MICROINTERVENÇÃO III: PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, PRÉ NATAL E PUERPÉRIO.
ESPECIALIZANDO: JORGE AUGUSTO ALVES DE AZEVEDO
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
A saúde reprodutiva da mulher contempla diversas atividades que compõe a rotina da nossa unidade, existe o curso de gestantes que acontece durante todo o ano com reuniões mensais, os encontros são constituídos de palestras educativas, esclarecimentos dos principais questionamentos sobre planejamento reprodutivo, pré natal e o puerpério, além de temas como DST’s, amamentação e orientação de cuidados no pós parto. A unidade de saúde disponibiliza teste rápido para algumas sorologias e métodos contraceptivos para acesso direto pela população.
Educação em saúde é uma ferramenta fundamental para buscar a mudança da realidade existente na população, tais atividades educativas devem ser de caráter permanentes nas suas diversas temáticas, assim buscamos a mudança de hábitos, atitudes e comportamentos individuais, em grupos e no coletivo. Tal mudança de comportamento está atrelada a aquisição de novos conhecimentos e adoção de atitudes favoráveis à saúde.
A garantia, para os e as adolescentes, dos Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, já reconhecidos como Direitos Humanos em leis nacionais e documentos internacionais, indica a importância da aceitação da individualidade e da autonomia desse segmento populacional, estimulando-os (as) a assumir a responsabilidade com sua própria saúde. O acesso à informação de qualidade e às oportunidades para o exercício desses direitos individuais, sem discriminação, coerção ou violência, baseia as decisões livres e responsáveis sobre a vida sexual e a vida reprodutiva. Esse contexto é um terreno fértil para a implementação de ações direcionadas às singularidades da saúde de adolescentes, para que eles e elas tenham acesso aos serviços de saúde sexual e saúde reprodutiva de qualidade, onde a cultura e as práticas profissionais devem ser transformadas, principalmente no acolhimento e nas relações de poder, dentro de uma visão promocional de saúde. Adolescentes e jovens, sujeitos de direitos, constituem um grupo populacional que exige novos modos de produzir saúde, inclusive a saúde sexual e saúde reprodutiva. Seu ciclo de vida particularmente saudável evidencia que os agravos em saúde decorrem, em grande medida, de modos de fazer “andar a vida”, de hábitos e comportamentos, que, em determinadas conjunturas, os vulnerabilizam. As vulnerabilidades produzidas pelo contexto social e as desigualdades resultantes dos processos históricos de exclusão e discriminação determinam os direitos e oportunidades de adolescentes e jovens brasileiros(as). (BRASIL,2015,p.06)
Foi realizada uma microintervenção em saúde da mulher para abordar o tema “Doenças sexualmente transmissíveis (DST) e saúde reprodutiva” na escola municipal Chico Santeiro, localizada na Rua da Cruz, 59042-150, Bairro Nordeste. Tal atividade terá como público alvo os alunos do 9º ano, na faixa etária média dos 13 aos 15 anos, teve como objetivo de desenvolver ações de educação em saúde com foco em adolescentes para aprimoramento dos índices de saúde, promoção da inclusão social e ações de cidadania e ações coletivas com atividades culturais.
As ações educativas desta microintervenção foram através de palestras educativas sobre saúde reprodutiva, realizada pela enfermeira da equipe e doenças sexualmente transmissíveis realizada pelo médico da equipe. Os agentes de saúde elaboraram uma dinâmica em grupo com os adolescentes falando sobre atualidades e sexualidade. Na oportunidade entregamos um material gráfico elaborado pela psicóloga da unidade falando sobre o setembro amarelo e prevenção do suicídio como temática extra. Esse momento tem o cuidado de esclarecer as dúvidas dos adolescentes, bem como de apresentar a unidade de saúde como um local de busca de atendimento de saúde e apoio integral a população.
A proposta pretendeu ampliar a busca ativa por métodos contraceptivos pela população mais jovem do bairro, assim como o esclarecimento sobre prevenção de DST’s. Como consequência positiva a longo prazo pode ser estabelecer a diminuição dos índices de gravidez indesejada pelas adolescentes.
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Cuidando de Adolescentes: orientações básicas para a saúde sexual e a saúde reprodutiva [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção em Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
Ponto(s)