TITULO: IMPORTANCIA DO ACOLHIMENTO EM UMA UBS
ESPECIALIZANDO: SUSLAY DE LA CRUZ HERNANDEZ
ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional especifico para fazê-lo; faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento e uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta as necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde.com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde. O acolhimento e um arranjo tecnológico que busca garantir acesso aos usuários com o objetivo de escutar todos os pacientes, resolver os problemas mais simples e/ou referencia-los se necessário (SCHIMITTH; LIMA,2004).
Acolhida consiste na abertura dos serviços para a demanda e a responsabilização por todos os problemas de saúde de determinada região. Como a atenção básica representa porta de entrada à comunidade aos serviços de saúde é essencial proporcionar atendimento acolhedor para diminuir as desigualdades e promover cuidado integral ao cliente. Percebe-se que são vários fatores que podem interferir na pratica do acolhimento, tais como, a inadequação da área física maior sobrecarga de trabalho, o pouco apoio institucional ás experiências novas e a redução/inadequação das atividades de prevenção. Outras dificuldades são relevantes: a demanda excessiva de usuários, a falta de médicos nas instituições de saúde, a dificuldade de acesso dos usuários as consultas especializadas e odontológicas, a demanda reprimida de usuários e a falta de medicamentos e materiais (BECK; MINUZI,2008).
Constata-se também que o usuário quando busca a unidade pouco consegue lidar com sua situação de saúde. Fator que pode, por vezes, ser evitado sem maiores intervenções. A pouca resolutividade por meios próprios faz com que o cliente se desloque até uma segunda unidade de saúde. Nesta dinâmica, o usuário espera, no mínimo, ser bem atendido, que seja acolhido de forma humanizada e integral por profissionais de saúde que se importe com seus problemas, a fim de tentar ao menos esclarecer suas dúvidas, compreender seus medos, angustias, incertezas dando-lhe apoio e atenção permanente.
É importante ressaltar que os profissionais de saúde, dentre estes os enfermeiros devem aprender a exercitar atenção o significado da palavra acolher, deforma que passe a significar uma ação de cuidado em saúde, para as questões socioeconômicas que afetam a família e a comunidade, para as interações humanas sabendo incorporar a lógica da determinação social da saúde e da doença. Quando se fala de integral, vale ressaltar o que diz a lei 8080/90, em um de seus princípios, a integralidade, que é entendida como um conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigido para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema (BRASIL,1990)
Mediante este relato de experiência se abordaram temas tão importantes como o acolhimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) Marieta Rosa Da Silva onde atualmente trabalho no equipo básico de saúde número 1 e sobre tudo fazendo ênfases na classificação do risco dentro do mesmo. O objetivo principal era lograr um acolhimento que fosse organizado de forma que aqueles usuários que precisavam mais foram atendidos com prioridade, e não por ordem de chegada. Sendo assim o acolhimento estará priorizado para aqueles usuários que tenham sinais de maior gravidade, aqueles que têm maior risco de agravamento do seu quadro clínico, maior sofrimento, maior vulnerabilidade e que estão mais frágeis.
Devido a que esta classificação não é feita devidamente existe insatisfações por parte dos usuários e da população em geral.
Foi preciso que a equipe de saúde se reuniram para discutir como estava sendo feito o atendimento no serviço, qual o caminho do usuário desde que chegava ao serviço de saúde, por onde entrava, quem o recebia, como o recebia, quem o orientava, quem o atendia, para onde ele ia depois do atendimento, enfim, todas as etapas que percorriam e como o paciente era atendido em cada uma dessas etapas.
Essa discussão com toda a equipe mostrou o que podia ser mudado para que o paciente fosse melhor acolhido.
A ideia que prevaleceu foi que a classificação de risco ia ser feita por enfermeiros. Sempre deixando esclarecido que o objetivo não era definir quem ia serem atendido ou não, mas definia somente a ordem do atendimento. Assim, a partir dessa reunião houve mudanças na entrada, na sala de espera, presença dum profissional de saúde que acolhesse o paciente e fornecera as primeiras orientações e o encaminhasse para o local adequado, cumprindo sempre nosso objetivo principal de classificar os riscos no processo de acolhimento.
Foi importante ainda ampliar a qualificação técnica dos profissionais e das equipes de saúde para proporcionar essa escuta qualificada dos usuários, com interação humanizada, cidadã e solidária da equipe, usuários, família e comunidade.
As possibilidades de acolhimento são muitas e o importante é que as melhorias sejam feitas com a participação de toda a equipe que trabalha no serviço.
Referencias
1- Acolhimento. Biblioteca virtual em saúde. Ministério da saúde. Nov. 2008. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/167acolhimento.html > Acesso em: maio 2018.
2- SCHIMITH, M.D.; LIMA M.A.D.S. Acolhimento e vínculo em uma equipe do Programa Saúde da Família. Cad. Saúde Pública, vol. 20 n. 06, p.1487-94, 2004.
3- BECK C.L.C., MINUZI, D. O Acolhimento como proposta de reorganização da Assistência à saúde: Uma Análise Bibliográfica. Saúde, Santa Maria, vol. 34a, n 1-2, p 37-43, 2008.
4- BRASIL. Lei nº 8080 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o financiamento dos serviços correspondentes e das outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 1990.
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