O ATENDIMENTO AO PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA DR SUELDO CAMARA
ESPECIALIZANDO: JORGE ORGES MARTINEZ
ORIENTADOR: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA
Neste relato de experiência, será abordada a microintervenção sobre o atendimento ao planejamento familiar, pré-natal e puerpério na Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Sueldo Câmara, com a finalidade de mostrar como funciona o atendimento à saúde da mulher, adolescentes e gestantes na Unidade.
Para dar início, vamos expor como funciona o atendimento atualmente na Unidade pelas ações programadas:
Figura 1 – Ações programadas no atendimento do planejamento familiar, pré-natal e puerpério, na Equipe de Saúde da Família (ESF) Drº. Sueldo Câmara, 2018.
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Segunda-feira |
Terça-feira |
Quarta-feira |
Quinta-feira |
Sexta-feira |
Manhã |
Consulta Pré- natal
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Planejamento familiar
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Visita domiciliar
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Consulta preventivo
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Puericultura/ Puerperio Reunião de Equipe e Discussão de caso |
Tarde |
Puericultura (grupo de gestantes) |
Consulta Pré- natal |
Planejamento familiar |
Visita domiciliar |
Consulta Pré-natal |
Fonte: Autor Próprio, 2018.
Na ESF realizamos ações promotoras de saúde através de atividades educativas que acontece nos grupos operativos e nas consultas individualizadas. Com base na organização programada da agenda acima demonstrada são realizadas ações de educação em saúde voltada para o pré-natal e o puerpério no grupo de gestantes com abordagem de temas diversos.
Uma temática frequentemente trabalhada na equipe está relacionada ao combate do desmame precoce, muito comum na minha área de abrangência, sendo as causas mais comuns quase sempre relacionadas à cultura na qual afirmam que o bebê chorava muito e que o leite da mãe é pouco ou fraco.
A escolaridade da mãe também é um fator de influência para o desmame precoce, assim como a gravidez precoce, uma vez que as adolescentes se sentem inseguras, estudam ou trabalham fora de casa e assim, seus filhos são cuidados pelos avós, que acabam introduzindo outro tipo de alimento, o uso de mamadeiras ou chupetas.
Para evitar o desmame precoce, trabalhamos estes fatores de risco, planejando ações educativas que favoreçam o aumento da prática da amamentação, fornecendo orientação adequada e incentivando o aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida, e com alimentação complementar até os dois anos ou mais.
Também durante o pré-natal, fazemos abordagem sobre a importância da amamentação exclusiva, avaliamos as mamas, orientando para prevenção de problemas com elas. Fazemos atividades de puericultura e reuniões de grupos de gestante onde orientamos sobre como o leite é produzido, os riscos do uso de chupetas, mamadeiras e qualquer tipo de bico artificial, também o correto posicionamento da criança e pega da aréola, apresentamos ainda guias de como deve ser a amamentação.
Aquelas mães que trabalham ou estudam, ensinamos-lhes como realizar a ordenha manual do leite, como guardá-lo e/ou doá-lo; oferecemos apoio emocional e estimulamos a troca de experiências, dedicamos tempo e ouvimos suas dúvidas, preocupações e dificuldades, ajudando assim, a aumentar sua autoconfiança.
Em relação à saúde da criança, abordamos a puericultura em sua promoção da saúde em educação de saúde com o grupo de gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz.
Conforme o Ministério da Saúde (2004), as atribuições da equipe de saúde na promoção e acompanhamento do puerpério na atenção à criança são:
Para especificar a promoção de saúde na puericultura, de acordo com o Ministério da Saúde (2015), houve a criação da Política de Atenção à Saúde da Criança, cujos 07 eixos estratégicos são: atenção humanizada e qualificada à gestação, parto, nascimento e recém-nascido; aleitamento materno e alimentação complementar saudável; promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral; atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; atenção à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno.
Um fator preocupante na população atendida se trata do alto índice de gravidez na adolescência e para minimizar esse problema, a equipe da unidade precisa ser convocada para uma reunião para expor ideias de resolutividade deste problema.
Após a reunião, a equipe decidiu intervir através da educação em saúde, elaborando uma estratégia de abordagem de acordo com a disponibilidade de cada um dentro da equipe. Assim temos:
Observou-se durante a realização dessa microintervenção que a principal fragilidade gira em torno dos próprios adolescentes, que ignoram tais fatos a serem discutidos, mas a equipe apresentou sua potencialidade em querer propor uma resolução para o problema e está disposta a tentar implementá-la.
Espero com a continuidade dessa estratégia que haja um dia específico de atendimento em grupo com consultas coletivas, podendo envolver os procedimentos da consulta de pré-natal, de modo a realizar a avaliação da gestante e de sua gestação de maneira rápida e resolutiva.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Agenda de compromissos para a saúde integral da criança e redução da mortalidade infantil / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004
BRASIL. Ministério da Saúde. Ministério cria Política de Atenção à Saúde da Criança. 2015.Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/18951-ministerio-cria-politica-de-atencao-a-saude-da-crianca> . Acesso em 10 de julho de 2018.
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