CAPÍTULO II: APERFEIÇOAMENTOS DA EQUIPE PARA IMPLANTAR O ACOLHIMENTO
ALUNO: LEONARDO PEREIRA DOS SANTOS
ORIENTADORA: MARIA BETANIA MORAIS DE PAIVA
Em nossa Unidade Básica de Saúde (UBS) Marlene Ricardo até o momento não tivemos problemas como o caso de dona Valentina proposto no início do módulo na situação problema. Estamos trabalhando com o sistema ofertas de vagas por meio das famosas fichas, porém um pouco melhorado com algumas semelhanças com o Acesso Avançado(AA). Na realidade local, nos preocupamos em garantir o acesso e a continuidade do cuidado aos nossos usuários.
Nesse processo de organização, não fazemos distinção de urgência, emergência ou mesmo, uma consulta que não é nem uma das opções anteriores, mas que não pode esperar o dia seguinte. Na rotina diária, avaliamos a necessidade de cada um de forma individual e procuramos resolver o problema daquele dia.
Eu, médico da unidade, deixei bem claro sobre esse ponto desde minha chegada à UBS, mesmo antes mesmo de saber o que era acesso avançado. Também deixei bem claro sobre os maus tratos e humilhações dos usuários, como por exemplo gritar com os pacientes dizendo que não tem mais atendimento ao invés de acolher – los, se temos paciente com febre, diarreia, vômito, cadeirantes, idade avançada, portador de deficiência mental entre outros, são atendidos de acordo com as necessidades daquele usuário. Na chegada de usuário que necessite de um laudo médico, por exemplo, porém que não pode esperar, também é atendido sua necessidade, os pacientes que não são atendidos no dia são remarcados com um prazo de no máximo 48 horas.
Nessa perspectiva, aumentamos a quantidade de distribuição de fichas de forma considerável de 25 fichas diária para 35 – 40 fichas por dia e não limitamos a quantidades de urgência que devemos encaixar. No entanto, queremos melhorar cada vez mais, então, estamos estudando a estratégia de AA para implantar na nossa unidade, embora saibamos que, inicialmente, será um grande desafio, já que envolve uma grande mudança no processo de trabalho de toda equipe com implicações diretas no acesso dos usuários aos serviços.
Esta estratégia já está sendo estudada desde janeiro de 2018, após uma loco regional que tivemos na região. Porém, para conseguirmos o objetivo de iniciarmos a implantação do acesso avançado em nosso cenário, faremos bom uso das informações e ferramentas disponibilizadas pelo curso de Especialização em Saúde da Família no eixo II que discorre sobre os Itinerários Formativos na Atenção à Saúde, no módulo referente ao Acolhimento à Demanda espontânea e Programada e que serão aplicadas pela Equipe de Atenção Básica (EAB), Marlene Ricardo (JK2) com base nos pontos citados pelo Programa de Educação Permanente em Saúde da Família referente à Microintervenção, a saber:
1) Aperfeiçoamento da equipe para implantar o acolhimento;
2) Divulgação/empoderamento da população em relação às mudanças;
3) Estudo do perfil da demanda espontânea e programada da sua área;
4) Primeiros dias de implantação do acolhimento;
O objetivo da equipe Marlene Ricardo será cumprir com o quesito relativo ao aperfeiçoamento da equipe para implantar o acolhimento, pois estamos cientes que para um trabalho bem feito devemos ter primeiro conhecimento e um perfeito entendimento do tema proposto.
Nessa direção, usaremos o livro recomendado pelo Ministério da Saúde, Acolhimento a Demanda Espontânea, como fonte de pesquisa. Será realizada reunião inicial que terá o seguinte fluxo: comunicar a implantação do acesso avançado, distribuição do caderno Acolhimento à Demanda Espontânea para estudo entre os membros da equipe, determinar o tempo que levará para se estudar e discutir entre a equipe os temas expostos abaixo:
1) O que é o acolhimento
2) Por que acolher demanda espontânea
3) Apresentar dimensões constitutivas de acolhimento
4) O mecanismo como sistema de ampliação e facilitação do acesso
5) O acolhimento como dispositivo de organização do processo de trabalho em equipe
1) Fluxos dos usuários na UBS
2) Modelagens de acolhimento
3) Avaliação de risco e vulnerabilidade
4) Gestão das agendas de atendimento individual
5) O acolhimento em diferentes realidades e modalidades de atenção básica
6) Ofertas de cuidado e desmedicalização.
Espera-se que esse momento de educação permanente contribua de maneira significativa para a qualificação da equipe e iniciar a operacionalização de implantar a estratégia do AA em nosso território e assim cumprir com todos quesitos que impõe o ministério de saúde.
Ponto(s)