TITULO : ESTRATÉGIA DE APERFEIÇOAMENTO DOS ATENDIMENTOS DE PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, ATENÇÃO PRÉ-NATAL E AO PUERPÉRIO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE EM SERGIPE.
ESPECIALIZANDO: YAMILÉ IRINA SIERRA QUIALA.
ORIENTADOR :MARIA HELENA PIRES ARAÚJO BARBOSA.
Trata-se de um relato de experiência da estratégia de aperfeiçoamento em planejamento reprodutivo, atenção pré-natal e puerpério na Unidade Básica de Saúde (UBS) Doutor Gilberto de Carvalho Filho, equipe 3, no município Boquim, Estado Sergipe. Em um encontro realizado, avaliamos que tínhamos muitas debilidades a respeito aos atendimentos de saúde sexual e reprodutiva, pré-natal e puerpério. Essas fraquezas foram evidenciadas pelas poucas atividades de planejamento familiar realizadas pela equipe, pela não captação das grávidas no primeiro trimestre da gestação e o não acompanhamento de 100 % das gestantes da área. Outra dificuldade detectada foi que a equipe não acompanhava 100% das puérperas na primeira semana de alta hospitalar. Daí surgiu a ideia de fazer uma microintervenção com o objetivo fundamental de aperfeiçoar a equipe na realização das atividades relacionadas à atenção ao planejamento reprodutivo, ao pré-natal e ao puerpério. No caso do planejamento reprodutivo, só as mulheres chegavam a nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) com a decisão de não ter mais filhos. Raramente compareciam acompanhadas pelos esposos (ou parceiros). Por isso, uma das ações foi abrir um expediente para atendimento de planejamento reprodutivo com o objetivo de oferecer informações precisas e promover ações educativas para homens e mulheres sobre a decisão de ter filhos, que não é uma decisão de um membro do casal sim dos dois. Também se decidiu fazer atividades coletivas com maior frequência para homens e mulheres, abordando a temática de planejamento familiar. Outra das ações foram planejadas com o objetivo de ofertar métodos anticonceptivos na UBS, como o preservativo masculino e feminino, as pílulas e medicamentos anticoncepcionais injetáveis, que encontram-se disponíveis na farmácia básica, assim como abordar adequadamente a necessidade de utilizá-los. Além disso, solicitar a gestão da Atenção Básica (AB) a disponibilização de pílula anticonceptiva de emergência na UBS. Para as mulheres que desejam ser submetidas à laqueadura foi construída uma lista para que os casos mais importantes sejam tramitados e discutidos com a coordenação da Atenção Básica (AB) para estabelecer prioridades. Outra lista foi elaborada para os homens que desejam fazer a vasectomia. Para isso, foram ofertadas informações sobre o procedimento cirúrgico para que fosse rompido o preconceito da esterilização cirúrgica masculina. No caso da atenção pré-natal nosso objetivo é acompanhar 100% das gravidas da área e realizar a captação precoce delas durante o primeiro trimestre da gestação. Além disso, assegurar o seguimento durante toda a gestação, em intervalos preestabelecidos (mensalmente, até a 28ª semana; quinzenalmente, da 28ª até a 36ª semana; semanalmente, no termo ou pelo menos fazer mais de 6 consultas de pré-natal objetivando intervenções oportunas em todo o período gestacional, sejam elas preventivas e/ou terapêuticas). Uma das decisões da equipe foi fazer busca ativa com o auxílio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nas visitas diárias feitas nas microáreas, com o objetivo de detectar todas as gestantes na comunidade para o pronto início do acompanhamento pré-natal, principalmente no primeiro trimestre da gravidez. Encaminhar as gestantes para a UBS para realizar captação pré-natal precoce foi uma de nossas metas mais importantes. Nossa equipe tem o registro de todas as grávidas da área e a meta é manter atualizados esses dados, mesmo que as gestantes tenham ou não acompanhamento na UBS. Nesse registro consta de nome da mulher gestante, a data de nascimento, o endereço, o número do cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), o telefone, o ACS da área, além da data da última menstruação (DUM), da data provável do parto (DPP) e os riscos associados à gestação. O cadastro da gestante, por intermédio