15 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

O APERFEIÇOAMENTO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA TEPEQUEM, EM AMAJARI, RR, PARA IMPLANTAR O ACOLHIMENTO

 

 

ESPECIALIZANDO: ZURAMY RODRIGUEZ CERVANTES

 

ORIENTADOR: ROMANNINY HEVILLYN SILVA COSTA 

 

 

Esse relato de experiência será feito sobre a microintervenção II, realizada a respeito do aperfeiçoamento da equipe de saúde da Estratégia de Saúde da Família-ESF Tepequem, sobre o acolhimento, com o objetivo de demonstrar como o acolhimento facilita na atenção primária em saúde melhorando o fluxo de atendimentos na unidade. 

Esse tema é relevante para a ampliação do conhecimento de profissionais da área da saúde, pois estes atuam com a educação em saúde na sua prática, no dia-a-dia, valorizando sua importância e seu papel no contexto de trabalho em que estão inseridos.

Essa microintervenção II ocorreu através de quatro reuniões de capacitação com a equipe de saúde da ESF Tepequem, a qual tratou de alguns temas como: conceito de acolhimento, HumanizaSUS, atendimento de qualidade e acesso avançado na demanda programada.

O objetivo desse aperfeiçoamento da equipe foi melhorar o acolhimento na unidade e trabalhar com o processo de acesso avançado, no qual o paciente é agendado para a consulta no mesmo dia, com vagas para demanda espontânea.

O acolhimento é uma das principais diretrizes éticas e políticas da Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.

Segundo o Ministério da Saúde (2006, p.17), o acolhimento é definido como:

A recepção do usuário no serviço de saúde, compreende a responsabilização dos profissionais pelo usuário, a escuta qualificada de sua queixa e angústias, a inserção de limites, se for preciso, a garantia de assistência resolutiva e a articulação com outros serviços para continuidade do cuidado quando necessário.

               

Segundo Garuzi et al (2014), o acolhimento é importante dentro da unidade de saúde, porque é capaz de reorganizar seu processo de trabalho a partir da utilização do acolhimento, revendo necessidades e prioridades, realizando a classificação por risco, evitando, na medida do possível, as filas por ordem de chegada, e, principalmente, a espera desnecessária dos usuários.

            Diante da importância que o acolhimento tem dentro da Unidade Básica de Saúde-UBS, é preciso realizar um aperfeiçoamento/capacitação da equipe multidisciplinar para esta saber promover um acolhimento de qualidade para os usuários de saúde.

            Assim, foi elaborada um cronograma de capacitação com a equipe de saúde, o qual pode ser observado abaixo:

Dia

Tema

Capacitador

Capacitados

01/05/2018

 

Conceito de acolhimento

Médica da UBS

Enfermeira, Técnicos de enfermagem, Agentes comunitários de saúde, recepcionista.

03/05/2018

 

HumanizaSUS

Médica da UBS

Enfermeira, Técnicos de enfermagem, Agentes comunitários de saúde, recepcionista.

07/05/2018

 

Atendimento de qualidade

Médica da UBS

Enfermeira, Técnicos de enfermagem, Agentes comunitários de saúde, recepcionista.

09/05/2018

 

Acesso avançado

Médica da UBS

Enfermeira, Técnicos de enfermagem, Agentes comunitários de saúde, recepcionista.

Fonte: próprio autor.

 

            Cada reunião teve a duração de uma hora, para não interferir no atendimento da unidade. Na primeira reunião, a equipe se mostrou bem interessada em aprender mais sobre o acolhimento.

            No segundo encontro, foi trazido o conceito e as características da Política Nacional de Humanização e a importância de efetuar um cuidado de qualidade, através das visitas domiciliares, do atendimento na sala de triagem e sala de espera e nas consultas.

            Segundo o Ministério da Saúde (2013), a Política Nacional de Humanização (PNH) existe, desde 2003, para efetivar os princípios do SUS no cotidiano das práticas de atenção e gestão, qualificando a saúde pública no Brasil e incentivando trocas solidárias entre gestores, trabalhadores e usuários.

            No terceiro encontro, foram explicados como o acolhimento pode resultar no atendimento de qualidade e como os usuários podem participar com a equipe, atuando com ouvintes, deve-se então saber ouvir e saber a importância disso. A equipe relatou estar interessada em trabalhar com o acesso avançado e assim propor estratégias para atender esses usuários.

            No quarto e último encontro, foi explicado como é relevante o acesso avançado na unidade, para reduzir a demanda programada e melhorar o atendimento aos pacientes nas consultas.

Assim, ao final do último encontro, a equipe decidiu que as estratégias que irão melhorar o acolhimento na unidade e serão implantadas são:

  • Acesso avançado: com agendamento da consulta para o mesmo dia ou no mais tardar para o próximo dia, tendo 12 vagas programadas para o mesmo dia e 08 vagas para o próximo dia;
  • Acolhimento com classificação de risco: enfermeira da unidade foram capacitadas para realizar classificação de risco, podendo agendar o paciente para o mesmo dia ou não;
  • Visita domiciliar com consultas agendadas: na qual os Agentes Comunitários de Saúde – ACS serão treinados para avaliar o grau de atenção que o paciente deve receber e comunicar a enfermeira para esta realizar a triagem e junto à médica, elaborarem um plano de atenção para o usuário;
  • Sala de espera: com ouvidoria e conversa com os pacientes, realizada pelos técnicos de enfermagem e pela enfermeira.

 

Portanto, o aperfeiçoamento da equipe sobre o acolhimento foi realizado na ESF Tepequem, e como resultado satisfatório a equipe se comprometeu a realizar, futuramente, estratégias para melhorar esse acolhimento e o acesso avançado nas consultas, levando um atendimento de qualidade aos usuários de saúde.

 

 

REFERENCIAS

 

BRASIL. Política nacional de humanização da atenção e da gestão do SUS — material de apoio. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização – HumanizaSUS. 2013.

 

GARUZI M, et al. Acolhimento na Estratégia Saúde da Família: revisão integrativa. Rev Panam Salud Publica. 2014;35(2):144–9.

 

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