Planejamento reprodutivo, Pré-Natal e Puerpério na Unidade de Saúde Edith Kluppler Mendes do Município Lagarto-SE.
Na minha Unidade Básica de Saúde – UBS, a equipe faz uma pesquisa ativa de gestantes no primeiro trimestre da gravidez, em parceria com os Agentes Comunitários de Saúde – ACS. Nossa equipe procura nas consultas de Planejamento Familiar, orientar todas as mulheres e adolescentes com vida sexual ativa a fazer uso de contraceptivos, sempre que existam riscos que possam interferir no bom desenvolvimento de uma gravidez saudável.
Uma pré-natal deficiente leva a aparição de altos riscos que podem trazer como consequência mortalidade materno infantil. A equipe tem a tarefa de identificar a causa da deficiência no pré-natal, e tomar medidas para evitar essas complicações (BRASIL, 2015).
O pré-natal conclui com o acompanhamento no puerpério em que é feito um resumo do acompanhamento pré-natal, e a paciente é orientada sobre as mudanças fisiológicas após o parto, o benefício do aleitamento materno tanto para ela como para seu recém-nascido e sobre como deve ir incorporando-se às atividades diárias na medida em que vá evoluindo.
Minha equipe tenta fazer um acompanhamento do período pré-natal e conta com os profissionais para a realização de boas consultas.
Foi identificada como principal fragilidade a baixa percepção de risco da população sobre a saúde da mulher, assim como o desconhecimento do processo saúde enfermidade e a falta de comparecimento às consultas programadas.
Dentro das principais dificuldades que enfrentamos para desenvolver todas as atividades encontra- se que muitas gestantes, sobretudo as que chegarem ao termino, não frequentam a consulta com a periodicidade programada, os exames laboratoriais e ultrassom obstétrico demoram muito para ser agendados
Entretanto, nossa equipe se encontra trabalhando cada dia mais para realizar um bom atendimento e como alternativa a enfermeira da UBS agenda pessoalmente os exames complementares, além de a equipe fazer uma busca ativa na detecção precoce de gravidez e de realizar com as gestantes, a construção do plano de parto com visita prévia à maternidade para criação de vínculo na rede de atenção (em nosso caso em parceria com a Maternidade Zacarias Junior do Município Lagarto).
Baseado nisso a equipe realizou atividades de educativas com as grávidas, foi abordado o tema do parto humanizado e foram esclarecidos os preconceitos ou ditados do povo sobre o aleitamento materno.
As gestantes são acompanhadas pela equipe de saúde até o final da gravidez. Após o parto e com a chegada da puérpera, na área, realiza-se a visita domiciliar onde é examinada a mulher e o neonato. Essa atividade, às vezes, é difícil de ser realizada pela falta de transporte para desenvolvermos a visita puerperal, na primeira semana após o parto.
Em minha experiência, observamos que há um conhecimento geral por parte da equipe da UBS sobre planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério, observamos que devemos enfatizar a integração do homem em cada atividade em conjunto com a gestante, promovendo maior participação dele nas ações.
Dessa forma, é um desafio para a equipe, organizar as ações educativas e criar grupos de apoio para a consciência do parceiro nas tomadas de decisão. Com este relato de experiência refletimos sobre a necessidade de uma atenção pré-natal mais humanizada e não apenas intervencionista.
REFERENCIAS:
2. COSTA, M. Sexualidade na adolescência: dilemas e crescimento. 8.ed.São Paulo; L&PM Editores, 1986.
3. Ministério de Saúde. Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). Brasília, 2015.
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