CAPÍTULO III: Planejamento reprodutivo, Pré-Natal e Puerpério
Em nossa unidade ainda não fizemos palestras educativas para o planejamento familiar, somente nas consultas aos casais individualmente e, principalmente, as mulheres que são as que mais se preocupam pelo planejamento familiar.
Diariamente são ofertados métodos contraceptivos, sempre explicando que os melhores métodos são os de barreira especificamente a camisinha masculina ou feminina. Não contamos com DIU, nem o material para colocá-los.
Temos oferecidos dados estadísticos da prevalência das DSTs e como evitá-las. Referente a diversidade sexual nos limitamos a falar que na sociedade tudo deve começar com o respeito.
Nossa equipe realiza notificação dos pacientes, encaminhamento adequado e acompanhamento frequente dos pacientes diagnosticados com HIV.
Uma vez diagnosticada as DSTs colocamos o tratamento específico segundo os protocolos para cada doença.
Ainda não temos feito esses encontros sobre saúde sexual em grupos, somente individualmente nas consultas.
Nossa equipe encontra-se sensibilizada em relação à captação precoce das gestantes e estamos em constante vigilância dos comentários das pessoas na rua e temos nosso técnico de enfermagem que faz plantões na maternidade,nos mantendo diariamente atualizados sobre as pacientes que se encontram internadas no pré-parto ou pós-parto.
Fazemos levantamento periódico das gestantes do bairro, incluindo as que fazem pré-natal em serviço privado e procuramos manter atualizados os dados quinzenalmente em nossas reuniões de equipe.
As cadernetas são adequadamente preenchidas e em cada consulta as revisamos completamente para poder corrigir em caso de não ter algum registro.
Solicitamos todos os exames complementares recomendados, mas a maioria das gestantes aguarda pelo SUS e demoram muito a serem realizados pela alta demanda existente.
Algumas doenças como HIV e Condilomas são tratados nos centros de referências, as demais DSTs são tratadas em nossa unidade.
As gestantes sempre são orientadas a ter uma dieta rica em proteínas, diariamente ovos e leite, beber água em abundância, dormir no mínimo 10 horas diárias.
Orientamos sobre a importância que tem de vir a consulta na primeira semana após o parto porque examinaremos a puérpera para detectar precocemente alguma alteração na involução do útero, esclareceremos sobre algumas dúvidas que tenha, além disso, faríamos a primeira consulta da puericultura onde avaliaremos a vitalidade do recém-nascido onde verificaremos os reflexos, coloração, malformações.
Desde que a paciente encontrasse gestante já e orientado sobre importância da lactação, desde o ponto de vista econômica é a mais barata e desde o ponto de vista nutritivo está comprovado sua superioridade sobre outros leites, oferendo imunidade contra várias doenças.
MICROINTERVENÇÃO
Na Unidade Básica de Saúde do Santa Tereza a equipe 3.1 conta com 6 Agentes Comunitários de Saúde, tendo o mais novo membro da equipe 10 anos atuando na unidade. Em sua totalidade, os ACSs da equipe desconhecem a quantidade exata de sua população, bem como suas características e peculiaridades. Tendo em vista essa deficiência, decidiu-se intervir inicialmente nos Agentes, buscando conscientiza-los a respeito da importância da obtenção desses dados, a fim de atuar de maneira mais eficiente na saúde da população adscrita, inclusive no planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério.
Dessa forma, buscou-se munir a equipe de ferramentas para a coleta de dados, vista a ausência de uma rede informatizada de dados. Foram comprados materiais, dentre os quais cadernos, lápis, borrachas, canetas e estojos, que seriam utilizados para o registro de informações. Concomitantemente, foi realizada uma sequência de capacitações e educação continuada da equipe, com o fornecimento de informações e dados estatísticos que corroboram com a necessidade do conhecimento a respeito da população.
Houve resistência por parte de alguns dos Agentes na adoção dessas medidas. Em primeiro lugar, os ACSs não se dispuseram a arcar com os custos do material que seria utilizado, dessa forma, o problema apenas foi solucionado quando o médico da Unidade adquiriu os itens e os distribuiu entre os membros da equipe. Em segundo lugar, mesmo com a compra do kit, alguns dos Agentes seguiram se negando a atuar com a coleta de dados, apesar da reafirmação contínua da importância desse diagnostico populacional para os demais trabalhos da Unidade.
Verificadas as dificuldades e a necessidade absoluta de conhecimento da área, é imprescindível que os Agentes Comunitários de Saúde compreendam o seu papel na busca de informações acerca da população pela qual são responsáveis. Apenas assim, será possível levar conhecimento em saúde à população. Portanto, é preciso insistir na sensibilização da equipe.
Ponto(s)