11 de julho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

TITULO: MICROINTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE APERFEIÇOAMENTO DA EQUIPE PARA IMPLANTAR CORRETAMENTE O ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÁNEA E PROGRAMADA NA UBS: JOSÉ MENANDRO CRUZ. 

ESPECIALIZANDO: ANABEL ROQUE ENRIQUEZ.

ORIENTADORA: MARIA HELENA PIRES ARAUJO BARBOSA.

Esta microintervenção educativa tem muita importância já que as equipes de saúde da atenção básica som uma das principais portas de entrada do sistema de saúde, pelo qual tem que se constituir numa “porta aberta” capaz de dar respostas “positivas” aos usuários, não podendo se tornar simplesmente um lugar burocrático e obrigatório de passagem para outros tipos de serviços. Seus trabalhadores, têm que estar abertos para perceber as peculiaridades de cada situação que se apresenta. Faz muito sentido, dessa forma, que as Equipes de Saúde da Família (ESF) possam, por exemplo: oferecer escuta a quem chega ansioso ou nervoso querendo atendimento imediato sem estar agendado, entre outras. Neste contexto, o “acolhimento” é um dos temas mais importantes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Queiramos ou não, o usuário também define, com formas e graus variados, o que é necessidade de saúde para ele, podendo apresentá-la enquanto demanda ao serviço de saúde. E é importante que a demanda apresentada pelo usuário seja acolhida, escutada, problematizada, reconhecida como legítima. No entanto, quando isso não acontece, é necessário um esforço de diálogo e compreensão, sem o qual são produzidos ruídos que se materializam, por exemplo, em queixas, reclamações, retornos repetidos, busca por outros serviços (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).

Para implantar práticas e processos de acolhimento, apesar de ser útil e até necessária em alguns tipos de unidades, não basta ter uma “sala de acolhimento”, por exemplo, e é equivocado restringir a responsabilidade pelo ato de acolher aos trabalhadores da recepção (ou a qualquer trabalhador isoladamente), pois o acolhimento não se reduz a uma etapa nem a um lugar. Também é insuficiente fazer a escuta da demanda espontânea no início do turno de atendimento e retomar um conjunto de barreiras para um usuário que, eventualmente, chegue “fora do horário estipulado para o funcionamento do acolhimento”. Pelo qual para que nada do anterior ocorra uma estratégia importante é a adoção da avaliação/estratificação de risco como ferramenta, possibilitando identificar as diferentes gradações de risco, as situações de maior urgência e, com isso, procedendo às devidas priorizações. Para isso, o trabalho em equipe é fundamental (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2011).

A estratificação de risco vai orientar não só o tipo de intervenção (ou oferta de cuidado) necessário, como também o tempo em que isso deve ocorrer. É importante reforçar que a maneira como se organizará a agenda e a modalidade adequada para se desenvolver o acolhimento em uma unidade precisa variar, de acordo com determinadas características locais (CLASSIFICAÇÃO DE RISCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, 2016).

Garantir o acesso e a continuidade do cuidado à população é um dos objetivos principais da Atenção Básica, pelo qual se realizo uma reunião no dia 24 de maio do presente ano, na sala de reunião da Unidade no horário da manhã com toda a equipe (enfermeira, técnicas em enfermagem, agentes comunitários de saúde, administradora e a médica) com o objetivo do aperfeiçoamento da equipe para implementar corretamente o acolhimento à demanda espontânea e programada, já que a mesma não realiza um adequado acolhimento durante todo o período de funcionamento da UBS.

 Pelo qual começamos com uma roda de conversa entre os participantes e chegamos à conclusão que este tema é muito importante porque de ele depende o trabalho de todos e que o cliente salga do atendimento satisfeito e com seu problema resulto, por tanto a equipe tem que unir-se e trabalhar mais em esse sentido já que não se faz monitoramento correto do acolhimento, não coleta constantemente os dados que permitem seu controle, a pesar de ter um instrumento para o monitoramento do mesmo (anexo III) e não trabalha corretamente com a estratificação de risco tendo já um gráfico para se guiar (anexo IV).

Depois dessa roda de conversa entre os funcionários, a enfermeira e a médica realizaram uma palestra sobre temas atualizados de acolhimento e estratificação de risco, explicaram como trabalhar corretamente com a planilha de recolecção de dados do acolhimento e o manejo do gráfico da estratificação de risco; para que como está estabelecido poder dar-lhe mais atenção à demanda espontânea que seria de um 75 % dos usuários e o resto à programada.       

Com esta Microintervenção aprendemos que o acolhimento à demanda espontânea e programada não é somente das técnicas de enfermagem, que é de toda a equipe. Não obstante presentamos dificuldades, que precisamente foi lograr que aceitaram e reconheceram que este tema é de todos não somente das técnicas de enfermagem, porque simplesmente a justificativa de que não se fazia um bom acolhimento era que como agora tiníamos só uma técnica se atrapalhava muito e não podia fazer todo.

No geral o resultado foi de grande impacto observando-se mudanças na equipe, já que eles compreenderem a verdadeira essência do acolhimento, se começo a trabalhar corretamente com a estratificação de risco (anexo IV), voltaram a utilizar o instrumento que já estava criado para registrar os dados do acolhimento (anexo III), e se logro capacitar a todos os funcionários para acolher adequadamente a aquele usuário que procuraram a Unidade de Saúde, além de dar maior prioridade à demanda espontânea que programada. Verdadeiramente foi muito bom, e como falamos anteriormente na outra Microintervenção de agora para a frente esperamos seguir dando-lhe solução à maioria das situações que presentemos.

 

REFERÊNCIAS

1.    Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea. 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 13,15,19,20 p. (Cadernos de Atenção Básica; n. 28, v 1).

2.    Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. (Cadernos de Atenção Básica, n. 28, V1). Brasília – DF 2011.

3.    Classificação de risco na Atenção Primária à Saúde (APS). Publicado em 2 de jun. de 2016. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?V=9aiesl5dbbi>.Acesso em: 27 maio 2018.

 

 

 

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