TÍTULO: Acolhimento à Demanda Espontânea e Programada em USB Clínica Edelzio Vieira de Melo, Rosário Do Catete, Sergipe.
ESPECIALIZANDO: Yadisleydi Fonseca Guerrero.
ORIENTADORA: Maria Helena Pires Araújo Barbosa.
Acolhimento à demanda espontânea, e a demanda programa é importante porque permite conhecer as necessidades de saúde da população e os recursos para abordá-las. A Atenção Primária em Saúde (APS) deve prestar os serviços para as necessidades comuns e atuar como um agente para a prestação de serviços de necessidades que devem ser atendidas em outros pontos de atenção. Portanto, esse princípio é um mecanismo importante porque assegura que os serviços sejam ajustados às necessidades de saúde da população.
Em nossa Unidade Básica em Saúde (UBS), temos nossa programação e horário de atendimento para que nossa comunidade esteja informada, e assim compreenda qual é o dia certo para agendar as consultas, dando prioridade aquelas pessoas que precisam ser atendidas e que não podem esperar em outro momento, priorizando o diagnóstico da realidade da pessoa no contexto em que vive.
Toda segunda-feira é o acolhimento da demanda espontânea, e vamos classificando a cada um dos usuários de acordo com seu problema de saúde e sempre este é avaliado pelo médico ou enfermeiro da unidade básica. De acordo com a necessidade do usuário, ele tem sua consulta agendada ou mesmo é atendido no mesmo dia.
Toda terça-feira, nosso atendimento é fundamentalmente para pessoas com doenças crônicas não transmissíveis que tomam medicamentos contínuos e controlados. Quando os usuários são compensados, agendamos de retorno seguem o protocolo estabelecido para cada doença. E se caso ele não for compensado, o retorno é específico e prioritário para cada um deles. Ressalta-se que sempre há algumas vagas para casos de emergência.
Toda quarta-feira, são as visitas domiciliarias que são definidas a partir de demanda programada por nossas agentes de saúde. Elas são o contato pontual da equipe de saúde com populações de riscos, doentes e/ou seus familiares com os objetivos de promoção da saúde, prevenção de doenças, cura ou reabilitação.
Toda quinta-feira, o atendimento é menor por parte do médico e enfermeira da USB, pois neste dia há uma avaliação das gestantes e consultas de puericultura. Também temos planejado atividades programadas de promoção e prevenção. Na sexta-feira são realizadas outras atividades de promoção da saúde e prevenção de doenças.
Nossa equipe da saúde da família realizou um fluxograma para a organização do processo de trabalho das equipes de atenção primária para o atendimento da demanda espontânea. Sendo assim, o usuário chega à UBS e, se tiver atividade agendada, ele vai ser encaminhado para essa atividade agendada; Se precisa de atendimento, será conduzido a um espaço adequado para escuta da demanda do usuário. A avaliação do risco biológico e da vulnerabilidade subjetivo- social é discutida na equipe, quando é necessário.
Neste fluxo estabelecido há a definição da oferta de cuidado com base nas necessidades do usuário e no tempo adequado. Se o problema não é agudo e é da área da UBS, orientamos sobre as ofertas da unidade e o agendamento de consulta (enfermagem, médica, odontológica e outras). Além disso, conforme as necessidades, e em tempo oportuno, há o encaminhamento ou são fornecidas orientações para ações/programa intersetoriais.
Se o indivíduo apresenta um problema agudo, o atendimento é imediato e prioritário e são considerados os riscos, os desconfortos, as vulnerabilidade e oportunidades de cuidado. Quando necessário, o usuário pode ficar em observação na emergência.
Diante da necessidade de prestar um bom atendimento, fizemos uma reunião com o objetivo de elaborar uma microintervenção. Para isso, reunimos a recepcionista, os enfermeiros, os médicos, as técnicas de enfermagem e a diretora de atenção básica na sala de enfermagem. Nela discutimos os pontos estratégicos para receber e encaminhar o usuário. Cada um dos profissionais expressaram as opiniões, assim como as dificuldades mais frequentes que ocorrem diariamente com relação ao acolhimento à demanda espontânea e a programada.
Inicialmente pontuamos as dificuldades que existiram no início das atividades e os desafios para a manutenção do acolhimento. Um ponto destacado foi a desorganização na recepção, pois só tem uma pessoa para orientar, agendar, e classificar a todos os usuários que chegam à clínica. Ressalta-se que a recepção não pode ficar sem esse profissional para orientar aos usuários de maneira oportuna. A ausência de recepcionista em seu local de trabalho, sem outro profissional para orientar, ocasiona interrupções constantes na consulta do médico ou enfermeira.
Diante do que foi anteriormente exposto a equipe reconheceu a necessidade de capacitar os profissionais recepcionistas para que os usuários possam ser melhor informados para que possam responder à algumas demandas do usuário como horário de atendimento e fluxo para renovação de prescrições médicas.
Depois da reunião aprendemos sobre a importância do acolhimento de forma organizada e continuada. Além disso, no fluxo estabelecido na nossa unidade, o profissional recepcionista deve ser treinado adequadamente para conhecer bem os fluxos da unidade.
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