7 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TÍTULO: SAÚDE MENTAL UM GRANDE DESAFIO PARA O PROFISSIONAL DE SAÙDE DA FAMÍLIA.

ESPECIALIZANDO: KARIELLIS COLUMBIE PEREZ

ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA

 

  A saúde mental faz parte da saúde em geral, ela é determinada por um conjunto de fatores socioeconômicos e biológicos e deve ser abordada como sofrimento de pessoas. As demandas de saúde mental encontram-se presente em diferentes queixas relatadas pelos pacientes, o profissional de saúde, seja médico, enfermeira, odontólogo, Agente Comunitário de Saúde (ACS) e outros, tem como desafio perceber estas questões.

Hoje nossa temática é sobre saúde mental na atenção básica e como a Equipe de Saúde da Família (ESF) do posto Jose Valdivino de Mesquita desenvolve as atividades de saúde mental no território. Nesse aspecto valem destacar que os ACS desempenham um papel importantíssimo na saúde mental, eles conhecem melhor a história de vida dos pacientes, os vínculos tanto da comunidade como familiar, assim como, outros elementos e esse conhecimento nos ajuda a dar um melhor diagnóstico, e assim, um melhor tratamento. Em nosso território as doenças mais frequentes são depressão, ansiedade, transtornos de humor, esquizofrenia, grande parte dos casos identificados tem como desencadeador os problemas familiares.

A doença mental em nosso território tem muita incidência e prevalência e na abordagem da maioria dos casos contamos com o apoio do Núcleo de Apoio a Saúde da Família [NASF], uma vez que psicóloga que fez parte da equipe do NASF é muito colaborativa e presta assistência na unidade de saúde duas (2) vezes por semana. Também contamos com a colaboração do atendimento especializado com a consulta de psiquiatria uma vez ao mês, aumentando a capacidade de análise e intervenção de cada paciente, mediante a discussão de casos, atendimento conjunto, atividades educativas para o paciente e a família que constituem um pilar importante na recuperação da pessoa doente, esta parceria é uma das potencialidades da equipe.

            Como fragilidade podemos ressaltar a falta de um Centro de Atenção Psicossocial [CAPS], muitas vezes, torna-se difícil encaminhar os pacientes para o CAPS da região, mesmo assim, nossa equipe junto com o NASF e psiquiatra tratam de fazer todos os acompanhamentos, outra dificuldade encontrada é o fato dos pacientes irem sozinhos às consultas, a família não tem consciência que o melhor tratamento não é só a medicação e sim uma atenção familiar adequada.

Outra dificuldade encontrada foi a ausência de um instrumento de registro para controle do fluxo de pacientes, onde pudéssemos registrar os dados pessoais, medicação, tempo de uso, diagnóstico e data das consultas, para que assim, além de ter melhor controle, também fazer um agendamento adequado das consultas dos profissionais da saúde. Diante dessa realidade a equipe viu a necessidade de elaborar um instrumento de registro para avaliação e monitoramento de pacientes com transtornos mentais. Segue o modelo adotado pela equipe. Anexo 1.

       Em nossa unidade o atendimento dos pacientes com doença mental pelo médico da ESF não tem um dia especifico, as consultas são agendadas pelos pacientes quando eles precisam, ao término de esta microintervenção e com ajuda do instrumento de controle, esperamos um resultado positivo com relação à organização das consultas e visitas domiciliares aos pacientes com doença mental.

     Para terminar a reunião, a equipe selecionou uma paciente para avaliação de seu problema de saúde mental. Trata- se de uma paciente feminina de 47 anos de idade, com histórico de saúde que compareceu a consulta referindo problemas com sua filha. A paciente relata que em determinadas ocasiões não tem vontade de fazer nada, só chorar, já em outro momento torna-se agressiva com seus familiares e a falta de sono é constante. No momento da anamnese a paciente encontrava-se tranquila e com uma fala coerente.  Nesse caso a equipe solicitou uma consulta a psicóloga do NASF que fez sua avaliação da paciente, para posteriormente decidirmos conjuntamente se a paciente precisa agendar consulta com psiquiatria. Na abordagem desse caso, a equipe também optou por realizar uma visita domiciliar para conhecer a realidade vivenciada pela paciente e família para estabelecer um melhor diagnostico. Durante a visita foi possível falar com a família sobre o problema em questão e como eles podem contribuir para o restabelecimento da saúde de sua matriarca, ressaltando a importância do apoio familiar no processo de cuidado de doenças mentais.

Ao término da reunião a equipe concluiu que os pacientes com doença mental precisam de muita atenção, cuidado contínuo e uma escuta qualificada de sua queixa que pode ser feita por qualquer profissional de saúde e com  base disso vai estabelecer o trabalho da equipe, esperando resultados positivos em todos os pacientes com este tipo de doenças.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO 1.

 

Nome

Idade

Sexo

Cartão SUS

Diagnostico

Medicamento psicotrópico

Uso de drogas

Data da ultima consulta

Data de próxima consulta

Data da ultima consulta psiquiatria

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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