CAPÍTULO III:
TÍTULO: MOBILIZAÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA PARA O INCENTIVO DO ALEITAMENTO EXCLUSIVO NO TERRITÓRIO
ESPECIALIZANDO: LEONARDO PEREIRA DOS SANTOS
ORIENTADORA: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
COLABORADORES:
ENFERMEIRA: GISLAYNE
TÉCNICA DE ENFERMAGEM: THALITA
ACS´S: SRA. DAGUIA, SRA. FRANCISCA, GICELIA, ANA, CASSIA JACKELINE.
Este novo relato de experiência tem o objetivo de realizar no primeiro momento, uma autoreflexão para melhor atenção do grupo de usuários no que diz respeito ao planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério, direcionado pela lista de perguntas que norteiam nossa reflexão que seguem abaixo discriminadas:
1.1 Promovemos ações educativas, para homens e mulheres, Sobre a decisão de ter filhos ou não?
Infelizmente não é uma realidade em nossa UBS pois se trata de uma população de nível sócio econômico baixo onde os mesmos não tem esse pensamento de planejar a importante decisão de ter filhos. Sempre procuram o serviço com amenorréia de 2 ou 3 meses ou com exames de gravidez positivos. Entretanto, orientamos famílias constituídas com 3 ou mais filhos, para sempre repensarem a possibilidades de terem mais filhos, e ofertamos contraceptivos disponíveis na unidade.
1.2 Ofertamos métodos contraceptivos básicos à população? Abordamos adequadamente a necessidade de utilizá-los?
Sempre que uma vez a pessoa busca a unidade com dúvidas sobre qual método usar, ou se está tendo algum problema com o método atual e deseja mudar ou nos casos de visita puerperal, ofertamos os métodos adequados de acordo com o perfil de cada paciente e orientamos a forma correta de uso, bem como, voltar à unidade em caso de dúvida.
1.3 Discutimos conteúdos sobre diversidade sexual,Relações de gêneros e prevenção de HIV/AIDS e outras DSTs?
Não abordamos temas polêmicos com grande diversidade de pensamentos, porém as DST´s são enfatizadas na hora da escolha do anticoncepcional e nas escolas com palestras.
1.4 A equipe realiza notificação e encaminhamento Adequados dos casos diagnosticados de HIV?
Sempre, uma vez apareça reagente no teste rápido solicitamos sorologia para HIV 1 e 2 se for soro positivo encaminhamos para o centro especializado de nossa cidade.
1.5. Tratamos adequadamente as DSTs diagnosticadas?
Os tratamentos para DSTs é feito segundo os protocolos do Ministério da Saúde (MS), caso refratários ou sem boa resposta ao tratamento fazemos o encaminhamento para especialista e infelizmente, não existe contra referência. Os pacientes sempre vêm do retorno e a grande maioria não sabe seu diagnóstico e porque está tomando a medicação. Desse modo, ficamos com o que eles consegue lembrar e continuamos o acompanhamento.
1.6. Discutimos saúde sexual em grupos (jovens, gestantes, idosos)?
Falamos sempre que temos oportunidade, por meio de orientações para jovens e gestantes, são explicados do que se trata, complicação e forma de prevenção, não contamos com mesmo apoio para grupo de idosos porém, é algo a ser pensado.
2. PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO
2.1 Fazemos busca ativa das gestantes da Unidade? Inclusive adolescentes?
É orientado e cobrado dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) esse trabalho de grande importância, já que as intercorrências podem trazer grandes consequências para mãe, feto.
2.2 Fazemos levantamento periódico das gestantes do bairro, Incluindo as que fazem pré-natal em serviço privado?
Não de forma periódica, porém as que não comparece no pré-natal averiguamos o porquê da ausência.
2.3 Preenchemos adequadamente a caderneta da gestante?
Sim, sempre equando traz todos exames solicitados no primeiro e terceiro trimestre
2.4 Solicitamos TODOS os exames complementares recomendados?
Não, solicitamos todos exames recomendado pelo MS
2.5 Tratamos as DSTs, quando diagnosticadas?
Sempre, e agendamos retorno para acompanhamento, além de investigar as demais DST´s.
