Titulo: Graviez na adolescência um desafio para a atenção básica de saúde.
Aluno:Maikel Leon Morales.
Asesor:Cleyton Cezar Souto Silva .
A gravidez na adolescência, hoje, constitui-se como uma questão polêmica por ligar aspectos relacionados ao exercício da sexualidade e da vida reprodutiva às condições materiais de vida e às múltiplas relações de desigualdades que estão presentes na vida social do País. Nesse sentido, é mais apropriado que a gravidez na adolescência seja vista como um ponto de inflexão que resulta de uma pluralidade de experiências de vida, com diferentes significados, abordado de várias maneiras e que adota diversos desfechos. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2017)
Tradicionalmente, a ocorrência da gravidez na adolescência é enfocada como não planejada, indesejada e decorrente do desconhecimento de métodos anticoncepcionais. Estes aspectos nem sempre estão presentes e sinalizam que a análise da gravidez e da maternidade nessa faixa etária não pode ser desvinculada das motivações individuais, nem descontextualizada das condições sociais em que as adolescentes estão inseridas, considerando-se a influência de fatores sociopolíticos, culturais e psicológicos implicados na escolha de ser mãe. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2017)
Para a saúde pública, a gravidez na adolescência tem sido um desafio. Visto que muitas destas gestações terminam em abortos provocados, realizados em condições adversas, que evoluem com problemas obstétricos como hemorragia, infecção ou perfuração uterina, contribuindo para o aumento da mortalidade materna neste grupo etário. Outro aspecto de destaque é a possibilidade de risco biológico dessa gravidez, quando associada a outros fatores, como desnutrição e acompanhamento tardio, entre outros. Se presente, esse risco não está especificamente ligado ao fato de a gestante ser adolescente, pois pode ser minimizado por meio de um acompanhamento pré-natal adequado e iniciado o mais cedo possível. Outro risco apontado é o risco psicossocial, uma vez que a maternidade pode influenciar no abandono escolar e dificultar o acesso ao mercado de trabalho. (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2017)
Para a microintervenção desse modulo Planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério, depois de ser realizada uma reunião com toda a equipe foi que decidimos realizar nosso trabalho sobre a Gravidez na adolescência.
No Brasil, principalmente no Nordeste do país, gravidez na adolescência é um grande problema de saúde e também um grande desafio para a atenção básica.
Nossa UBS apresenta elevado porcentual de grávidas adolescentes, sendo necessário estar bem preparados profissionalmente para enfrentar esse desafio. É bom lembrar que minha UBS está localizada no município amapá, a população do município é principalmente rural, e a população urbana apresenta baixa escolaridade e baixos recursos fatores que estão vinculados com gravidez na adolescência.
Para o desenvolvimento de nossa microintervenção a equipe irá fazer atividades educativas nas escolas do município (PSE, programa lançado no ano 2008), dentro das atividades encontram-se palestras sobre sexualidade, gravidez na adolescência e os riscos que apresenta essa situação, ITS e planejamento reprodutivo.
Nossa microintervenção tem como principal objetivo que os adolescente, homens e mulheres, conheçam não só os riscos para a saúde que pode trazer a gravidez nessa faixa etária como também as dificuldades sociais que pode trazer para a adolescente, como o abandono dos estudos, outro objetivo é promover o uso dos métodos anticonceptivos (condões e pílulas ) disponíveis na UBS, no caso dos preservativos não só como método anticonceptivo como também para prevenção das ITS.
Para conseguir nosso objetivo é muito importante que a equipe, principalmente médico e enfermeira, encarregados das palestras tenham estudado e conheçam os protocolos do ministério de saúde sobre o tema em questão.
A equipe espera com esta microintervenção que os adolescentes aprendam sobre sexualidade, sobre a importância do uso dos métodos anticonceptivos disponíveis na UBS ao alcance deles, também pretendemos que os adolescentes tomem consciência dos riscos da gravidez na adolescência e a importância do planejamento reprodutivo.
Para avaliar o impacto da microintervenção a equipe primeiramente antes de dar as palestras irá aplicar um questionário com perguntas básicas sobre o tema em questão e depois, ao final das atividades iremos aplicar o mesmo questionário, desse jeito a equipo poderá avaliar se foi produtiva nossa microintervenção.
Referências
1-MINISTÉRIO DA SAÚDE. Proteger e cuidar da saúde de adolescentes na atenção básica. 2017.Disponivel em:
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica.pdf
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