21 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

                              

 

 

 

 

 

TÍTULO: UM MELHOR ACOLHIMENTO NA UNIDADE BASICA DE SAUDE. (UBS).

ESPECIALIZANDO: Jorge Luis Campos Legón 

ORINETADOR: Maria Betânia Morais De Paiva

 

    Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo: faz parte de todos os encontros do serviço de saúde. O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes de compartilhamento de saberes. Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde (BRASÍLIA, 2006).

   Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975). O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas várias definições, uma ação de aproximação, um “estar com” e um “estar perto de”, ou seja, uma atitude de inclusão (BRASIL, 2006).

É preciso restabelecer, no cotidiano, o princípio da universalidade do acesso – todos os cidadãos devem poder ter acesso aos serviços de saúde – e a responsabilização das instâncias públicas pela saúde dos cidadãos. Isso deve ser implementado com a consequente constituição de vínculos solidários entre os profissionais e a população.

O acolhimento é uma ação tecno-assistencial que pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e sua rede social através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participante ativo no processo de produção da saúde. O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho em saúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde, ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher, escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários. Implica prestar um atendimento com resolutividade e responsabilização,   orientando, quando for o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde para a continuidade da assistência e estabelecendo articulações com esses serviços para garantir a eficácia desses encaminhamentos (BRASÍLIA, 2004).

O acolhimento como ação técnico-assistencial possibilita que se analise o processo de trabalho em saúde com foco nas relações e pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e sua rede social, profissional/profissional, mediante parâmetros técnicos, éticos, humanitários e de solidariedade, levando ao reconhecimento do usuário como sujeito e participante ativo no processo de produção da saúde (BRASIL, 2006).

É preciso que a equipe de saúde se reúna para discutir como está sendo feito o atendimento no serviço: qual o “caminho” do usuário desde que chega ao serviço de saúde, por onde entra, quem o recebe, como o recebe, quem o orienta, quem o atende, para onde ele vai depois do atendimento, enfim, todas as etapas que percorre e como é atendido em cada uma dessas etapas.

Essa discussão com toda a equipe vai mostrar o que pode ser mudado para que o usuário seja melhor acolhido. Assim, a partir dessa reunião pode haver mudanças na entrada, na sala de espera, por exemplo, para que haja um profissional de saúde que acolha o usuário antes da recepção, forneça as primeiras orientações e o encaminhe para o local adequado.

A recepção também pode mudar, utilizando-se a classificação de risco e também um pós-consulta, ou seja, uma orientação ao usuário depois da consulta, a partir do encaminhamento que tiver sido feito na consulta.  É importante ainda, ampliar a qualificação técnica dos profissionais e das equipes de saúde para proporcionar essa escuta qualificada dos usuários, com interação humanizada, cidadã e solidária da equipe, usuários, família e comunidade.

As possibilidades de acolhimento são muitas e o importante é que as melhorias sejam feitas com a participação de toda a equipe que trabalha no serviço.  

A primeira fase da intervenção consistiu de uma série atividades, como palestras, reuniões e pesquisas de opiniões voltadas para a população e os trabalhadores da UBS, com o objetivo de conscientizar sobre a real existência do problema e a necessidade de mudança de modelo de recepção e processamento do usuário quem vem à nossa unidade com demanda espontânea.

        Os médicos assumirão as consultas agendadas e sempre existirão vagas para dar atendimento aos casos de consulta que exigem atenção de urgência. Em condições normais, cada equipe é responsável pela sua população, mas, no caso de necessidade , os profissionais das outras equipes acolheriam os pacientes que procurassem atendimento, independentemente da área de saúde deles.

          Nesse Contexto, os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) desempenham um papel importante na primeira linha, orientando adequadamente os usuários com pedidos de atenção médica em suas comunidades.

Com o objetivo de melhorar a estratégia de cuidado, concordamos em realizar pesquisas periódicas tanto da população quanto dos atores e membros da equipe, a fim de conhecer os estados de opinião e depois analisá-los em reuniões mensais na UBS. Desde que começou o novo modelo sabemos que na maioria dos casos as opiniões são positivas, ainda existem deficiências, mas foram sugeridas ações para resolvê-las, e isso é algo positivo.

Finalmente podemos ver que o principal é o trabalho em equipe e a participação ativa da comunidade para alcançar os objetivos definidos.

 

 

REFERÊNCIAS:                                                                                                 

BRASIL. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. ACOLHIMENTO NAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO DE SAÚDE. Textos Básicos de Saúde 2. ed. 5ª.  Brasília DF, p. 8, 2006. 

Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Caderno de Atenção Básica. 1. ed. v. I.  ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA. Brasília DF, p. 20-40, 2011. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2004, Serie B, Textos Básicos de Saúde.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS / Ministério da Saúde, SecretariaExecutiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 20 p.: il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde.

Ministério da Saúde. Portalms. AÇÕES E PROGRAMAS. Política Nacional de Humanização – Humaniza SUS. Out. de 2015. Acesso em: 20 mai. 2018 . Disponível em:http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/qualisus-rede/publicacoes/693-acoes-e-programas/40038-humanizasus.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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