar o vinculo com outros profissionais como psicólogo, assistente social, órgãos de proteção como o conselho tutelar  e assim  garantir um  melhor atendimento, acompanhamento e resolutividade do problema e que o paciente possa voltar a sua vida normal o quanto antes possível.

Dado o fato de apresentar essas deficiências a equipe fez um compromisso de recuperar todas as consultas atrasadas de crianças até dois anos de vida, mediante a ajuda dos agentes comunitários de saúde na pesquisa ativa de crianças com atendimentos atrasados e colocar em dia as mesmas, garantindo assim que os atendimentos estejam em dia e melhorar o nosso atendimento na UBS.

 

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