Relato de Experiência III de ALYSSON ALDINO DE ALMEIDA SANTANA

MICROINTERVENÇÃO III: PLANEJAMENTO REPRODUTIVO, PRÉ-NATAL E PUERPÉRIO

TUTOR: JULIANA FERREIRA LEMOS

ORIENTADO: ALYSSON ALDINO DE ALMEIDA SANTANA

A Unidade Básica de Saúde (UBS) Unidade Lagoa Seca, Areia Branca, Sergipe, possui cerca de 2.465 pacientes cadastrados, cobrindo uma área de cerca de 674 famílias, de classe baixa. Esta intervenção tem objetivo em demonstrar como se dá o acolhimento e o acompanhamento adequado no pré-natal, no puerpério e o planejamento reprodutivo na UBS. Estas medidas são consideradas cruciais para a qualidade da saúde da população na Estratégia de Saúde da Família. Necessita-se, antes de mais nada, conhecer muito bem a comunidade, as famílias do território de abrangência da Unidade de Saúde (BRASIL, 2010).

Utilizando como ferramenta o PMAQ – Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica – PMAQ, e posteriormente ao estudo do módulo de Observação na Unidade de Saúde, verificou-se que, no âmbito do Planejamento Reprodutivo, a equipe da Unidade de Saúde Lagoa Seca promove ações, campanhas educativas, para homens e mulheres, sobre a decisão de ter filhos, principalmente sobre a questão do planejamento familiar.

Deste modo, verifica-se que nas consultas de pré-natal as pacientes são informadas sobre os muitos fatores que envolvem trazer uma criança ao mundo, dentre eles as questões econômicas, ao fator social, econômico, condição familiar entre outros aspectos (BRASIL, 2013).

Como medidas de planejamento familiar na UBS são ofertados, em período normal, métodos contraceptivos básicos à população (preservativos e pílulas), e em épocas especiais, como Carnaval, Réveillon, São João e outras festas folclórica, essas ofertas são intensificadas.

Também cumpre salientar que existe na Unidade de Saúde cartazes explicativos da forma correta de utilizar os métodos básicos contraceptivos (forma de colocar a camisinha), e para aquelas pacientes que fazem sua primeira consulta após a primeira menstruação são dadas orientações mais profundas, explicando a necessidade de prevenção contra as ISTs e a gravidez indesejada (BRASIL, 2010).

Também é bastante pertinente tratar sobre a diversidade, de modo que é apresentado aos membros da equipe a necessidade de respeitar a diversidade sexual, como também as relações de gêneros e prevenção de HIV/AIDS e outras ISTs, sempre primando pela inclusão de indivíduos, não fazendo qualquer distinção na Unidade de Saúde, de sexo, gênero, opção, classe social e etc. (BRASIL, 2013).

Na hipótese de haver casos de HIV diagnosticados na Unidade de Saúde são notificados à Secretaria de Saúde, como também são feitas todas as orientações ao paciente de como proceder a partir desta nova etapa da vida. Outra importante informação nesse sentido, diz respeito a necessidade de se manter o mais absoluto sigilo, lembrando aos profissionais que qualquer informação que um dos mesmos difundir pode ser penalizado em distintas esferas (civil e penalmente), visto que a legislação protege o sigilo, a intimidade do indivíduo portador do HIV (BRASIL, 2013).

Quando diagnosticadas ISTs na Unidade são devidamente tratadas. No caso das medicações não disponíveis na Unidade de Saúde, o paciente é encaminhado a uma unidade mais especializada.

Quanto a educação em saúde da comunidade, cumpre salientar que é sempre impactada com palestras, rodas de conversas, folders, cartazes sobre saúde sexual em grupos (jovens, gestantes, idosos), como também são feitas campanhas contra tabagismo, alcoolismo, drogas, entre outras campanhas (BRASIL, 2013).

Já a segunda abordagem que diz respeito ao pré-natal e puerpério, é realizada na Unidade de Saúde busca ativa das gestantes, através dos ACSs. Em caso de adolescentes grávidas, que são de conhecimento das ACSs, convidamos a comparecerem à Unidade de Saúde, o mais breve possível, para iniciarem o programa de pré-natal (BRASIL, 2010).

Também existe um inventário regular de todas as gestantes do bairro, todavia, não incluem as que fazem pré-natal em serviço privado. A caderneta da gestante é preenchida adequadamente conforme preconiza o Ministério da Saúde.

As consultas pré-natal seguem o protocolo do Ministério da Saúde que apresenta todos os exames são exigidos, inclusive os complementares. Também são realizados os tratamentos de ISTs quando diagnosticadas no pré-natal (BRASIL, 2013).

Outro ponto fundamental no que diz respeito ao pré-natal e puerpério adotados na Unidade de Saúde são as orientações quanto aos cuidados nutricionais na gestação, inclusive sobre a necessidade de suplementação de ferro,  e estímulo a hábitos saudáveis de vida, como qualidade de sono, ambiente tranquilo, prática de atividade física, redução de sódio, redução de açúcar, evitar o tabagismo e alcoolismo, além de evitar qualquer droga ilícita (BRASIL, 2010).

Finalizando aborda-se a necessidade de cumprimento de todas as consultas pré-natais e inclusive para a consulta de puerpério, onde são realizadas importantes informações sobre amamentação. Deste modo verifica-se que a equipe de saúde em comento está organizada para o acompanhamento relativo a planejamento reprodutivo e pré-natal e puerpério. É importantíssimo tal abordagem, pois uma das estratégias de Saúde da Família é promover medidas nesta temática (BRASIL, 2013).

Deseja-se que como melhoria elencar a necessidade de maior infraestrutura para abrigar as gestantes, os jovens e adolescentes, como também a necessidade de desmitificação da unidade de saúde, principalmente para as adolescentes, para que possam estar conscientizadas sobre a necessidade de prevenção após iniciar a atividade sexual. A unidade de saúde deve ser encarada como um local de apoio, não um local desafio, onde haja mais dificuldades que facilidades de acesso a saúde.

Apresenta-se, portanto, a matriz de intervenção:

Matriz de Intervenção – Planejamento Reprodutivo, Pré-Natal e Puerpério

Referências

Brasil. Caderno de Atenção básica 32. Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

Brasil. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Brasília : Ministério da Saúde, 2010.

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