TEMA: ACOLHIMENTO À DEMANA ESPONTÂNEA E PROGRAMADA
ESPECIALIZADO: YAMILIA REYES ZORRILLA
ORIENTADOR: TULIO FELIPE VIERA DE MELO
Neste relato, irei descrever a microintervenção acerca da implementação do acolhimento à demanda espontânea. Em nossa UBS anteriormente realizava o agendamento com um determinado número de vagas para cada profissional, existindo um acolhimento contínuo ao longo do dia, com atendimentos de todos os pacientes agendados mais a demanda espontânea e casos urgentes, que acabava desorganizando e atrapalhando o atendimento dos pacientes marcados. No entanto, faz um mês que estamos no aperfeiçoamento de implantar o acolhimento de acesso avançado, objetivo de nossa microintervenção.
Para levar a adiante esta tarefa, que não é nada fácil porque a população esta habituada ao método de agendamento por vagas, foi necessário fazer primeiramente, com toda a equipe de saúde, uma reunião junto com a secretária e coordenadora da UBS.Explicamos toda a informação sobre os objetivos e benefícios que tem este novo sistema de acolhimento, o Acesso Avançado, o qual consiste em agendar as pessoas para serem atendidas pelo médico no mesmo dia ou em até 48 horas após o contato do usuário com o serviço de saúde.
Discutimos e definimos o modo como os diferentes profissionais participarão do acolhimento, como quem vai receber o usuário que chega, como avaliar o risco e a vulnerabilidade desse usuário, o que fazer de imediato, quando encaminhar/agendar uma consulta médica, como organizar a agenda dos profissionaisetc. Sempre lembrando que oacesso avançado tem como objetivos diminuir o tempo de espera por uma consulta médica, diminuir o número de faltas às consultas médicas e aumentar o número de atendimentos médicos da população.
Logo após conhecer toda a informação deste novo sistema, a equipe debateu o processo de trabalho inicial e começamos a mudança com a redução do número de fichas agendadas e fazendo um acolhimento a todas os usuários que chegam a UBS de acordo com fluxo dos usuários na UBS.Os horários já agendados estão reservados para as pessoas que não puderam ser atendidas no dia, sendo agendados para um atendimento em 48 horas, ou porque o médico agendou como seguimento ou retorno.
Entre as principais dificuldades encontradas está uma classificação de risco pelas técnicas de enfermagem e enfermeiras não adequada e o nível de consciência da população que em ocasião não aceita ser atendida dentro de 48 horas, aspectos nos quais temos que seguir trabalhando em aperfeiçoar porque apesar da realização de capacitação da ESF assim como para a comunidade continuamos ainda com esta dificuldade.
Com a execução desta microintervenção aumentamos o número de pacientes atendidos no dia por toda a equipe, tanto na consulta médica como na consulta da enfermeira e demais atendimentos de rotina na UBS, evitando pré-agendamentos prolongados. Com a continuidade da mesma esperamos envolver todos os profissionais disponíveis para oferecer o melhor atendimento de acordo com as necessidades da população e que em cada atendimento, o médico, o enfermeiro, o cirurgião dentista, auxiliares e técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, equipe do NASF se valorizem como o profissional mais adequado para oferecer esse atendimento.
É fundamental ampliar a capacidade clínica da equipe de saúde, para escutar de forma ampliada e qualificada, reconhecer riscos e vulnerabilidades, de tal forma que todas as pessoas que procuram atendimento no dia sejam acolhidas por suas próprias equipes (auxiliares de enfermagem, enfermeiros e médicos). Também esperamos que os profissionais da recepção pudessem identificar casos de maior risco e vulnerabilidade e facilitar o acesso dos usuários a uma avaliação mais rápida por parte de um profissional de saúde, participando nas reuniões sistemáticas da unidade. Nossa UBS tenho certeza de alcançar o aperfeiçoamento da equipe para este novo sistema de acolhimento.
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