13 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CAPÍTULO II: Acolhimento à Demanda Espontânea e Programada

ESPECIALIZANDO: Senejad Ariadne Morais Pereira

ORIENTADOR: TÚLIO FELIPE VIEIRA DE MELO

       Realizar uma escuta qualificada e de qualidade, é de grande valia para os profissionais de saúde, tanto para com os usuários da unidade básica. Assim sendo estamos em uma fase adaptativa para implantação e reformulação de uma nova forma de acolhimento ao paciente, tanto da demanda espontânea, quanto da demanda agendada.

       Para os pacientes pertencentes a demanda espontânea, estamos qualificando a escuta e melhorando a compreensão do que é necessário a ser resolvido naquele determinado momento, essa escuta inicial é realizada pela técnica de enfermagem, logo pela enfermeira em caso de ausência de ambas, pela médica. Entretanto para os pacientes pertencentes a demanda agendada, reformulamos a entrega de “fichas”, onde antes se realizava uma vez por semana. Agora dividimos o total de atendimentos para clínica médica e fracionamos por dias. Onde assim o paciente tem a disposição de se adequar a qual dia lhe convêm comparecer a unidade de saúde para realizar sua consulta. Gerando assim uma satisfação dos pacientes ali atendidos, e uma rotatividade maior de pacientes , tendo em vista que o paciente agora tem a oportunidade de se adequar as suas atividades cotidianas e ao mesmo tempo cuidar de sua saúde.

       Temos pontos baixos em nossa intervenção, pois ainda não conseguimos retirar por completo a entrega as tão temidas “fichas”, gerando assim uma acumulo de pessoas na porta da unidade básica pela madrugada arriscando suas vidas. Outro ponto importante, seria a capacitação das nossas ACS, para também estarem realizando essa triagem em nossas áreas. Aumentando assim o acesso dos usuários a UBS.

       A organização da população adscrita pertencente a unidade básica de saúde, se correlaciona com a forma em que o paciente é recebido e acolhido dentro da sua unidade de origem. Muitas vezes lutamos contra invasões de pacientes pertencentes as outras unidades de saude, porém eles relatam que não se sentem acolhidos e bem informados em sua unidade como na nossa. Muitas vezes o que falta é a adequação da fala para com o outro, é saber escutar o que o outro precisa relatar, sem questioná-lo.

      Já implantado e com sucesso, o paciente pertencente ao cuidado programado e continuado já sai da sala do atendimento, passa pela recepção e ja agenda seu retorno com sua data previamente estabelecida ali naquele instante. Outro ponto alto que vale a pena destacar é a introdução de um dia para análise de exames, onde os pacientes não precisam pegar fichas para apenas mostrar seu exame ao médico. O usuário dirigi-se ao balcão da recepção onde encontra-se a técnica com o livro de marcação de análise de exames, o paciente ali estabelece uma data que seja mais cômodo para ele dentro dos prazos preestabelecidos pela unidade.

            Em reunião com a nossa equipe, decidimos realizar um levantamento de opiniões, sobre a forma melhor de retirar a entrega das fichas e conscientizar os pacientes que a escuta qualificada seria a melhor forma de acabar com as filas noturnas. Capacitar os ACS para realizarem salas de espera dentro da unidade também é um ponto que almejamos, os mesmo poderiam abordar temas comuns e cotidianos que iriam esclarecer muitas dúvidas dos pacientes que se encontram ouvintes naquele momento.

            Sabe-se que infelizmente o fator cultural interfere com muito em nosso meio e isso leva a más práticas da população. Estamos preso a uma mente primitiva, onde o paciente crer que se ele consegue uma “ficha” ele está assegurando seu acesso a consulta médica. Sendo que em sua grande maioria, são problemas relacionados a falta de informação adequada e orientação sobre a saúde ou ainda a forma de funcionamento do posto de saúde.

           

 

 

 

 

 

 

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