ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA E PROGRAMADA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE TUBIBAL
ESPECIALIZANDO: LUIS MANUEL ELENA DURÁN
ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS
O acolhimento é uma prática presente em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) Tubibal, que conta com um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem, uma odontóloga, uma auxiliar de saúde bucal, dois Agentes Comunitários de Saúde (ACS), um auxiliar de serviços gerais, além de quatro profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), 1 Psicólogo, 1 Fonoaudiólogo, 1 nutricionista, 1 Fisioterapeuta.
A implementação da demanda espontânea tem sido de muita importância em nosso trabalho, porque além das consultas e visitas domiciliares programadas para os grupos específicos: pré-natal, puericultura, hiper dia, saúde mental e planejamento familiar, permite garantir atendimento oportuno a uma demanda crescente de população que precisa e procura as unidades básicas de saúde.
Nossa equipe se reúne todos os meses e analisamos os benefícios de manter e aperfeiçoar a crescente demanda espontânea pelos usuários de nossa comunidade e para garantir uma melhor organização do trabalho.
O acolhimento é um dispositivo de organização do processo de trabalho em equipe em diversas situações. Porém, nem todos os profissionais da equipe tiveram formação para o acolhimento e por isso, nesta micro intervenção, foi realizada uma reunião incluindo todos os trabalhadores da UBS, já que o primeiro contato dos usuários que procuram atendimento pode ocorrer com qualquer profissional.
O modo como os diferentes profissionais participariam do acolhimento foi discutido pela equipe, por exemplo quem vai receber os pacientes que chegam; como avaliar o risco e a vulnerabilidade desse paciente; quando agendar uma consulta médica; que outras ofertas de cuidado, além da consulta, podem ser necessárias.
A implantação de acolhimento da demanda espontânea provocou mudanças no modo de organização da equipe e das relações entre os trabalhadores, já que quando se fala em acolhimento corre-se um grande risco de associá-lo com uma triagem.
As principais fortalezas da equipe para implementar o acolhimento com demanda espontânea discutidas durante a reunião foi a reforma da Unidade Básica de Saúde, pois fornece as condições estruturais para realizar a ressecção inicial; a equipe ter os profissionais necessários para um adequado acolhimento e atendimento; o profissionalismo dos trabalhadores da equipe e dos gestores para implementar melhoras no atendimento e satisfação dos usuários.
Também foram percebidas dificuldades como presença de apenas um médico em uma comunidade de ampla demanda espontânea e a possibilidade de confundir o acolhimento com uma triagem.
O fluxograma de acolhimento é uma ferramenta no qual os usuários com atividades agendadas ou da rotina da unidade são recebidos e devidamente direcionados, evitando esperas desnecessárias. O acolhimento a demanda espontânea e programada em nossa UBS é feito pelo equipe de saúde para garantir uma organização do trabalho que facilite o aceso a população e que garanta uma escuta qualificada e o atendimento às necessidades de saúde dos usuários e para isso a técnica de enfermagem classifica o risco dos usuários que aguardam na ressecção para atendimento médico, realização de exame preventivo de câncer de colo de útero, curativos, puericultura, pré natal, vacinas, urgências, entre outros. No início os usuários tinham que aguardar na madrugada para tirar fichas, com um total de 10 Prontuários e capacidade para 2 urgência, sem ter uma classificação de risco adequada e sim considerar a realidade da unidade e as especificidades da demanda da comunidade. Isso mudou após da reunião da equipe.
Temos que continuar o diálogo com todos os profissionais que atuam na unidade de saúde para garantir e fortalecer o acolhimento a demanda espontânea, para ampliar a proposta diante da maioria que passa a ter um acesso mais democratizado e justo ao serviço.
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