4 de outubro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Titulo: Atenção á Saúde Mental na Atençao Primaria á Saúde no Município de Caroebe, RR.

Autor: Lisxay Martinez Rabassa.

Assessor: PsicólogoDr Jose Roberto Lino dos Santos.

Facilitador: Romanniny Hevellyn Silva Costa Almino.

 

A saúde mental é um adequado equilíbrio físico e mental do ser humano. A atenção à área da saúde mental de minha Unidade Básica de Saúde não está organizada de acordo com requisitos mínimos do Programa de Melhoria de Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ-AB.

Minha equipe não possui um registro dos pacientes em uso crônico de benzodiazepínicos, antipsicóticos, anticonvulsivantes, estabilizadores, de humor, bem como os ansiolíticos.

A equipe de minha unidade de saúde não possui nenhum registro nem número dos casos mais graves com sofrimento de doenças psíquicas. Além disso, não contamos com medicamentos para utilização de situações de urgência/emergência em psiquiatria.

O fluxo de atendimento, ocorre, atualmente, com encaminhamento para a equipe do NASF – Núcleo de atenção à saúde da Família, além disso, alguns casos, encaminhamos para o CAPS-Centro de atenção Psicossocial depois de ser atendido na UBS.

            A equipe também não tem um registro de pacientes que sejam usuários de crack, álcool e outras drogas, mas contamos com uma equipe de atendimento a pacientes tabagistas, onde fazemos um controle e apoio psicossocial e a intervenção terapêutica e medicamentosa.

Os agendamentos das consultas são realizados com a equipe do NASF para os CAPS mais próximos. Essas consultas são planejadas uma vez por semana.

 

Não constamos com um tempo de espera para o primeiro atendimento de pessoas em sofrimento psíquico na unidade de saúde ocorre por demanda espontânea.

A equipe não realiza ações para pessoas que fazem uso crônico de psicotrópicos, portanto, não realizamos ainda os desses pacientes.

Tendo em vista que na UBS não temos o instrumento e registro solicitado pelo PMAQ, a equipe de saúde decidiu elaborar um mais completo possível para assim ter uma melhor orientação, controle e qualidade de atenção aos pacientes que necessitam de ajuda por apresentar doenças psiquiátricas.

Na construção do instrumento, participou toda a equipe e todos falaram sua opinião do que devia ser feito já que em nosso município temos muita demanda de pacientes com doenças psiquiátricas. A conversa foi muito boa e interessante, depois de 2 horas chegamos à conclusão do instrumento.

 

Quadro 01- Planilha para acompanhamento dos pacientes com sofrimento psíquico ou adoecimento mental da Unidade Básica de Saúde Clayton Oliveira da Silva, município de Caroebe, Roraima. 

No

Nome e sobrenome

Idade

Endereço

Tive acompanhamento pelo NASF

Tive acompanhamento pela CAPS

Usuário em uso de drogas, crack e álcool

Uso de medicamentos controlados

Tem seguimento pela equipe

1

 

 

 

Sim

Não

Sim

Não

Sim

Não

 

Sim

Não

2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

4

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

6

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

            A seguir, relatamos um caso de uma paciente que atendemos e articulamos o cuidado na rede de atenção psicossocial.

 

Paciente LMS, de 34 anos com antecedentes saudáveis de saúde, tem 5 filhos, e mora com eles e seu esposo, sua mãe, seu pai, em uma casa modesta. Ela não trabalha apenas seu esposo e pai. Há 1 ano ela fez uma cirurgia estética e mudou seu corpo para ter uma melhor aparência. Há 3 meses descobriu que está grávida, desde essa época se apresenta chorosa e refere que não querer a gravidez. Relata não desejar se alimentar e tem dificuldades para dormir. Por tal motivo seu esposo procurou a Unidade Básica de Saúde solicitando apoio.

A paciente foi atendida pela enfermeira a qual encaminhou para o médico, onde foi diagnosticada com uma síndrome depressiva. A médica encaminhou para o psicólogo do NASF e para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) para uma melhor avaliação da vulnerabilidade social e melhor apoio familiar. Além disso, fizemos uma visita domiciliar com a equipe toda (médico, enfermeira, técnico de enfermagem, psicólogo e agente comunitário de saúde) para conversar com a família. 

Nesse sentido, a nossa Unidade Básica de saúde possui uma articulação multidisciplinar com o NASF onde discutimos todos os casos.

Desse modo, percebemos que é primordial a criação de um sistema de referência e contrareferência para garantir uma melhor qualidade de atendimento aos pacientes em sofrimento psíquico ou adoecimento mental.

No meu território não temos CAPS há apenas na capital do estado e no município de referência mais próximo que fica há 01 hora e média de distância, o que dificulta bastante. Há, portanto, à necessidade de implementação de políticas públicas voltadas pela saúde mental no nosso munícipio para melhorar a nossa rede de atenção psicossocial.   

Porém, temos o apoio da equipe da UBS, NASF e outros dispositivos de saúde e sociais, mas precisamos avançar no acompanhamento desses pacientes no nosso território.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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