2.6 Orientamos quanto aos cuidados nutricionais na gestação? Estimulamos hábitos de vida saudáveis?
Durante a gestação o cuidado é dobrado afinal são duas vidas, além de orientação nutricional é feito encaminhamento para nutricionista. Hábitos de vida saudável são feitos para todas idades, inclusive estamos com um novo grupo para idosos, no qual contamos com ajuda do educador físico para enfatizar a atividade física.
2.7 Orientamos sobre a importância de retornar para a consulta de puerpério?
Não, pois o mesmo é feito pela enfermeira no domicilio, caso necessite o médico também reforça essa última consulta.
2.8 Orientamos sobre amamentação?
Esse é um grande desafio em nossa área pois além da falta de vontade, inventam inúmeras desculpas de que não tem leite, o bebê não pega, além do mais tem a influência das avós que estimulam o uso de mamadeiras e chás antes dos 6 meses de idade
Após respondermos esse questionário conseguimos identificar áreas que necessitam ser melhoradas em nossa unidade, no entanto faremos um breve exposto da área com maior deficiência identificada pela equipe. Se trata do quesito 2.8 Pré – Natal e Puerpério Orientamos Sobre Amamentação.
Esta temática é justificada pelo grande número de puérperas que temos em nossa unidade que já abandonaram o aleitamento antes dos 6 meses e outras que relatam querer parar com o aleitamento materno, visto que esse é um quesito de extrema importância identificada pela unidade, já que se trata de crianças indefesas que está iniciando o ciclo de vida completamente dependente das pessoas que os rodeia. Desse modo, o desfecho do resto da vida dessas crianças depende muito do que elas consomem durante o início de suas vidas.
Para iniciar a resolutividade dessa temática precisamos primeiro capacitar toda a equipe Marlene Ricardo, formar grupo de aleitamento exclusivo e fazer acompanhamento mensal das mesmas com anotação em prontuários de todo ciclo evolutivo da criança até os 2 anos de idade.
Nossa proposta de intervenção tem como objetivo qualificar a equipe sobre a importância do aleitamento materno com a finalidade de disseminar informações que fortaleçam essa prática com gestantes e futuras mamães do território. O movimento de Educação Permanente será operacionalizado em três momentos, a saber: capacitação da equipe; Criação de Grupos de Incentivo ao aleitamento Materno; Avaliação e acompanhamento da ação programática.
Nessa direção, iniciamos o processo de resolução do problema, o tema proposto para capacitação da equipe discorre sobre o aleitamento exclusivo que será ministrado pelo médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) por meio de aulas didáticas, objetivas e ilustrativas, divididas nos seguintes tópicos:
O objetivo é fazer com que a equipe composta por enfermeira, técnica e ACS compreendam o tema e ajudem a reforçar a importância deste alimento para o RN e as complicações que trazem para mãe e RN caso não seja empregado ou abandonado.
O grupo inicial tem objetivo de integrar gestantes que iniciarem o terceiro trimestre que, será realizado por meio de médico e enfermeira de forma simples e fácil, porém, de grande importância, tudo sobre o aleitamento exclusivo até os 6 meses de idade, respondendo perguntas, vendo quais suas dúvidas ou incertezas, explicando o que é verdadeiro e falso, desmitificando tudo sobre leite materno.
A ideia é fazer com essas gestantes quando venham ter seus bebês se sintam capazes, seguras e motivadas para cumprir com seu papel de mãe de tal forma que não aceitem ideias de alimentação e com o passar do tempo esperamos a redução de doenças diarreicas e respiratórias.
De forma mensal os ACS serão responsáveis por cada puérpera de sua microárea, registrando em caderno de atas e acompanhando esse grupo de usuárias, comunicando ao médico ou enfermeira casos que não possam manejar e sempre fazendo busca ativa das usuárias que não fazem o Crescimento e Desenvolvimento (CD) adequado da criança até os dois anos.
Encerramos este trabalho e esperamos que todos colaborem para ser realizado com sucesso, pois devemos nos conscientizar que tratamos de seres humanos e uma parte da responsabilidade de promoção e Educação em Saúde cabe a Equipe de Atenção Básica(EAB) Marlene Ricardo para melhorar a qualidade vida de nossas crianças.
(No Ratings Yet)
Loading...
