TITULO: Planejamento Familiar e Saúde Reprodutiva na Estratégia de saúde da Família /UBS Centro /Laranjal do Jari /AP.
ESPECIALIZANDO:DAYME TORRES ALBA .
ORIENTADOR : CLEYTON CEZAR SOUTO SILVA
À saúde reprodutiva, é definido em 1988 pela Organização Mundial da Saúde (OMS):
Como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, em todos os aspectos relacionados com o sistema reprodutivo e as suas funções e processos, e não de mera ausência de doença ou enfermidade. A saúde reprodutiva implica, por conseguinte, que a pessoa possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, tendo autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo. Implícito nessa última condição está o direito de homens e mulheres de serem informados e de terem acesso a métodos eficientes, seguros, permissíveis e aceitáveis de planejamento familiar de sua escolha, assim como outros métodos de regulação da fecundidade, de sua escolha, que não sejam contrários à lei, e o direito de acesso a serviços apropriados de saúde que deem à mulher condições de atravessar, com segurança, a gestação e o parto e proporcionem aos casais a melhor chance de ter um filho sadio. Em conformidade com a definição acima de saúde reprodutiva, a assistência à saúde reprodutiva é definida como a constelação de métodos, técnicas e serviços que contribuem para a saúde e o bem-estar reprodutivo, prevenindo e resolvendo problemas de saúde reprodutiva. Isso inclui também a saúde sexual, cuja finalidade é a intensificação das relações vitais e pessoais e não simples aconselhamento e assistência relativos à reprodução e a doenças sexualmente transmissíveis (NACIONES UNIDAS, 1995, anexo, cap. VII, par. 7.2).
Assegurado pela Constituição Federal e também pela Lei n° 9.263, de 1996, o planejamento familiar ou reprodutivo, vez que pode ser exercido fora do contexto familiar, é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos, o melhor momento para tê-los e o espaçamento entre um filho e outro. Poder planejar o momento certo para ter um filho, sem prejuízos à saúde, é uma das principais conquistas femininas de todos os tempos.
O planejamento reprodutivo, além de prevenir a gravidez não planejada, as gestações de alto risco e a promoção de maior intervalo entre os partos, proporciona às mulheres a independência quanto ao tempo dedicado à sua formação educacional e suas escolhas profissionais. O fato de a maternidade passar a ser uma escolha e não um acaso tem trazido uma série de vantagens para a mãe e o bebê quanto para a sociedade. O controle da fertilidade é o primeiro passo para planejar o momento certo para ter filhos. (Brasília, DF, 15 jan. 1996.)
Existem vários fatores de risco associados a esse processo reprodutivo, como fatores biológicos, obstétricos, socioambientais e condições associadas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma brônquica, cardiopatias, epilepsias e outras doenças crônicas.
É importante observar que, quando os fatores estão associados, o risco aumenta. Uma vez detectado o problema e sua magnitude, devemos atuar para, na medida do possível, erradicar, reduzir ou controlar o risco e, assim, possibilitar a gravidez no caso desejado, ou tomar um comportamento sobre contracepção temporária ou definitiva.
Um projeto de intervenção foi realizado por nosso equipe de saúde para efetuar a educação em todas as mulheres em idade fértil e aumentar o nivel de informação sobre planejamento familiar, saúde reprodutiva e controle dos riscos a que estão expostas. As mulheres foram convocadas através dos agentes comunitários para uma palestra em nossa UBS. Para esta microintervenção foram utilizadas como universo 40 mulheres de 12 a 49 anos de idade, não grávidas que foram classificadas como risco ou planejamento reprodutivo na UBS Centro do municipio Laranjal do Jari / AP, para sua auto-preparação e controle de risco a fim de determinar o nível de conhecimento antes e depois de aplicar o programa educacional em as pacientes estudadas.
Para esta pesquisa o método empírico foi utilizado através da aplicação de um questionário anônimo composto por 11 perguntas abertas e fechadas em respostas, feitas pelo médico e pela enfermeira da equipe, com questões que foram compreensíveis pelos pacientes. Este questionário (EM ANEXO) foi distribuído e respondido antes de começar com a palestra, para medir o grau de conhecimento das mesmas e depois começar a enfatizar os problemas encontrado em termos de variáveis clínicas e epidemiológicas além de identificar as necessidades de aprendizagem desses paciente.
