22 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 

 

PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, UM ENFOQUE NO COMBATE AS DST E NA DIMINUIÇÃO DOS ÍNDICES DE GESTAÇÃO NÃO PLANEJADAS E UMA REVISÃO SOBRE PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO NA COMUNIDADE DE CRISTINÁPOLIS – SERGIPE.

 

 

ALUNA: DAIANA LOUISE ANDRADE SILVA

 

ORIENTADORA: JULIANA FERREIRA LEMOS

 

          Diante das temáticas importantes discutidas neste módulo selecionei as duas temáticas que são fundamentais reinserir na comunidade medidas de promoção de saúde para diminuir o índice de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e gravidez não planejada, ainda muito prevalentes no município. Diante disso, busquei promover duas ações que envolvessem a equipe e a comunidade. Em reunião com a equipe, decidimos realizar um encontro com as gestantes de uma maneira lúdica para falar sobre a gestação, as dúvidas gerais, o momento do parto, puerpério, amamentação e sobre o planejamento familiar. Outra ação importante que foi desenvolvida em maior abrangência na comunidade pela Coordenadora da Atenção Básica do município de Cristinápolis, junto com o médico sanitarista, Almir Santana, Coordenador do Programa de DST/AIDS de Sergipe, foi que realizaram uma palestra voltada para os adolescentes pelo Programa Saúde na Escola, na qual nós integrantes da equipe participamos, fizemos a divulgação e busca ativa dos adolescentes e jovens da nossa comunidade.

 

          A ação que denominamos “Encontro das gestantes” foi realizada em uma tarde lúdica com a participação de outra equipe de PSF da nossa comunidade, pois a enfermeira da outra equipe achou importante a participação das gestantes da sua área de abrangência e se uniu a nossa equipe para a promoção dessa atividade. Foi realizada palestra sobre a importância da realização do pré-natal, orientações sobre o momento do parto, sobre a amamentação, o puerpério e sobre o retorno do uso dos anticoncepcionais e o planejamento mais adequado da próxima gestação. A palestra foi bem lúdica, as gestantes sentaram em forma de círculo no chão, as orientações foram dadas com demonstração e através de brincadeiras, músicas, lanches e brindes, notamos que dessa forma houve uma participação maior das gestantes, com envolvimento de mais pacientes tirando dúvidas e com mais esclarecimento e compreensão da importância desse momento especial. Segue fotos em anexo.

 

          A palestra sobre DST e saúde sexual na adolescência ministrada pelo médico sanitarista, Almir Santana, foi desenvolvida com todas equipes de PSF do município, realizada em uma escola central do município voltada para o público adolescente, alunos com a faixa etária maior que onze anos, através do Programa Saúde na Escola. Decidimos promover maior divulgação do evento fortalecendo o convite dos adolescentes pelos agentes comunitários de saúde durante suas visitas e oportunamente durante as consultas, todos os integrantes da nossa equipe participaram e aprendemos muito com a palestra, pudemos nos atualizar e perceber a importância de falar mais sobre o assunto das doenças sexualmente transmissíveis, perceber o alerta no número crescente e prevalente das DST nesse público, as implicações e barreiras da busca por ajuda e no tratamento adequado, também podemos notar a dificuldade que muitos tem de falar sobre a sexualidade e quebrar estigmas ainda vigentes na nossa atualidade.

 

 

 

          A nossa equipe aprendeu muito com as duas ações realizadas, além da própria atualização profissional, percebemos a importância das atividades educacionais em saúde, como a informação pode melhorar a nossa pratica diária, nossos atendimentos e como as orientações são mais absorvidas pelos usuários e colocadas em prática. O retorno que tivemos dos participantes nos deixou muito satisfeitos, unidos e com desejo de realizar mais atividades lúdicas para melhorar o vínculo e diminuir de fato as problemáticas. Alguns desafios foram observados como: atrair os usuários para as atividades, a resistência de muitos na participação, temos que oferecer brindes e lanches para aumentar a atração e dispor financeiramente de ajuda da Secretaria de Saúde, que infelizmente ainda não é uma realidade possível para o município, dessa forma tivemos que nos unir e conseguir ajuda de pequenos patrocinadores e dispor também do nosso próprio custeio pessoal para ajudar e engrandecer a atividade. O que eu mais gostei foi da união de todos da equipe em fazer dar certo, cada um colaborou e acreditou na importância da nossa ação, a dificuldade financeira ainda é uma problemática para realização desse tipo de atividade, mesmo que simples e pequena precisa de insumos para apresentação e para proporcionar uma intervenção mais atrativa e agradável a todos os participantes.

 

         A saúde sexual adequada, o planejamento familiar e orientação mais ativa dessas temáticas são as grandes modificadoras de um processo de saúde de qualidade, com diminuição de gestação não planejadas e todas as problemáticas que acarretam na vida da família e do bebê, a informação é fundamental no combate as diversas DST ainda muito prevalentes e que necessitam de uma atenção especial pois mesmo com o desenvolvimento atual, as redes sociais e a maior facilidade de informação ainda é um tabu nas famílias e na sociedade em geral.

 

 

 

LISTA DE QUESTÕES PARA REFLEXÃO

 

 

 

    1. PLANEJAMENTO REPRODUTIVO

 

 

 

1.1 Promovemos ações educativas, para homens e mulheres, sobre a decisão de ter filhos ou não?

 

 

 

Sim, toda a equipe está bem orientada em promover educação sexual, na consulta médica e de enfermagem mesmo que por outras queixas sempre é questionada rotineiramente para homens e mulheres sobre o uso dos anticoncepcionais e os preservativos, orientação sobre dúvidas e no cronograma da equipe realizamos as consultas de planejamento familiar.

