CAPÍTULO V: Atenção à Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde
ESPECIALIZANDO: HAROLD MORALES MACHADO
ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO
A Atenção à Saúde Mental é uma das metas de nossa equipe de saúde. Nós atendemos uma população de 3.493 habitantes dividida em 8 comunidades. Numa busca ativa retrospectiva realizada pela equipe encontrou-se que 963 pacientes consumem ou consumiram medicamentes controlados para doenças mentais, de comportamento e/ou estado de humor ou humor. Atualmente 141 pacientes tomam benzodiazepínicos e 267 outro medicamentos controlados, para saúde mental.
Nosso município conta com um CAPS II o qual oferece apoio matricial para nossa equipe, participando das palestras realizadas pela equipe com a população e no tratamento daqueles pacientes com doença mentais mais complicadas. O CAPS é aberto, com acesso a toda pessoa que necessite de atendimento.
Contamos com um NASF, o qual nos oferece apoio na atenção aos familiares dessas pessoas com doenças mentais e psíquicas. Ele funciona durante todo o dia de segunda feira à sexta feira com portas abertas para todo paciente que necessite.
O município tem muitas mudanças de especialista em Psiquiatria, o que tem como resultado que o acompanhamento dos pacientes não é adequado às necessidades individuais e coletivas dos pacientes e família. Encontramos que muitos especialistas de outras ramos da medicina expedem muitos medicamentos controlados (psicotrópicos) para tratar alguma doença associada e logo não fazem acompanhamento e/ou reavaliação dos tratamentos aplicados, sendo que o paciente fica tomando o tratamento indefinidamente e sem um diagnóstico preciso para o consumo dessa medicação.
A população que nossa equipe atende tem como dificuldade principal a falta de conhecimento, preparação e estudos. Ou seja, é uma população idosa, sem estudos, o que compromete a compreensão deles e dificulta o nosso trabalho na hora de tentar desmamar essas pessoas de alguma medicação, principalmente os psicotrópicos.
Mensalmente a equipe prepara palestras em cada comunidade sobre uso e abuso de medicamentos, principalmente psicotrópicos e a população só assiste se a ação de saúde for combinada com outras ações como testes rápidos, prescrição de exames complementares ou atendimento com psicólogos.
Nossa equipe tomou como estratégia a não renovação de receitas de psicotrópicos dos pacientes sem uma avaliação do médico da área. Pois anteriormente as receitas eram renovadas sem olhar a pessoa. Então cada paciente que usa medicamentos psicotrópicos tem uma avaliação médica mensalmente e assim o médico pode ter um controle dessa pessoa, a doença que apresenta e a evolução do paciente.
Realiza-se interconsultas desses pacientes com o psicólogo do NASF, o qual oferece-nos muito apoio nesses casos. Faltando assim, avaliação psiquiátrica pois a falta de profissional do ramo impossibilita o desempenho dessa atividade.
As principais doença detectadas são: Retardo mental, Epilepsia, Síndrome depressiva, Alcoolismo, Usuários de drogas. As quais são monitoradas pela equipe mensalmente para ter maior controle e encontrar uma possível solução no caso que o paciente aceite o tratamento e/ou acompanhamento nosso.
A equipe conta com um caderno de controle dessas pacientes onde tem nome e sobrenome, idade, sexo, endereço, diagnostico, medicamento que toma, dosagem, se tem alguma outra doença e se consume drogas ilícitas. (Usuário de Drogas)
Temos o caso de uma paciente feminina de 42 anos de idade de rasa branca com esquizofrenia paranoide, a qual mora num sitio com a mãe, de 64 anos de idade que foi diagnosticada com câncer de útero. A filha com tratamento com carbamazepina 200 mg 2veces/dia, haldol 5mg 1 vez/dia e quetiapina 25mg 1vez/dia ao conhecer do padecimento da mãe descompensou-se e comenzou a ter perdida do sono, deixo de se alimentar, não queria tomar os comprimidos e lloraba muito. A equipe realizou uma visita na sua casa, tentamos convencer ela de retomar o tratamento mas ela não aceito. Falava que queria morrer junto com a mãe.
Rapidamente a equipe foi até o CAPS e o NAFS da cidade para solicitar apoio com a paciente. A psicóloga do Nasf realizou uma visita na casa da paciente e logro trazer ela para o CAPS, onde foi avaliada pelo Psiquiatra e pela psicóloga. Hoje encontrasse melhor, tomando o tratamento. A equipe de saúde continua fazendo visitas periódicas nessa paciente, avaliando seu estado de saúde física e mental.
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