RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: A LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA UBS ANTÔNIO MENEZES LEITE
ESPECIALIZANDO: VANÊSSA MERCÊS SILVA LIMA
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
O objetivo desta microintervenção foi refletir sobre como está sendo realizada a linha de cuidado em saúde mental. Para tal, foi reunida a equipe de saúde, no mês de julho de 2018, para abordar melhor os pressupostos teóricos e práticos da saúde mental como também a sua importância na Atenção Primária à Saúde, através da Estratégia de Saúde da Família, visto que esta é a porta de entrada para a Saúde Mental, pois os problemas mais comuns de saúde mental são de alta prevalência nos territórios de saúde de todo o país.
Foi apresentado à equipe de saúde o fato de ser um desafio de atuar de forma mais proativa na saúde mental, como também a necessidade de ter os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) como apoio matricial importante. Percebeu-se que a Equipe Básica não possui registro do número dos casos mais graves de usuários em sofrimento psíquico e, tampouco, registro dos usuários com necessidade decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas.
Verificamos que não existe agendamento das consultas para as pessoas em sofrimento psíquico, como também não existe uma base do tempo de espera para o primeiro atendimento de pessoas em sofrimento psíquico na unidade de saúde. Não existe um controle específico sobre uso crônico dos medicamentos (benzodiazepínicos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, estabilizadores de humor, bem como os ansiolíticos de um modo geral) tanto para acompanhamento e avaliação dos casos e diminuição das doses quando indicado.
Deste modo apresenta-se um modelo de ficha que supra as necessidades:
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Paciente: |
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Idade: Sexo: Estado civil: |
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Diagnóstico de Saúde Mental: |
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Medicação utilizada pelo paciente: |
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Posologia da medicação: |
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Consulta anterior: |
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Próxima consulta: |
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Visitas domiciliares, monitoramento: |
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Ações realizadas: |
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Dependentes de drogas lícitas e ilícitas: |
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Prioridades: |
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Observações |
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Após a criação desta ficha ficou combinado com a equipe de saúde que todos os pacientes da saúde mental teriam um controle rígido sobre suas medicações, como também sobre a agenda tanto em demanda espontânea quanto programada e seriam realizados campanhas de conscientização acerca da saúde mental.
Após esta intervenção seleciona-se paciente do sexo feminino 57 anos, viúva, com diagnostico de depressão, insônia, fumante há mais de 35 anos, afirma fazer uso de medicação antidepressiva e benzodiazepínica para insônia. A paciente foi acompanhada por duas sessões com objetivo de entender sua situação e criar uma linha de cuidado. Inicialmente a linha se inicia junto a administrativo que fará o agendamento com um espaço de mínimo de 45 minutos para atendimento da paciente. A paciente é acolhida pela enfermeira que fará uma análise inicial do quadro, como também questionando sobre distintos pontos da vida da paciente. Após esta análise inicial, a mesma é encaminhada ao consultório onde busca-se entender quais os motivos que levam a mesma a necessitar da medicação, e se necessita de encaminhamento a profissional especializado.
Não foi possível obter muitos avanços com a paciente em virtude do pouco tempo, todavia a equipe de saúde foi treinada a entender o procedimento necessário quanto a esses pacientes. Como recomendação fica a necessidade de intervenções como esta, pelo menos duas vezes ao ano, para analisar de forma global como está a saúde mental dos pacientes da Unidade Básica de Saúde Antônio Menezes Leite.
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