11 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Título: Melhora na atenção a Saúde Mental na atenção primária a saúde. 

Especializada: Yadedeleyne Marquez Valdes

Facilitador Pedagógico: Romanniny Hevellyn Silva Costa Almino

Atualmente, existe uma grande demanda por atendimento a pacientes com doenças mentais e dependência de drogas nas Unidades Basicas de Saúde – UBS, constituindo um dos maiores problemas da sociedade. 

Nossa UBS oferece o atendimento de nível básico a população e o atendimento em saúde mental através de acompanhamento médico e farmacêutico individual e, ainda por meio da distribuição de medicamentos. 

Por tal razão nossa equipe  realizou uma reunião para avaliar como a saúde mental está organizada em nossa unidade, de acordo com os requisitos mínimos do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica ( PMAQ- AB), onde foram colocadas as seguintes questões: como as consultas são agendadas para as pessoas com sofrimento psíquico e quanto devem esperar pela primeira consulta? A equipe acompanha os casos mais graves de sofrimento psíquico? A equipe tem un registro de pacientes con uso crônico de benzodiazepínicos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, ansiolíticos, e estabilizadores de humor? Tem um registro de usuários com uso crônico de álcool, crakc e outras drogas? A equipe realiza ações para essas pessoas com uso crônico desses medicamentos?

Na reunião percebemos que a equipe já possui o instrumento solicitado pelo PMAQ, existe um formulário para o acompanhamento de pacientes con trastorno mental e em sofrimento psíquico. Porém, algumas informações relevantes nan existiam, como: dosagem e tipo de medicamento, diagnosticos  dos pacientes, usuários de álcool ou outras drogas. Nesse sentido, melhoramos o instrumento adicionando os todos os dados necessários. 

Outras das dificuldades encontradas formam que os pacientes em sofrimento psíquico demoravam a ser atendidos pela primeira vez pelo psiquiatra, já que o município conta com um psiquiatra que da assistência de 15 em 15 dias e a demanda é grande.

Com relação a Rede de Atenção Psicossocial em nosso município Poço Redondo apenas contamos com a UBS e o Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF) o que permite realizar discussões de casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre os profissionais tanto na Unidade de Saúde como nas visitas domiciliares. 

Nossa maior fragilidade e que o município ainda não possui uma unidade Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Desse modo, os pacientes com sofrimento ou trastorno mental, incluindo aqueles com necessidades decorrentes  do uso de álcool e outras drogas que precisam, prioritariamente, de atendimento são encaminhados para outros municípios que contam com unidade CAPS. 

Então para dar solução a esses problemas detectados na reunião a equipe criou uma matriz de intervenção com os seguintes objetivos: ampliação e melhoria dos atendimentos a pessoas com sofrimento psíquico, e fortalecimento e ampliação dos atendimentos dos usuários de álcool e outras drogas, porém as equipes devem aumentar as ações que incluem acolhimento, tratamento e acompanhamento das pessoas com sofrimento psíquico, assim como aumentar também as ações que incluem acolhimento, prevenção primária ao uso prejudicial  do álcool e outras drogas, fazer diagnóstico precoce, redução de danos, tratamentos, acompanhamento e reinserção social.

Relatamos abaixo um caso clinico e como conduzimos na rede de atenção psicossocial: 

Trata-se de um paciente feminino de 50 anos de idade, casada, formada em Pedagogia, desempregada, com histórico obstétrico: gestação 3, abortos 2 de forma espontânea, parto 1 por cesárea, portdorap de Hipertensão Arterial ha 10 anos, com um filho adolescente de 16 anos que abandonou os estudos e agora só vive na rau com seus colegas bebendo e a mãe suspeita que usa drogas. O esposo de 53 anos de idade se separou para ir morar com outra mulher. 

A paciente comparece a consulta referendo que não deseja continuar vivendo, relata: ” minha vida ja não faz sentido, meu uniún filho usa droga e meu marido me deixou por outra mulher”. Durante o interrogatório a paciente relatou que há 8 anos quando teve o segundo aborto apresentou um episódio de depressão leve e foi avaliada pelo Psiquiatra e depois de um tempo com Amytril 25 mg, duas vezes ao dia teve melhoria e não voltou para consulta. Apresentava- se triste, deprimida e chorando, a paciente relata que esta tomando Amytril e a mesma não consegue parar de chorar e apresenta insônia. 

Como primeira conduta a paciente foi avaliada pelo psicologo, logo encaminhada para consulta de Psiquiatria e neste momento se encontra acompanhada plpe NASF em articulação com a Equipe SauSa da Família.

Com a micro intervenção obtivemos maior conhecimento a respeito da realidade do atendimento a pessoa com trastorno mental e em sofrimento psíquico em nosso município e como podemos melhorar o cuidado a partir da rede psicossocial. 

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