Relato de Experiência II de LISIBEL GUERRERO GONZALEZ

AÇÕES DE MELHORIA DO ACOLHIMENTO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE BASICA PANATIS, MUNICIPIO MARCELINO VIEIRA, RIO GRANDE DO NORTE

 

ESPECIALIZANDA: LISIBEL GUERRERO GONZALEZ

ORIENTADORA: DANELE VIEIRA DANTAS

COLABORADORES: LAESSIA LIZIANNE DE PAIVA E MARIA APARECIDA FARIAS

 

          O acolhimento em saúde é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que pode acontecer em qualquer momento desde que o usuário solicite alguma orientação até que ele termina de ser atendido na unidade de saúde. O acolhimento pode ser realizado por qualquer profissional da equipe de saúde, deve ser pautado na ética, e levar em consideração as queixas do usuário (BRASIL, 2011; TEIXEIRA, 2005).

O profissional que realiza o acolhimento tem que ter em mente que o compromisso às respostas as necessidades dos usuários que procuram os serviços de saúde já repercutem diretamente na confiabilidade do serviço prestado pela equipe. Para tanto, independente da enorme demanda de atendimentos, a unidade de saúde deve organizar-se para manter um adequado acolhimento (BRASIL, 2010; 2011).

Nesse sentido, é de vital importância a capacitação de todo o pessoal envolvido no processo de atendimento em saúde já que este é uma importante ferramenta de organização da “fila de espera” no serviço de saúde, para que aqueles usuários que precisam mais sejam atendidos com prioridade, e não por ordem de chegada. Também proporciona que o paciente sinta satisfação ao ser atendido pelo pessoal da unidade de atenção básica.

Depois que foi proposta a temática de acolhimento em nosso curso, levei a proposta para minha equipe de trabalho estudar o tema, em seguida, realizou-se uma reunião na qual cada profissional expos as fortalezas e fragilidades do processo de trabalho da equipe.

Durante a reunião, discutiu-se a maneira como tem sido feito o atendimento na unidade, desde o mesmo momento em que o usuário chega, quem o recebe e que informações são fornecidas. Debateu-se ainda que o profissional que tem o primeiro contato com os usuários, além de ter informação suficiente para orientá-los, deve ser capaz de realizar o acolhimento tentando sempre dar a melhor resposta diante cada situação.

A partir das sugestões dos profissionais da equipe, foram estabelecidas prioridades e definiu-se um plano para a melhorar o acolhimento, através da Matriz de Microintervenção abaixo. 

PREFEITURA MUNICIPALDE MARCELINO VIEIRA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE (SESAU)

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE PANATIS

Descrição do Padrão:  A equipe de Atenção Básica da UBS Panatis realiza ações de capacitação para melhoria do acolhimento.                                    

Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: Deficiência de conhecimento dos profissionais de saúde da UBS Panatis sobre acolhimento adequado

Objetivo/Meta: Capacitar os profissionais de saúde da UBS Panatis sobre acolhimento adequado.

1. Estratégias para alcançar os objetivos/metas:

• Aumentar o conhecimento do pessoal de atendimento.

Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução):

• Realizar capacitação do pessoal de saúde para a adequada classificação dos pacientes.

Recursos necessário para o desenvolvimento das atividades:

• Pessoal qualificado, material explicativo, computador e projetor multimídia.

Resultados esperados:

• Melhorar a qualidade de acolhimento e a aumentar o conhecimento dos profissionais de saúde da UBS Panatis.

Responsável:

• Medico da UBS.

Prazo:

• 1 semana.

Mecanismo e indicadores para avaliar o alcance dos resultados:

• Satisfação dos pacientes com o acolhimento.

2. Estratégias para alcançar os objetivos/metas:

• Proporcionar um local acolhedor para os pacientes na recepção deles na UBS. 

Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução):

• Decoração dos locais da unidade básica de saúde.

Recursos necessário para o desenvolvimento das atividades:

• Pessoal que trabalha na UBS, material explicativo e orientativo.

Resultados esperados:

• Melhorar a qualidade de acolhimento da UBS.

Responsáveis:

• Medico e enfermeira da UBS.

Prazo:

• 1 semana.

Mecanismo e indicadores para avaliar o alcance dos resultados:

• Satisfação dos pacientes com o acolhimento.

 

            A partir dessa microintervenção propõem-se mudanças quanto a capacitação da equipe sobre acolhimento e no ambiente da unidade para maior satisfação do usuário. Além disso, para o acolhimento será utilizado a classificação de risco e também um pós-consulta, ou seja, uma orientação ao usuário depois da consulta, a partir do encaminhamento que tiver sido feito na consulta. 

Foi muito importante ampliar a qualificação técnica dos profissionais e das equipes de saúde para proporcionar essa escuta qualificada dos usuários, com interação humanizada, cidadã e solidária da equipe, usuários e comunidade. As possibilidades de acolhimento são muitas e o importante é que as melhorias sejam feitas com a participação de toda a equipe que trabalha no serviço. Agora nosso objetivo é continuar melhorando cada dia mais para oferecer um melhor serviço.

 

REFERÊNCIAS

BRASIL.Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea. Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume I. Brasília: Ministério de Saúde, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Brasília: Ministério de Saúde, 2010.

TEIXEIRA, R. R. O acolhimento num serviço de saúde entendido como uma rede de conversações. In: PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A., Organizadores. Construção da integralidade: cotidiano, saberes e práticas em saúde. Rio de Janeiro: IMS/UERJ/Abrasco, 2005. p. 89-111. 

 

 

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