Na tentativa de reorganizar o Sistema Único de Saúde (SUS), em torno da qualidade, foi instituído pelo Ministério da Saúde, em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH). Ela estabelece aos estados, municípios e serviços de saúde a implantação de práticas de Humanização nas ações de atenção e gestão, contribuindo assim para a legitimação do SUS como política pública (CATARINO, 2013).
Um acesso organizado e um acolhimento bem feito são de suma importância para uma boa prestação de serviço no atendimento em saúde (BARROSO, 2012). Todos na equipe devem ser sensibilizados para ter o acolhimento como instrumento para a organização e operacionalização do trabalho em saúde da família (SOUSA, 2009).
Apesar da triagem com classificação de risco ser mais utilizada nos pronto socorros, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que é a forma de reorganização das Atenção Primária a Saúde (APS), incorporando como princípios as diretrizes do SUS de forma à satisfazer as necessidades de todos os cidadãos e superar as desigualdades, também apresenta a necessidade de organização com devida classificação de risco (CAVALCANTE, 2013).
Então, a partir de observações por todos os membros da equipe de queixas de usuários, resolvemos aceitar o desafio da implantação do acolhimento com classificação de risco. Todos ficaram entusiasmados com a experiência da Unidade Básica de Saúde (UBS), São Marcos em Gravataí que, cujo vídeo, está fazendo parte da capacitação de nossa equipe. Para continuarmos a capacitação para implantação do acolhimento com classificação de risco, em primeiro lugar, realizamos um levantamento percentual dos 6 (seis) primeiros motivos de atendimento médico e observamos que este quantitativo corresponde no trimestre à 56% do todos os atendimentos. Foi elaborado um gráfico sobre o mês e outro do primeiro trimestre em relação a estes atendimentos:
Elaborarmos a classificação de risco tomando como base o protocolo de Manchester, mesmo, com entendimento que não é adequado para a UBS. Sabemos ainda, que esta primeira classificação de risco não será o modelo final a ser seguido pela equipe, pois existe a necessidade de realizarmos implementações e modificações, conforme forem necessárias através das observações da equipe e dos pacientes.
O acolhimento com classificação de risco implantado na UBS, está contribuindo para um atendimento de acordo com a necessidade do paciente, estamos com um retorno mais positivos da população, encontra-se no início essa implementação e já ajuda também em um melhor gerenciamento de nossas ações, levando em conta um maior envolvimento entre usuários, com mais efetividade e resolução das suas queixas.