As fragilidades encontradas nesta pesquisa revelou que 80% do universo de mulheres trabalhadas não planejou sua gravidez , mostrou também que apenas o 20 % das mulheres usam algum método para evitar a gravidez e prevenir as HIV/AIDS e outras DSTs, além disso, a maior porcentagem de mulheres nessa faixa etária com maior risco encontra-se entre os 12 e 24 anos de idade.
Os desafios encontrados para o desenvolvimento dessa estratégia de saúde da família é aumentar ou intensificar as ações de educação em saúde, principalmente nessa faixa etária, em termos de risco reprodutivo e planejamento familiar para reduzir a taxa de gravidez não intencionais em idades precoces da vida aumentando o nível de conhecimento, além de atingir a maior porcentagem de usos de métodos contraceptivos.
O que eu mais gostei dessa intervenção foi que consegui que as adolescentes estivessem motivadas principalmente para saber mais sobre esse tema, sobre a importância de planejar sua gravidez, cuidar de si para não ter uma gravidez indesejável, conhecer os vários métodos contraceptivos que existe e sua utilização, além de obter o troque de experiências entre eles e lograr interagir uns com os outros.
O que pode ser feito para fazer melhor esta intervenção é que os profissionais da nossa equipe de saúde sejam incentivados a trabalhar mais nesta fase da vida para sensibilizar a população sobre a importância da contracepção planejada, principalmente em jovens e adolescentes. Debater e fornecer elementos para a implantação de políticas que venham ampliar acesso a serviços de saúde sexual e saúde reprodutiva, incluindo ações de prevenção, diagnóstico e tratamento, fortalecer o planejamento reprodutivo especialmente em informações e garantir o acesso aos métodos contraceptivos mais indicados. Fomentar a informação para adolescentes sobre os cuidados com a sua saúde sexual e saúde reprodutiva, bem como aumentar a participação dos homens nos eventos reprodutivos.
REFERÊNCIAS
—– NACIONES UNIDAS, 1995, anexo, cap. VII, par. 7.2).
—– Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996. Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 jan. 1996.
ANEXOS
Querido paciente
Através deste documento uma investigação anônima está sendo realizada, sua participação consiste em responder a cada uma das seguintes perguntas com a maior sinceridade possível e você será capaz de conhecer os aspectos mais importantes relacionados ao risco reprodutivo pré-concepcional. O pesquisador garante a confidencialidade das informações que você oferece e os resultados obtidos serão utilizados apenas para fins estatísticos e científicos. Obrigado por sua valiosa contribuição: O AUTOR.
QUESTIONÁRIO
De 12 a 24 anos.
25 a 34 anos.
De 35 a 49 anos.
2.sua ocupação?
—-Estudante
—– Dona de casa
—– Trabalhador: ocupação ————————————–
—- Aposentada
3.Sua atual escolaridade:——————————————–
4.Você sabe o que significa risco reprodutivo preconceito?
____ sim ____ não
5 . Você já fez um aborto? se você teve quantos,
Sim_____ Não ____ Quantos ____
6. Você já deu à luz, diga quando foi seu último parto?
7.você planejou sua gravidez?
____ sim ____ não
8. Das de doenças crônicas marca com um x as que você sofre:
—– Hipertensão arterial.
__ Asma brônquica.
___ Endocrinopatias (diabetes mellitus, hiper ou hipotireoidismo e outras).
___ Doença cardíaca.
___ Neuropatias.
___ Epilepsias
___ Siklemias.
—– outros
9. Das doenças sexualmente transmissíveis, marcar com um x a VC conosca:
– Clamídia
— Herpes genital
– Gonorréia
—HIV AIDS
— HPV
— sífilis
— tricomoníase
— monilíase
sabe como evitá-los —————
10. Você conhece algum método contraceptivo, mencione aqueles que você conhece.
11. Você usa algum método contraceptivo. Se você usar algum, diga qual ?
Ponto(s)