2 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 Título: Comportamento do Crescimento e Desenvolvimento da Saúde da criança no território do Parque das Luzes.

Especializando: Ana Lucia Pena Paredes.

Orientadora: Maria Helena Pires Araújo Barbosa.

   

        Na Estratégia de Saúde da Família (ESF) – VI Parque das Luzes à equipe utiliza protocolos voltados para atenção às crianças menores de dois anos; Possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território adscrito; Utiliza a caderneta de saúde da criança para seu acompanhamento; Há ficha espelho das cadernetas de saúde da criança com a vacinação em dia, estado nutricional e data que foi realizado o teste de pezinho.

         Fazemos busca ativa dos casos de violência familiar conjuntamente com o Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e Conselho Tutelar; Identificamos os riscos de acidentes; Desenvolvemos ações de promoção ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses, assim como ações para estimular a introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança. Porém ainda temos crianças menores de dois anos com puericultura atrasada.         

        Considerando que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de todas as crianças menores de dois anos como é preconizado no Padrão 4.18 do Programa da Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) é necessário para a detecção precoce e intervenção oportuna de alterações nesta faixa etária. Nossa equipe ainda não consegue realizar todas as consultas de puericultura de todos os menores de dois anos optamos por realizar a microintervenção baseada neste padrão. O objetivo é alcançar o acompanhamento de todas as crianças menores de dois anos.

           Na construção da microintervenção o primeiro passo foi uma reunião da equipe de saúde onde elaboramos uma matriz de intervenção (quadro 8). A estratégia utilizada foi realizar ações de promoção da saúde para melhorar a adesão das famílias às consultas de puericultura, monitoramento e avaliação. Para assegurar o cumprimento dessa estratégia foram desenvolvidas atividades como: elaboração de um cronograma de ações educativas e reuniões sistemáticas da equipe. Os recursos humanos necessários foram: médica, enfermeira, técnica de enfermagem, cirurgião dentista, técnica de saúde bucal, diretora, Agente Comunitário de Saúde (ACS). Os recursos matérias utilizados foram as cadernetas de saúde da criança, prontuários e as fichas espelho; Os recursos tecnológicos Datashow e computador.

           O prazo da microintervenção foi os 30 dias do mês de agosto e os mecanismos de avaliação consideraram o número de ações educativas realizadas e a quantidade de puericultura feita aos menores de dois anos. Utilizamos um instrumento para o padrão avaliado (quadro 9) e preenchemos um questionário que pautou-se nas ações preconizadas pelo Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), conforme pode ser verificado no quadro 10.

Quadro 10. Questionário sobre a atenção à saúde da criança na ESF VI Parque das Luzes

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?

 

 

x

A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?

 

x

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?

 

x

 

A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

 

x

 

Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?

 

x

 

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

x

 

Crescimento e desenvolvimento

x

 

Estado nutricional

x

 

Teste do pezinho

x

 

Violência familiar

x

 

Acidentes

 

 

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

 

x

 

A equipe realiza busca ativa das crianças:

 

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

x

 

Com baixo peso

x

 

Com consulta de puericultura atrasada

x

 

Com calendário vacinal atrasado

x

 

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?

 

x

 

A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?

 

x

 

 

 

            Foram identificadas como fragilidades a pouca adesão dos familiares (especialmente as mães adolescente) às consultas de puericultura; Migração frequente de famílias para outras áreas, principalmente na microárea de Nova Floresta, o que dificulta o seguimento adequado das mesmas; Insuficientes atividades para grupos vulneráveis como mães e pais adolescentes.

            Como potencialidades foram identificadas a utilização de protocolos voltados para criança menores de dois anos; Utilização da caderneta de saúde da criança no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança; Existência de ficha espelho na unidade básica de saúde; A estimulação do aleitamento materno e alimentação saudável seguindo as guias de alimentação saudável.

        Na execução da microintervenção, na reunião da equipe, foi definida a necessidade de realizar ações de promoção da saúde para melhorar o acompanhamento das crianças menores de dois anos. Para isso cada ACS fez um levantamento em suas microáreas das crianças menores de dois anos que tinham puericultura atrasadas. Posteriormente elaboramos um cronograma de palestras onde abordamos temas como: conceito de puericultura, importância do cumprimento do calendário de consulta de acordo com a faixa etária e a participação dos pais; Crescimento e Desenvolvimento normal da criança menor de dois anos; Uso complementar de ferro e vitamina A; Detecção precoce das alterações por meio da puericultura e seu acompanhamento e a possibilidade de encaminhar oportunamente para os serviços especializados; Funções das instituições de suporte como CRAS e Conselho Tutelar no caso de violência familiar em crianças; Calendário de vacinação entre outras.

            As palestras foram realizadas no horário extra laboral para garantir a participação dos usuários envolvidos. Além disso, de forma exitosa foi criada, em parceira com o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF–AB), o círculo de lactantes que permitiu treinar as mães na estimulação do desenvolvimento da criança, reforçar os temas abordados nas palestras e trocar experiências. Nas reuniões da equipe monitoramos e avaliamos sistematicamente o desenvolvimento das atividades educativas programadas.

         Com a microintervenção aprendemos que as ações de promoção de saúde ajudam ao seguimento adequado do crescimento e desenvolvimento das crianças e que a qualidade da puericultura e o preenchimento correto da caderneta de saúde da criança são ferramentas indispensáveis para alcançar um bom seguimento.

          Durante a microintervenção as principais dificuldades estavam relacionadas com poucas ações de promoção de saúde para estimular as famílias a levar as crianças às consultas estabelecidas no calendário. A maioria das mães só preocupava-se pela atualização da vacinação e a equipe tem que ter uma atitude mais oportuna para garantir uma atenção integral das crianças.

         Os impactos alcançados ao longo do período foram: melhor acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças menores de dois anos e diminuição das consultas de puericultura atrasadas; Maior adesão das famílias nas consultas de puericultura com diminuição dos faltosos; Aumento dos conhecimentos sobre temas relacionados ao crescimento e desenvolvimento das crianças, em particular das mães e pais adolescentes; Funcionamento sistemático do Círculo de Lactantes. 

          Com a continuidade da microintervenção esperamos que as ações com sucesso no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças sejam acrescentadas na prática do trabalho diário e aquelas que ainda temos dificuldades tenham resposta positiva com as ações propostas, pois elas  conseguirão apoiar o acompanhamento integral da saúde da criança como é indicado no Programa Nacional de Melhoria da Qualidade e Acesso da Atenção Básica.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                

  

  

 

  

    

 

      

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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