TÍTULO: O ACOLHIMENTO DA DEMANDA ESPONTÂNEA E PROGRAMADA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE JOSE CELESTINO
ESPECIALIZANDO: DAIME SANTANA
ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO
A organização das demandas, tanto programadas quanto espontâneas tem sido um desafio constante para profissionais e gestores do município. Esse estudo vem subsidiar uma necessidade de planejar e organizar o processo de trabalho para que as ações aconteçam de forma evolutiva. Sendo assim, elaboramos um relato de experiência mostrando as tentativas dos profissionais de atenderem a crescente demanda espontânea que recorre a unidade diariamente.
A equipe do posto de saúde José Celestino do município Currais Novos RN, realizou uma reunião para avaliar o trabalho e identificar os principais problemas com a situação do acolhimento da demanda espontânea e programada. O acolhimento já existia na unidade, mas havia dificuldade da equipe entender a diferença entre a demanda espontânea e a programada, e isso acabou prejudicando o acolhimento. A reunião ocorreu de forma esperada, na qual a equipe pode compreender qual era o objetivo e a partir daí, o acolhimento na unidade foi implantado de forma adequada.
Os objetivos dessa microintervenção foram conhecer o processo de trabalho em equipe, avaliar como a demanda espontânea impacta no atendimento programado e elaborar estratégias para garantir as mudanças dos estilos de vida.
Neste processo de microintervenção foram realizadas palestras educativas para as pessoas que aguardavam serem atendidas nas consultas ou em qualquer outra atividade da Unidade, mas que se encontravam na sala de espera, como meio instrutivo e para dar a conhecer os tipos de atendimentos para a satisfação da população.
Foram tratados temas ensinados pelos profissionais como por exemplo: sobre a qualidade de vida das crianças, e seu bom seguimento em consulta (puericultura), importância do pré-natal para evitar riscos e complicações na gravidez e trazer um recém-nascido cheio de saúde; estes temas foram ensinados pela enfermeira do posto de saúde.
O técnico de enfermagem falou sobre o controle das vacinas, os curativos e o acolhimento dependendo da situação em que se encontra o paciente. Eu a médica do posto falamos sobre as doenças crônicas não transmissíveis e seus agravantes, seus riscos, a importância da periodicidade das consultas programadas, também se explicou o fluxo de urgências e emergências para que eles entenderam como iria a funcionar o atendimento no posto de saúde.
Ao final das conversas fizemos uma roda de perguntas e respostas entre todos os usuários e os profissionais, todos ficamos satisfeitos pois levamos a cabo as ações faladas anteriormente e todo com bom sucesso. Assim, através dessa atividade, o acolhimento pode ser implantado da maneira correta, pois os profissionais de saúde estavam ali oferecendo informações e ao mesmo tempo, estavam preparados para ouvir, para tirar dúvidas, contemplando o acolhimento.
O acolhimento do posto ficou da seguinte forma: as consultas programadas são atendidas primeiro, incluindo atendimentos de grávidas (pré-natal), crianças (puericulturas), idosos, consultas de doenças crônicas não transmissíveis, consultas de saúde reprodutiva e primeira consulta de escuta.
Após a demanda programada, realiza-se o acolhimento a demanda espontânea, na qual os pacientes chegam ao posto e o técnico de enfermagem os recebem, realizando uma classificação de risco através da triagem e também a escuta de sua condição de saúde, para ser encaminhado de acordo com a gravidade do seu quadro, a qual implicará na ordem de seu atendimento.
Ao final do dia, se realiza a visita domiciliar para aquele paciente que necessite. Com esta estratégia evitamos as filas no posto para marcar ficha, e tentamos proporcionar uma mudança da população em relação a sua satisfação e bem-estar. Nossos agentes comunitários de saúde também fizeram um papel importante, eles divulgaram a estratégia para a população em geral.
Os recursos necessários para o desenvolvimento deste projeto foram recursos humanos (médica, enfermeira, técnico de enfermagem, agentes comunitários de saúde, pacientes do posto de saúde) e recursos materiais (formulários de entrevistas, folias com perguntas para as rodas de conversas, papel oficio, cartolinas, caneta do tipo esferográficas, cartuchos de impressora e fichas adesivas).
Depois de nossa microintervenção, todos ficamos satisfeitos: os pacientes aceitaram nosso método de trabalho e a equipe toda continua trabalhando com as estratégias formuladas. Nós aprendemos que o processo de trabalho precisa ser contínuo e permanente para alcançar uma ótima qualidade já que as pessoas têm características diferentes. Esperamos que os atendimentos continuem sendo organizados e continuar oferecendo sempre qualidade de vida, empatia e atendimento humanizado.
Ponto(s)