9 de novembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Titulo: O planejamento familiar uma tarefa muito importante para minha equipe.

Especializando: Sandor Miguel Fenollar Acosta

Tutor: Janio Rodrigues Rego.

           O planejamento familiar é um direito de mulheres, homens e casais e está amparado pela Constituição Federal, em seu artigo 226, parágrafo 7º, e pela Lei9.263, de 1996, que o regulamenta. Cabe ao Estado prover recursos educacionais e tecnológicos para o exercício desse direito, bem como profissionais dessaúde capacitados para desenvolverem ações que contemplem a concepção e a anticoncepção (PIERRE et al,2010).

          A informação adequada em planejamento familiar é de fundamental importância, pois possibilita ao cliente exercer seus direitos, reconhecer métodos contraceptivos e fazer escolhas com autonomia. Deve abranger orientações sobre métodos, assim como saúde sexual e reprodutiva. Além disso, os serviços de saúde devem dispor de métodos e técnicas para o controle da fecundidade (PIERRE et al,2010).

          O conhecimento sobre métodos contraceptivos pode contribuir para que os indivíduos escolham o que é mais adequado ao seu comportamento sexual e condições de saúde, bem como para seu uso de forma correta. Assim, esse conhecimento deve estar relacionado à prevenção da gravidez indesejada, do aborto provocado, da mortalidade materna e de outros agravos à saúde relacionados à morbimortalidade reprodutiva. Promover o acesso a tais informações e aos meios para a regulação da fecundidade é um dos aspectos importantes do planejamento familiar (PANIZ et al, 2005).

           A oferta de métodos anticoncepcionais com vistas à escolha autônoma aponta para a necessidade de os serviços proporcionarem ampla gama de opções, para que os clientes possam escolher livremente, de forma segura e confiável, o método mais adequado, para os diferentes momentos de sua vida reprodutiva, de acordo com sua história de saúde e adaptação (PIERRE et al, 2010).

           Em relação ao planejamento familiar e mais com respeito aos métodos contraceptivos é preciso falar que nossa equipe de saúde não desenvolve ações educativas para homes e mulheres sobre a decisão e importância do uso dos métodos contraceptivos. E preciso reconhecer que não se realizam colóquios educativos em relação ao uso de métodos contraceptivos e suas características de acordo aos diferentes usuários. Além de ofertar métodos contraceptivos básicos a população e o equipe considera que é preciso explicar a necessidade de utilizá-los, explicar ademais as vantagem e desvantagem de cada um deles. Pois não se aborda adequadamente a necessidade de utilizá-los e suas características de acordo aos usuários em quanto a idade, doenças concomitantes, gravidade, outras características fisiológicas. De acordo a isso é preciso falar que a entrega dos contraceptivos a população em idade reprodutiva ainda é ineficiente.

          Motivado pelo o estudo do modulo refleti sobre ou que está acontecendo no dia a dia em nossa área de abrangência com o planejamento familiar, revisei artigos nos portais busquedas recomendados pelo o curso de especialização, aprofundei o conteúdo sobre este tema, e   fiz uma reunião com minha equipe e discutimos as principais dificuldades .  

          Refleti que no período  de trabalho que tenho  na equipe percebi  que muitas pacientes não usam o método anticonceptivo de acordo a seus fatores de risco, sem uma previa orientação profissional , expliquei que devemos oferecer os contraceptivos de acordo com a opção dos indivíduos, porém, algumas condições clínicas não permitem esta escolha, nos corresponde a equipe informar as mulheres e seus parceiros sobre a diversidade dos métodos, suas vantagens, eficácia , efeitos colaterais e contraindicações , para que elas possam escolher o método que elas querem, mas com ajuda do médico ou enfermeira. Reconhecemos que realmente a equipe não realiza as suficientes ações de educação em saúde para garantir a informação e acesso fácil aos métodos contraceptivos de nossa população. Além disso é baixo o número de   homens que nos procuram para o planejamento familiar de forma compartilhada com as mulheres. os agentes comunitários de saúde cobraram que para cumprir com   funções educativas em planejamento familiar precisam de capacitação.

          Os métodos mais usados por nossas pacientes são: pílula, minipílula, injetável hormonal, preservativo masculino, porem temos disponibilidade de diafragma e preservativo feminino que são pouco usados, e não temos DIU ou que limita a escolia e uso por nossas pacientes. Aproveitamos o espaço da reunião da equipe para discutir temas sobre diversidade sexual, relações de gênero, prevenção de HIV/AIDS e outras ISTs, que também apresentam alta incidência em nossa comunidade.

          Acordamos reorganizar o processo de trabalho da equipe, incluir atividades de educação permanente em saúde sobre planejamento familiar e de métodos anticonceptivos e prevenção de HIV/AIDS e outras ISTs para a equipe, assim como incrementar as ações educativas com caráter grupal na comunidade para elevar as demandas e participação de homens e mulheres à consultas de planejamento familiar, ou que vai propiciar um melhor conhecimento das bondades e riscos dos métodos contraceptivos , assim como uma melhor escolia. Como limitação identificamos que em nossa comunidade de área rural são poucos os homens que procuram nossos serviços de saúde preventiva, por questões socioculturais e preconceitos, pelo que este grupo da população partir de agora é uma prioridade para nossas ações.

        Gostei da realização desta microintervenção já que agora a equipe está consciente da responsabilidade que temos em garantir o uso adequado dos métodos anticonceptivos pôr a população de nossa área de abrangência, nos permitiu refletir e identificar as principais deficiências, e reorganizar o processo de trabalho para a solução das mesmas. Sendo agora nosso labor mais integral. Além disso continua se fortalecendo o trabalho em equipe, e já todos compreendem a importância da realização das reuniões da equipe para a discussão dos problemas e planejamento das ações, como continuidade da primeira microintervenção, acho humildemente que minha participação neste curso de especialização está contribuindo a organização do processo de trabalho de minha equipe, porque estou adquirindo novas ferramentas, além disso conto com o apoio da enfermeira, diretor da UBS e a equipe toda.  

       Referências:

ü  PIERRE, Luzia Aparecida dos Santos; CLAPIS, Maria José. Planejamento familiar em Unidade de Saúde da Família. Rev. Latino-Am. Enfermagem,  Ribeirão Preto ,  v. 18, n. 6, p. 1161-1168,  Dec.  2010 .   Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692010000600017&lng=en&nrm=iso>. access on  16  July  2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692010000600017.

 

ü  PANIZ, Vera Maria Vieira; FASSA, Anaclaudia Gastal; SILVA, Marcelo Cozzensa da. Conhecimento sobre anticoncepcionais em uma população de 15 anos ou mais de uma cidade do Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 6, p. 1747-1760, Dec.  2005 Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2005000600022&lng=en&nrm=iso>.access on 15 July 2018.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2005000600022.

 

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