RELATO DE EXPERIÊNCIA
TÍTULO: LINHA DE CUIDADO EM SAÚDE MENTAL NA UBS DR. QUIRINO LOPES, EM ESTÂNCIA(SE).
ESPECIALIZANDO: ROBERT JUNIOR REZENDE
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
Ao iniciar a microintervenção percebe-se que a saúde mental na Atenção Primária a Saúde é fundamental, de modo que é através da Estratégia de Saúde da Família que se dá os primeiros atendimentos quanto a problemas de saúde mental, como também ressalte-se que grande parte dos problemas mentais de alta prevalência em todo território nacional também aparecem cotidianamente na UBSs brasileiras.
No decorrer da execução do módulo deste curso foi possível verificar que é um desafio atuar de forma proativa quanto a saúde mental e ter como opção o CAPS – Centro de Atenção Psico-social, como também os NASF – Núcleo de Assistência a Saúde da Família, sendo um apoio matricial importantíssimo.
Dando início a intervenção, verifica-se que na Unidade de Saúde existe registro dos usuários com uso crônico de benzodiazepínicos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, estabilizadores de humor, bem como os ansiolíticos de um modo geral, com nome, nome da droga, posologia, e data futura da nova avaliação. Também existe registro do número dos casos mais graves de usuários em sofrimento psíquico, principalmente daqueles acamados, esquizofrênicos e com demais patologias mentais. Todavia na unidade não existe um registro dos usuários com necessidade decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas, o que desejamos implantar a partir de agora.
As consultas para as pessoas em sofrimento psíquico são marcadas como as demais, de demanda programada e espontânea, com uma média de espera de 45 minutos. Não existe no momento ações para pessoas que fazem uso crônico de medicamentos (benzodiazepínicos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, antidepressivos, estabilizadores de humor, bem como os ansiolíticos de um modo geral) de modo a promover um acompanhamento e avaliação dos casos e diminuição das doses quando indicado, ou até mesmo suspensão.
Nesse sentido apresenta-se uma ficha espelho para controle onde pretendemos começar a registrar as informações exigidas pelo PMAQ:
Nome: |
Data de Nascimento: Sexo: Estado Civil: |
Possível Diagnóstico: |
Medicação receituada: |
Posologia: |
Próxima consulta: |
Visitas domiciliares, monitoramento: |
Ações realizadas: |
Dependentes de drogas lícitas e ilícitas: |
Prioridades: |
Demais observações |
Após a confecção desta ficha, ela foi aplicada aos pacientes que faziam acompanhamento na Unidade de Saúde. Elegeu-se uma senhora com 67 anos, idosa, sexo feminino, com depressão, viúva, que fazia acompanhamento na unidade há algum tempo. A mesma utilizava medicação ansiolítica e benzodiazepínicos contra insônia. Ela foi acompanhada durante duas sessões no mês, com a intenção de construir uma linha de cuidado.
Ficou combinado junto a equipe de saúde que pacientes de Saúde Mental passariam primeiramente pela enfermeira que faria uma avaliação inicial, com PA, Glicemia Capilar, questionário e breve abordagens sobre o problema mental, como também verificação se a dose utilizada de medicação estava ajudando contra a insônia. Após esta análise inicial seria encaminhado a ficha de atendimento para avaliação do médico.
O atendimento de saúde mental seria um pouco mais elaborado, criterioso, com isso, exigiria um tempo diferenciado para consulta. Foi dado oportunidade para a paciente expor suas angustias e temores, como também foram anotadas todas as informações para a tomada de decisão.
Também cumpre salientar que a equipe de saúde foi orientada sobre a necessidade de um atendimento especializado com estes pacientes. Acredita-se que a intervenção surtiu efeito, ainda que não conseguíssemos muito sucesso com estes pacientes. Acredita-se que este nicho de pacientes precise de uma abordagem um pouco mais especializada, com preferência de atendimento de junta médica, composto por psicólogos, psiquiatras, endócrinos, e até educadores físicos, pois normalmente se trata de questões multifatoriais.
Ponto(s)