23 de julho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CAPÍTULO III: Planejamento reprodutivo, Pré-Natal e Puerpério

ESPECIALIZANDO: Senejad Ariadne Morais Pereira

ORIENTADOR: TÚLIO FELIPE VIEIRA DE MELO

 

A gestação compreende um estado de saúde física perfeita para concepção de um ser humano com boas condições vitais. Consultas médicas assistenciais tanto médicas quanto de enfermagem no pré-natal da atenção básica contemplam as queixas, dúvidas e medos à gravidez, pela gestante. Seja ela primigesta ou multigesta (LANDERDAHL, 2007).

É essencial enfatizar a adesão ao pré-natal, assim bem como favorecer a interação entre o profissional e a gestante e seus familiares. Tal interação contribui para que a gestante mantenha vínculo com o serviço de saúde durante todo o período gestacional, puerperal e de crescimento e desenvolvimento da criança. Reduzindo consideravelmente os riscos obstétricas. Estabelecendo assim um diálogo, e relação de confiança entre os profissionais e a gestante. (LANDERDAHL, 2007).

Em nossa unidade dispomos de um grupo de gestantes, onde se realizam reuniões multidisciplinares (médica, enfermeira, odontólogo, psicologa, nutricionista, fonoaudióloga, educador físico e fisioterapeuta). Tais reuniões abordam temas comuns, abstraídos das dúvidas corriqueiras das próprias gestantes. Salienta-se que o número mínimo de seis consultas para uma gestação a termo é o padrão recomendado pelo Ministério da saúde, com seu início no primeiro trimestre e a realização de alguns procedimentos básicos de rotina, como exames clínico-obstétricos e laboratoriais. Focamos também na recomendação e importância de realizar a imunização durante a gestação. Essas ações educativas no decorrer de todo ciclo grávido-puerperal é de suma importância, mas é no pré-natal que a gestante deverá ter a melhor orientação para que ela possa vivenciar o parto de forma positiva, ter menos riscos de complicações no puerpério e mais sucesso na amamentação.

Segundo Gonçalves (2007) Pensa-se, neste sentido, que compreender a importância do pré-natal para essas mulheres permite entender o significado deste cuidado para elas, auxiliando no direcionamento de nossa assistência .Essas ações educativas no decorrer de todo ciclo grávido-puerperal é de suma importância, mas é no pré-natal que a gestante deverá ter a melhor orientação para que ela possa vivenciar o parto de forma positiva, ter menos riscos de complicações no puerpério e mais sucesso na amamentação.

Outro ponto alto da nossa intervenção foi, a explicação sobre o aleitamento materno que previne contra diversas enfermidades, promovendo a saúde física, mental e psíquica do recém nascido e da puérpera. Fortalecendo o vínculo entre a mãe e o bebê. Recomenda-se o aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida e orienta-se as mães quanto a sucção, a posição correta (barriga com barriga) e a liberação dos gases logo após as mamadas, assim bem como a importância da inclinação da cabeça no berço para que não haja broncoaspiração. A partir do sexto mês a alimentação com outros nutrientes saudáveis  serão introduzidos a medida em que a criança vá desenvolvendo-se.  (MARTINS et al., 2014).

A troca de experiência entre as grávidas é nosso ponto alto, onde as mesmas trocam informações e experiências de vida umas com as outras. O pré-natal realizado em nossa unidade de saúde se constitui de consultas intercaladas entre a médica e a enfermeira. Sendo que a partir da 33 semana de gestação a grávida passa a ter o acompanhamento apenas com a médica sendo 1 consulta a cada 15 dias e logo após a 35 semana de gestação a cada semana para que a gestante sinta-se segura e que possamos ter um acompanhamento mais estreito e completo do final da gestação (LANDERDAHL, 2007).

Realizamos as orientações continuas mês a mês, onde explicamos passo a passo a importância do uso constante do sulfato ferroso e ácido fólico durante a gestação e seus períodos de toma adequados. Orientamos quanto a importância da higiene e asseio da gestante para prevenir corrimentos vaginais e infecções do trato urinário, sendo que esse podem aumentar a probabilidade do parto prematuro no terceiro trimestre. Considera-se e incentiva-se a ingestão de líquidos principalmente água adequadamente e constantemente, assim bem como a importância da amamentação, explicando claramente a necessidade do recém nascido apenas tomar leite materno durante os seis primeiros meses de vida, sem que seja necessário introduzir outro tipo de alimentação aos bebês.

O NASF, como antes ja citado atua em nossa unidade a cada 15 dias, nos dando um maior suporte e atuando de forma multidisciplinar. Tal abrangência de atuação do NASF em conjunto com a unidade, nos mostra uma grande efetivação dos serviços ali prestados, tais como as rodas de conversas antes das consultas, onde varias mães nos passam um feedback positivo sobre o assunto ali abordado. Muitas delas quando entram para realizar a consulta afirmam que já esclarecem tais dúvidas nas rodas de conversas ali feitas enquanto aguardam serem chamadas.

O pré-natal, não resume-se apenas ao período gestacional. A orientação quanto ao puerpério é essencial para as mães, principalmente as primigestas. Assegurar que a puérpera possa ter relações sexuais após os 42 dias de puerpério é essencial e ofertá-la métodos contraceptivos seguros e que não interfiram em sua amamentação, assim bem como explicá-la sobre as modificações da loquiação até sua eliminação final. Não deixando de ressaltar a importância de realizar as vacinas nos recém nascidos em seus tempos adequados para que assim se previna de enfermidades futuras em suas crianças.

Resumindo a assistência ao pré-natal constitui um reduto de procedimentos clínicos e educativos com o objetivo de monitorar e acompanhar a evolução da gravidez, promovendo a saúde da gestante e da criança, que envolve o acolhimento da mulher desde o início de sua gravidez até o momento pós-parto.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

COMINI CÉSAR, Cibele. Fatores Associados Ao Excesso De Peso Entre Mulheres – 2012. Disponivel em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141481452012000300004&lng=pt&nrm=iso >. Acesso em 29 de abril de 2018.

 

Landerdahl, M.; Ressel, L.; Martins, F.; Cabral, F.; Gonçalves M. A Percepção De Mulheres Sobre Atenção Pré-Natal Em Uma Unidade Básica De Saúde. Rio Grande do Sul.2007. Disponivel em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141481452007000100015&lng=pt&nrm=iso> . Acesso em 01 de junho de 2018.

 

MARTINS , C.; SANTOS , D. ;LIMA , F.;GAÍVA, M. Introdução de alimentos para lactentes considerados de risco ao nascimento. Brasilia . 2014. Disponivel em < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222014000100079&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 26 de junho de 2018.

 

 

 

 

 

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