do preenchimento da ficha de cadastramento do SisPreNatal, é realizado pela enfermeira da equipe. Logo é fornecido e preenchido o Cartão da Gestante com todos os dados certos, coisa que é feita em todos os acompanhamentos periódicos e contínuos de todas as gestantes. Fazer acompanhamento em visita domiciliar foi outra decisão da equipe, inclusive aquelas cobertas por planos privados de saúde com o objetivo de ter controle do 100 % das gestantes da área. Identificar alterações nutricionais e como resolvê-las, tratar oportunamente as doenças crônicas não transmissíveis, avaliar o nível de imunização, uso de álcool e de outras drogas, realizar a identificação oportuna de gestantes de baixo e alto risco obstétrico são ações desenvolvidas em cada atendimento pré-natal. E, são as gestantes são encaminhadas, quando necessário, ao Núcleo de Ampliado da Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), ao pré-natal de alto risco ou à urgência/emergência obstétrica Tanto a enfermeira como a médica tem um expediente exclusivo para pré-natal. No caso da enfermeira é na quinta de manhã e da médica é na quarta no horário da manhã com agendamento prévio, que pode ser feito pessoalmente pelas usuárias ou pelos ACS. A busca ativa das gestantes faltosas e a orientação sobre a importância do acompanhamento pré-natal também são feitas pela equipe. No último trimestre da gestação nossas atividades tem foco em oferecer informações relacionadas com a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e suplementar até 2 anos, assim como a importância da atenção à puérpera (até o 42º dia após o parto). O acompanhamento de 100% das puérperas de nosso território tem como objetivos fazer avaliação de saúde puerperal, orientar sobre aleitamento materno e orientar sobre sexualidade e planejamento familiar. Temos como estratégia fazer a busca ativa de gestantes e puérperas faltosas que não compareceram às consultas. Elas são avaliadas no início do mês, com o objetivo de não ficar sem atendimentos periódico. Ainda temos muitas debilidades, como por exemplo a pouca assistência de homens na consulta de planejamento reprodutivo, a demora do Sistema Único de Saude (SUS) em liberar os procedimentos cirúrgicos e a pouca variedade em os métodos anticoncepcionais nas farmácias básicas. Além disso, há a falta de interesse de alguns grupos específicos com respeito a diversidade sexual e às relações de gênero, assim como os frá de HIV/AIDS e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Também atinge negativamente na nossa atuação diária e a qualidade da atenção pré-natal a indiponibilidade do teste de gravidez. Por isso o início do pré-natal fica mais demorado. Falando de exame, a demora na realização e entrega contribui para que chega a outra consulta e ainda não foram feitos os exames ou que a gestante ainda não tenha os resultados. Destaca-se que nossa população possui baixos recursos econômicos e dependem completamente do SUS. Outros pontos são o número de gestantes faltosas e a pouca a assistência a consulta puerperal na UBS. Nossa principal fortaleza é a presença dos recursos necessários para efetuar um atendimento de qualidade, sala de consulta, boa iluminação, ventilação e conforto, equipamentos como balanças para adultos, estetoscópios, tensiometro, fita métricas, sonar Doppler, Gestograma caderneta de gravidas, prontuários o mais importante, recursos humanos altamente qualificado, enfermeira, médico geral e ginecologista/obstetra na UBS que realizam atendimento de qualidade e que garante a privacidade dos usuários e de sua família para o desenvolvimento das atividades. E o mais importante que é a vondade de aperfeiçoar nossos atendimentos. Por fim ressalta-se que a avaliação da atenção ao planejamento reprodutivo, ao pré-natal e ao puerpério é realizado pela equipe no final do mês. Nela são avaliadas a quantidade de consultas de planejamento reprodutivo, de pré-natal e puerpério realizadas, além das atividades de prevenção e promoção de saúde, por meio das fichas de atendimento individual do médico e enfermagem, além dos dados fornecidos pelos ACS das visitas domiciliares,
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