TITULO: Saùde Mental, qualidade de vida para o ser humano.
ESPECIALIZANDO:Alicia Espinosa Lòpez
ORIENTADOR:Cleyton Cèsar Sousa Silva
Saúde Mental um tema muito complexo e às vezes pouco abordado, que podemos dizer passa despercebido na rotina do dia a dia na medicina, sendo este frequente na sociedade de hoje, mas por vezes ignorados pelos profissionais de saúde por estarem enquadrados em outras questões médicas consideradas de emergências e potencialmente fatais para a vida. A questão das doenças psíquicas ficam em muitas ocasiões desvalorizadas tanto pelo médico e pela família. É muito importante na atenção básica ver os problemas psiquiátricos atuais como outra doença crônica, que precisa de atenção da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e de avaliação especializada periodicamente, e se for necessário procurando alternativas terapêuticas para a melhora dos usuários.
Os principais objetivos desta microintervenção são: em primeiro lugar, dar maior importância ao programa de saúde mental, levando-nos pelas diretrizes do Ministério da Saúde do Brasil, de acordo com as condições e potencialidades de nossa área ou município. Em segundo lugar, conscientizar á população que essas doenças podem ter complicações se não for adequadamente atendidas, e em terceiro e não menos importante é que os cuidadores desses pacientes também precisam de orientações médicas e apoio psicológico para oferecer um melhor atendimento ao usuário. Aliás, precisam estabelecer melhor o vinculo pessoal de profissional-paciente, e melhorar o relacionamento entre as equipes de saúde com serviço especializado, com relação ao número de consultas.
São muitos desafios ainda por conquistar para oferecer um excelente serviço de Saúde mental, já que temos dificuldades com o números de especialistas nesta área da medicina no município, por equipes de saúde ou territórios. Só contamos com um psiquiatra no município que presta atendimento no CAPS AD. Por isso é necessário que a equipe de saúde esteja mais orientada em termos de como agir com esses pacientes, mas sem deixar de lutar por um aumento do número de especialista pelo Sistema Único de Saúde (SUS), já que eles são os mais capacitados para oferecer atendimento a casos em crises, complicações, mudança de tratamento ou suspensão do mesmo. Todo paciente com uma doença crônica precisa de consulta especializada pelo menos uma vez por ano ou quando precisar.
Muitas vezes os agentes comunitários encontram-se entre o profissionalismo e o pertencimento à comunidade. Por isso é necessário, do ponto de vista da confidencialidade, decidir sobre a presença deles na consulta conjunta, examinando cada caso em sua particularidade. Os matriciadores devem ter em mente que a participação dessa importante categoria também pode ser um dos motivos para a sensibilização sobre a relevância do sigilo na saúde mental. Lembramos que a questão do sigilo na ESF é um desafio cotidiano, muito diferente dos cenários da atenção secundária. (BRASIL, 2011)
No dia 16 de julho às 17 horas a equipe 020 do Posto de saúde: Igarapé da Fortaleza em conjunto com o NASF realizou uma reunião para discutir a criação de um instrumento para agendar pessoas com sofrimentos psíquicos, já que não existia o mesmo, além disso, chegar a um acordo de quais ações podem ser feitas para fazerem os registros adequados e assim estarem aptos a alcançar o indicador na avaliação externa do PMAQ.
Foram varias as propostas para a criação do instrumento, mas o que foi aprovado é que para o agendamento dos pacientes será preciso vários dados como o nome do paciente, idade, número do cartão SUS, e data da última consulta no posto de saúde, assim como as propostas para melhorar o método de trabalho. Ficamos com as que têm maior grau de resolutividade: Criar um novo registro com todos os dados dos usuários com problemas psicológicos ou psiquiátricos, porque os dados existentes são insuficientes, já que precisamos de mais dados pessoais dos pacientes, para que fique mais organizado o trabalho. Haverá um prazo de realização de um mês e a equipe responsável com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) devem fazer um novo cadastro atualizado dos pacientes com doenças psíquicas, a data da última vez que recebeu atendimento especializado, e se a medicação foi alterada, além de anotar se são usuário de alguma droga como crack ou álcool. Também devem anotar por família dados do cuidador responsável por esse paciente que deve acompanha-lo a consulta.
Acredita-se que com esses dados a equipe possa-se ter um melhor controle dos pacientes, já que a maioria deles tomam medicamentos controlados e precisam de acompanhamento médico regular, assim como consultas especializadas.
A equipe tem atendido vários pacientes com necessidades de uma atenção integral em saúde mental, um exemplo é um paciente masculino de 32 anos de idade, com antecedentes de retardo mental leve de criança, epilepsia há mais de 5 anos, e distúrbios mentais psicóticos, toma Melleril de 10mg um comprimido de 12 em 12 horas, e fenobarbital 100mg 2 vesses ao dia, órfão de pai e mãe, há mais duma semana que não esta dormindo direto, mora com um irmão de 38 anos, saudável, mas não toma conta do paciente, a casa está em condições sanitárias ruim, foram primeiramente visitado pela ACS da área a qual notificou o caso á equipe, ao decorrer de dois dias a equipe toda realizou uma visita, a família foi avaliada pela clinico geral, a qual agendou uma consulta com o NASF, onde foi avaliado em conjunto pela doutora e psicóloga, onde foi falado para o irmão a importância de ele estar pendente do paciente e o horário de tomar os medicamento, alias dos cuidados geral, levando em conta as características do paciente e o tempo que ele passou sem consultar o psiquiatra foi encaminhado ao mesmo, mas a equipe entrou em contato com o especialista do CAPS e foi agendada uma consulta para a semana seguinte, para a qual ele deve ir acompanhado de seu irmão
A micointervenção foi um sucesso já que teve como potencialidade a participação da psicóloga de nossa área. Ela foi de vital importância sobre todo o processo com informações e orientações sobre o funcionamento das redes de saúde mental no município e território na atualidade, alias de oferecer uma consulta á famílias em conjunto.
Foi muito bom tirar dúvidas de trabalho com respeito aos usuários com problemas psíquicos, e como deve ser feito o encaminhamento corretamente, também foram tiradas algumas dúvidas sobre as contra referencias.
Por outra parte apresentamos várias dificuldades, uma dela é que só contamos com uma equipe de NASF para várias unidades, e foi agendada varias vezes a reunião já que a Psicóloga tem que atender varias UBS na semana. Importante dizer que nosso município conta com um CASP para crianças e adolescentes e um CAPS AD (dependentes de álcool e drogas) que estão funcionando, mas o de adulto só conta com um especialista da área que oferece consulta no mesmo, e em algumas UBS de referencia .
Após realizar a atividade, podemos refletir e dizer que ainda há muitas lutas pela frente para que o SUS tenha um atendimento completo em termos de número total de especialistas necessários para atender a demanda das morbilidade da área de abrangência, mas todos os professionais tentamos oferecer um bom atendimento para que a população não fique de fora neste programa.
Foi muito bom compartilhar com outros colegas assuntos de nosso trabalho, a equipe ficou satisfeitos e dispostos a novos desafios para elevar o nível de conhecimentos. Acredita-se que com este trabalho realizado, a partir de agora, vai melhorar o acompanhamento e apoio ao paciente, também o intercambia entre a equipe e os especialistas da área, utilizando os principais canais de comunicação, conversas, reunião e telefone, se chegamos a isso, estaremos mais próximo de oferecer á população um serviço de excelência.
Referencias
CHIAVERINI, D. H. et al. (Org.). Guia prático de matriciamente em Saúde Mental. Brasília: Ministério da Saúde; Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. 236.
Anexo: 1
Ponto(s)