 

 

 

1.2 Ofertamos métodos contraceptivos básicos à população? Abordamos adequadamente a necessidade de utilizá-los?

 

 

 

Sim, são ofertados no posto de saúde, na recepção e consultório médico e de enfermagem, na secretaria de saúde e em ações nas ruas do município promovidas pela coordenação da atenção básica, ultima há cerca de 1 mês com a presença do Dr. Almir Santana, médico sanitarista, gerente do programa IST/AIDS do estado de Sergipe que realizou uma campanha no município de Cristinápolis junto com as equipes de PSF.

 

 

 

1.3 Discutimos conteúdos sobre diversidade sexual, relações de gêneros e prevenção de HIV/AIDS e outras DST?

 

 

 

Sim, realizamos essas orientações em consulta medica e de enfermagem assim como ações educativas sobre o tema, sempre abordado oportunamente mesmo que em outras temáticas, como no mês de maio, realizamos uma ação para o dia das mulheres abordando temas de saúde sexual, diversidade sexual, prevenção da maioria das DST e as que observamos mais prevalentes no município.

 

 

 

1.4 A equipe realiza notificação e encaminhamento adequados dos casos diagnosticados de HIV?

 

 

 

Sim, realizamos o rastreio no grupo de risco e quando detectamos sorologias positivas é realizada de imediata a notificação junto com a coordenadora de epidemiologia do município e encaminhamento para iniciar o tratamento ou seguimento com a infectologia.

 

 

 

1.5 Tratamos adequadamente as DSTs diagnosticadas?

 

Sim, o município fornece as medicações e promove a disponibilidade de transporte para outros municípios quando é necessário que o tratamento seja realizado por especialistas.

 

1.6  Discutimos saúde sexual em grupos (jovens, gestantes, idosos)?

 

 

 

Discutimos saúde sexual em todos os grupos, tanta de maneira oportunista e voltado para o tema especifico em nossas ações educativas.

 

 

 

 

 

2      PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO

 

 

 

2.1 Fazemos busca ativa das gestantes da Unidade? Inclusive adolescentes?

 

 

 

Sim, os agentes de saúde têm contato direto com as pacientes adulta ou adolescente desde a suspeita da gestação e já comunica a enfermeira que agenda uma consulta, diante do não comparecimento é realizada busca ativa sempre ou pela agente de saúde ou através de visita domiciliar.

 

 

 

2.2 Fazemos levantamento periódico das gestantes do bairro, incluindo as que fazem pré-natal em serviço privado?

 

 

 

Sim, a enfermeira confecciona e atualiza a lista de todas as gestantes da área adscrita e inclui as que estão em seguimento no serviço privado que na maioria das vezes deseja realizar o seguimento em ambos os serviços.

 

 

 

2.3 Preenchemos adequadamente a caderneta da gestante?

 

 

 

Sim, em todas as consultas a caderneta é preenchida por completo e atualizada com novos exames, laboratoriais e exame físico, assim como qualquer eventualidade significativa, tudo sempre registrado também em prontuário médico, a gestante é bem orientada sobre a importância de carregar a caderneta com ela em toda consulta e até caso procure o serviço de urgência por outras queixas.

 

 

 

2.4 Solicitamos TODOS os exames complementares recomendados?

 

 

 

Sim, todos os exames complementares são solicitados, seguimos a rotina do pré-natal à risca e sempre que há atualizações nós realizamos as adequações necessárias. Mesmo que alguns exames demorem por questões burocráticas a serem fornecidos, estamos sempre renovando os pedidos e conseguindo realizar de maneira adequada.

 

 

 

2.5 Tratamos as DSTs, quando diagnosticadas?

 

 

 

Sim, as gestantes são mais fáceis de detectar as DST por nosso controle na realização dos exames regulares e são todas tratadas quando diagnosticas.

 

2.6 Orientamos quanto aos cuidados nutricionais na gestação? Estimulamos hábitos de vida saudáveis?

 

Sim, realizamos o controle de ganho de peso em todas as consultas, orientação nutricional é sempre realizada ou em conjunto com a nutricionista do NASF do município quando detectado a necessidade, essa especialidade tem um fácil acesso e nos auxilia com regularidade.

 

 

 

2.7 Orientamos sobre a importância de retornar para a consulta de puerpério?

 

Sim, é realizada visita domiciliar após o parto e orientamos sobre a importância do comparecimento na unidade de saúde para seguimento durante o puerpério, assim como orientação dos cuidados com o bebê, consultas de puericultura e o início do uso do anticoncepcional.

 

 

 

2.8 Orientamos sobre amamentação?

 

 

 

Sim, as orientações são dadas tanto na consulta de pré-natal como na visita domiciliar no pós parto imediato.

 

 

 

Após respostas dessa reflexão e a partir do que aprendemos neste módulo:

 

• Sua equipe está organizada para este acompanhamento?

 

 

 

Sim, a equipe é bem organizada nesse acompanhamento e bem ativa na pratica diária.

 

• A partir do levantamento das suas reflexões, quais as propostas para transformar a realidade?

 

Realizarmos ações que promovam educação em saúde, palestras sobre saúde sexual na adolescência, e nos outros públicos que também é muito prevalente, como nos idosos, sobre as DST, sobre gestações não planejadas


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