TÍTULO: Atenção na Saúde Mental na UBS: José Nailson Moura. Itabaianinha. Sergipe.
ESPECIALIZANDO: Yaniel Alexander Tamayo Verdecia
ORIENTADOR: Maria Helena Pires Araújo Barbosa.
Os problemas de Saúde Mental são muito comuns e tem uma alta demanda no território brasileiro porem a Atenção Primaria de Saúde é o primer cenário de acolhimento para os pacientes com transtornos mentais.
É por isso faz-se necessário reconhecer qual são as opiniões relatadas pelos usuários que chegam aos serviços de atenção básica em nossas unidades. Os profissionais tem o desafio de escutar e dar continuidade as boas opiniões por isso nesta microintervenção falaremos dos cuidados específicos dos pacientes com transtorno mental em nossas 9 microáreas que começa pela mesma equipe até os especialistas mais qualificados. Nosso município conta com um Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) ou Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) onde existe um ótimo relacionamento e uma boa comunicação por parte dos profissionais.
O nosso principal objetivo no atendimento à saúde mental na UBS é sensibilizar aos membros da equipe, acolher os usuários que precisam de apoio emocional na UBS e possibilitar um adequado atendimento por parte de todas as entidades especializadas de nosso município.
Para conseguir fazer esta microintervenção a equipe teve que fazer uma reunião onde foram avaliados aspetos importantes para melhorar e manter um ótimo desenvolvimento dos cuidados da saude mental em nossas áreas para isso utilizaram como apoio o instrumento avaliativo do Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ/AB) onde foram expostos problemas como as chegadas das urgências psiquiátricas na unidade e a capacidade de enfrentamento. A Unidade Básica de Saúde é o primer contato com o usuário porem um adequado acolhimento vai garantir um bom desenvolvimento no acompanhamento, logo a equipe vai traçar estratégias dirigidas ao problema de saúde e vai fazer uma correta avaliação clínica, vai encaminhar aos grupos terapêuticos especializados e vai dar apoio a traves das visitas domiciliar sempre em união com os outros serviços especializados responsáveis do atendimento na saúde mental.
Para construir uma linha de acompanhamento em saude mental a equipe escolheu um caso de um usuário do sexo masculino Z. G. B. de 52 anos de idade, branco, natural de Itabaianinha Sergipe com antecedentes de transtorno depressivo há 5 anos, que tem sido tratado com Rivotril 0.15 mg, 1 comprimido por dia nas noites, o motivo da consulta dele foi que chegou muito triste, chorando e falando que está muito solitário na vida pois não consegue confiar em ninguém, que a vida dele não tem sentido e que tem muitos desejos de morrer. Tal quadro clínico teve início no ano 2014, quando sua mulher, com quem foi casado por 20 anos, faleceu de câncer de mama.
Desde então, Z. G. B. Passou a ter dificuldades no trabalho. ” Doutor, não consigo mais fazer nada do que fazia antes. Minha vida não tem sentido de jeito nenhum”.
As dificuldades em dormir e a perda do apetite passaram a ser um problema na vida dele. No entanto, o que mais chamava atenção era seu isolamento. O exame físico e estado mental é realizado satisfatoriamente, avaliando nesta última orientação, concentração, aparência, atitude, consciência, senso percepção, memoria, inteligência raciocínio e julgamento entre outros aspectos, chegando a uma hipótese diagnóstica de Episodio Depressivo Grave com Ideação Suicida. A última consulta foi em janeiro de 2017. Indico manter o mesmo tratamento médico com Rivotril 0,15 mg 1 comprimido as noites, ofereço psicoterapia de apoio emocional e Inter consulta com a psicóloga do NASF.
A psicóloga do NASF fez a primeira consulta onde detectou que o usuário tinha que ser encaminhado para o psiquiatra do CAPS. As entrevistas com o paciente foram desenvolvidas na casa do próprio paciente a traves duma visita domiciliar programada pelo NASF onde ficou um ambiente favorável para que o usuário posara ficar mais à vontade criando um meio ótimo para uma boa comunicação não só com o usuário também com seus familiares mais achegados. Nessa visita esteve a participação do médico, enfermeira, agente de saúde comunitário da UBS e do psiquiatra conseguindo uma boa união entre equipe, NASF e CAPS.
Nas faculdades que são conferidas o psiquiatra do CAPS mudou a medicação para Fluoxetina 10 mg, 1 comp. ao dia pelas noites como uso contínuo, além disso por orientações da equipe foi orientado que o agente comunitário tinha que fazer uma visita domiciliar para brindar apoio emocional ao usuário, passada duas semanas o usuário teve de novo agendamento para consulta com o médico da UBS onde foi observada uma pronta melhoria o mesmo foi encaminhado novamente para o psiquiatra do CAPS nos três meses para um melhor seguimento e cuidado.
A promoção e a prevenção de saúde dos problemas de saúde mental na atenção básica é uma das mais importantes ações para desenvolver pela equipe de saúde pois o alto índice de pessoas com doenças mental incrementa cada dia mais em nossa comunidade. É muito importante ressaltar que nosso município conta com um NASF e um CAPS onde o fluxo de pacientes é bem interativo porque existe uma adequada fusão que permite um melhor atendimento para os usuários com sofrimentos mentais.
Para conseguir ter um bom atendimento e um melhor controle das doenças mentais de nossa área a equipe fez outra reunião onde foram expostas uma série de medidas para garantir a satisfação da população com respeito aos transtornos psiquiátricos. A reunião esteve composta por psicólogo do NASF, psiquiatra do CAPS, medico, enfermeira, técnica de enfermagem e os 9 agentes comunitários na mesma foi discutida as principais doenças que mais afetam na comunidade também foi analisado quantos pacientes existem por cada micro área que usam remédios controlados para ter um melhor controle e seguimento, por isso foi conformado a planilha que foi exposta na primeira etapa da microintervenção. Além disso foi feito um pequeno resumem dos principais fatores de risco, sintomas e sinais que acontecem nas primeiras etapas dos transtornos psiquiátricos mais importantes da área sendo assim a Depressão e a Ansiedade os primeiros problemas detectados nas áreas de abrangência.
Os resultados obtidos após feita a microintervenção foi aumentar o nível de sensibilização por parte de todos os membros da equipe com respeito aos usuários com transtornos mentais além de aumentar seus conhecimentos para garantir uma atenção satisfatória. Além disso foi um meio para manter a boa comunicação entre a equipe, NASF e CAPS tendo como principal objetivo o conforto e a saude do usuário.
A importância desta microintervenção foi bem definida no relato de experiência garantindo uma boa articulação entre a UBS, CAPS e NASF permitindo uma boa interação aumentado a qualidade de vida dos usuários que é nosso trabalho do dia a dia.
Ponto(s)