13 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

O ATENDIMENTO AO PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA LUIZA VANESSA DA SILVA, EM MOSSORÓ, RN.

 

ESPECIALIZANDO: ISVAN FELIPE GUTIERREZ NAVAS

ORIENTADOR: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA

COLABORADORES: ENFERMEIRA, AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE, DENTISTA E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM.

 

O presente relato de experiência diz respeito a realização da microintervenção sobre o atendimento ao planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério. Equipe de Saúde da Família Luiza Vanessa da Silva e as ações que ocorrem na ESF para a execução dessa prática.

Segundo o Ministério da Saúde (2017), a Atenção Básica (AB) é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação de saúde das coletividades.

Assim, executamos nosso atendimento na UBS Luiza Vanessa da Silva através da educação em saúde em grupos e consultas de puerpério, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e crescimento da criança e orientar as mães em seus principais receios no dia-a-dia.

Teixeira (2009) acredita que umas das formas de reestruturar o processo de trabalho são as atividades grupais que se constituem de fato em ferramentas oportunas para redirecionar a assistência, humanizar os serviços de saúde e fortalecer o vínculo entre o usuário e a Equipe Saúde da Família.

Em relação ao planejamento familiar, na Unidade são promovidas ações educativas para homens e mulheres sobre a decisão de ter filhos ou não, com uma abordagem educativa com demonstração e oferta dos métodos contraceptivos básicos à população e a necessidade de utilizá-los. Durante esse sistema de educação em saúde que ocorre na ESF, vários tópicos são discutidos, como conteúdos sobre diversidade sexual, relações de gêneros e prevenção da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) com notificação, encaminhamento e tratamento adequados dos casos diagnosticados de HIV. No grupo dos idosos também funciona a orientação em saúde sexual.

Em relação ao pré-natal, a equipe da unidade faz busca ativa das gestantes, aquelas que não apareceram na unidade e adolescentes. Mensalmente é feito o levantamento periódico das gestantes do bairro, incluindo as que fazem pré-natal em serviço privado. A caderneta da gestante é preenchida regularmente, com todos os dados e exames complementares, amamentação, bem como, tratamento de IST quando diagnosticadas, cuidados nutricionais na gestação além de estimulamos hábitos de vida saudáveis. Após o nascimento do bebê, é preferível que a gestante seja orientada a comparecer na Unidade com a importância de retornar para a consulta de puerpério.

Mediante o atendimento em puerpério na Equipe de Saúde da Família (ESF) Luiza Vanessa da Silva, foi programada pela equipe as seguintes atividades:

Quadro 01 – Atendimento a criança até 01 ano de vida na ESF Luiza Vanessa da Silva, Mossoró, RN.

Atividades

Objetivo

Grupos Operativos

Grupos mensais

Grupos por ano

Grupo Educativo – crianças no 1º ano de vida

Executar ações educativas que visem a promoção da saúde da criança e materna.

2 grupos de 7 pessoas;

2 grupos de 8 pessoas= 4 grupos

 

 

4

16 grupos/ano

Consulta Pediátrica

Avaliar as condições de saúde da criança e seu estado de desenvolvimento e crescimento.

Consultas semanais:

2 a 3

Consultas mensais:

10 a 11

Consultas por ano:

120

Consulta de Enfermagem

Avaliar as condições de saúde da criança e seu estado de desenvolvimento e crescimento mediante atribuições do enfermeiro.

Consultas semanais:

2

Consultas mensais:

8

Consultas por ano:

90

 

Quadro 01 – Atendimento nas consultas de puerpério na ESF Luiza Vanessa da Silva, Mossoró, RN.

Meses/metas

Realizadores

Recursos/meios

2º, 5º, 8º e 11º mês

Médico / Enfermeiro/

Dentista

Material educativo, panfletos, cartazes, mídias, etc.

1º, 4º, 9º e 1 ano

Médico

Anotar condutas (exames solicitados, tratamento quando indicado, orientações dadas);

15 dias, 2º, 6º mês.

Enfermeiro

Anotar condutas (tratamento, orientações, encaminhamentos); orientar as mães ou responsáveis pela criança

Fonte: Próprio autor.

 

           

Assim, ocorrem as seguintes etapas no atendimento das crianças pela ESF Luiza:

 

– Inscrição na Unidade:

Serão inscritas no controle de crescimento e desenvolvimento crianças menores de 5 anos, destacando-se a importância da captação precoce e garantia de acesso, principalmente dos Recém Nascido (RN) de risco e criança desnutridas.

 

Etapas:

a) Cadastramento da criança na unidade:

O cadastro da criança na unidade de saúde, pode ser feito através de registro em livro (SINASC) e/ou ficha para arquivo rotativo. O cadastro deve ser organizado de forma a facilitar o controle de faltosos e a vigilância às crianças de risco.

 

Devem constar do cadastro da criança, as seguintes informações:

– Nome da criança e da mãe;

– Endereço completo com referência e telefone para contato;

– Número do prontuário e número da DN (se possível)

– Data de nascimento

– Data dos atendimentos (agendados/previstos)

– Idade (correspondente a cada atendimento)

– Motivo/tipo de atendimento (opcional)

 

b) Abertura de prontuário para anotação dos atendimentos realizados pela equipe multiprofissional;

c) Abertura do cartão da criança com preenchimento dos dados relativos ao crescimento e desenvolvimento em cada atendimento. Este cartão deverá ficar com a mãe da criança.

 

– Agendamento:

Na recepção, as atividades que compõem o controle de puericultura, serão agendadas conforme o calendário proposto e registradas na ficha de cadastro da criança, e no cartão da criança ou cartão de consultas que fica com a mãe.

 

– Controle de Faltosos:

 

A equipe de saúde deve realizar controle de crianças faltosas (mais de 30 dias), a partir do arquivo rotativo ou livro de registro. Serão encaminhadas correspondências às mães, solicitando o comparecimento na unidade. Após 30 dias, as mães de crianças com critérios de risco que não comparecerem à unidade de saúde, receberão visita domiciliar. A visita objetiva, verificar motivo do não comparecimento, enfatizar importância do controle periódico da criança e oferecer agendamento de nova consulta ou atividade.

 

Observou-se durante a realização dessa microintervenção que houve fragilidades em relação a organização do sistema de atendimentos ao grupo de gestante e os profissionais envolvidos.

Como potencialidade posso destacar o comparecimento de mais gestantes ao grupo de educação em saúde do que nas consultas individuais do pré-natal, que apresenta esse grande desafio de conquistar a gestante para a realização do pré-natal adequadamente.

Espero com a continuidade dessa ação que haja um dia específico de atendimento em grupo com consultas individuais e coletiva, podendo envolver os procedimentos da consulta de pré-natal, de modo a realizar a avaliação da gestante e de sua gestação de maneira rápida e resolutiva.

 

           

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Portal Saúde. O que é atenção básica? 2017. Disponível em:< http://dab.saude.gov.br/portaldab/smp_o_que_e.php>. Acesso em 10 de julho de 2018.

 

TEIXEIRA, Renata. Grupo operativo: um desafio para os profissionais da saúde da família. Trabalho de conclusão de curso da especialização Processos Educativos em Saúde, Escola de Saúde Pública de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2009

 

 

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