9 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

CAPÍTULO I: Observação na Unidade de Saúde

Título :Melhora nos atendimentos das pessoas com doenças crônicas

Especializando: Yisel Pena Carvajal

 Orientador: Romanniny Hevillyn Silva Costa Almino

 

Em busca da qualidade da atenção básica o Ministério da Saúde apresentou a ferramenta Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ). A avaliação permite que sejam identificados os nós, assim como enxergar as possibilidades e formas de melhorar e direcionar as atividades com o intuito de prezar a qualidade destas (BRASIL, 2017).

Dentro desse contexto, e ao avaliar um dos indicadores de desempenho Índice de atendimentos por condição de saúde avaliada, foi constatado que este precisava de atenção redobrada.

Diante disso, percebi que um dos pontos que fazia com esse indicador estivesse baixo, era o fato das pessoas com hipertensão e diabetes não comparecerem as consultas, ao contrário das com depressão e obesidade, que são acompanhadas de perto pela equipe. Então, era necessário um microintervenção com vistas a sensibilizar estes pacientes a fazerem adesão tanto as consultas como ao tratamento.

Assim, foi marcada uma reunião com a presença da equipe da Unidade de Saúde Arminda Gomes com seus integrantes (médica, enfermeira, agentes comunitários de saúde e técnica em enfermagem) para a sensibilização quanto a intervenção e posterior construção da matriz.

Nessa reunião, analisamos e avaliamos as dimensões e subdimensões, permitindo identificar com maior facilidade o problema mais crítico. A equipe percebeu vários problemas que afetam a população.

Os problemas foram identificados e priorizados, foi concluído que o maior problema é que “ a equipe de Atenção Básica realiza o seguimento adequado das pessoas com hipertensão e  diabetes com base na estratificação de risco”.

A equipe percebeu esse problema do indicador mediante as fichas de atendimento individual e familiar e o Sistema de Informação de Saúde para Atenção Básicas (SISAB) com a média de atendimentos de médicos por condição avaliada e média de atendimentos de enfermeiros por condição avaliada e por espaço geográfico e pela AMAQ.

Para melhorar esta situação foi construída uma matriz de intervenção onde trazemos estratégias e metas para alcançar os objetivos, como:

-Realizar atendimento programado durante uma vez na semana para os pacientes com Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus;

-Vigilância ativa dos Agentes comunitários de saúde (ACS) em relação aos pacientes com HAS e Diabetes Mellitus; 

 -Capacitar a equipe de saúde quanto a essas doenças e fatores de risco dessas doenças e sobre a importância de sensibilizar o paciente a ter hábitos saudáveis e aderir ao tratamento. 

-Realizar ação de educação em saúde, uma vez por mês, aos pacientes com essas doenças crônicas e seus familiares para diminuir os riscos de apresentar essas doenças e evitar as complicações das mesmas.

-Realizar visitas domiciliares aos pacientes portadores dessas doenças que não podem ir até a Unidade Básica de Saúde – UBS para consultas de seguimento.

Com isso, pretendemos obter como resultado uma melhora nos seguintes indicadores:

– aumento na porcentagem de pacientes com Hipertensão e Diabetes sendo acompanhados pela equipe da UBS;

 -Menor tempo de comunicação dos casos de pessoas com hipertensão e diabetes dos ACS para os demais membros da UBS;

-Participação de todos membros da equipe na capacitação  acerca das doenças crônicas, como, hipertensão e diabetes;

– Maior participação de pacientes com hipertensão e diabetes nas ações educativas da UBS;

– Realizar visita domiciliar a todos os pacientes com hipertensão e diabetes que não tenham condições de se deslocar até a UBS.

Nosso trabalho ajudou a aumentar o comprometimento da equipe no que se refere aos atendimentos desses pacientes. O diretor da UBS entendeu a importância de disponibilizar um dia da agenda programada para os atendimentos a pessoas com diabetes e hipertensão. Os ACSs se propuseram ao máximo a fazer as pesquisas dos pacientes com diabetes e hipertensão da suas áreas correspondentes e trazer os dados às reuniões da equipe. A enfermeira da equipe e eu realizaremos visitas domiciliares aos pacientes com diabetes e hipertensão que não puderem comparecer a consulta programada na UBS.

Espera-se com este trabalho que o número de consultas em pacientes com diabetes e hipertensão aumente, servindo de orientação para o desenvolvimento das ações da promoção da saúde e prevenção de complicações nestes pacientes, a fim de contribuir para a melhoria das condições de saúde da população que sofrem destas doenças.

 

 

REFERENCIAS

 

BRASIL. Ministério da Saúde. AMAQ: Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica, 2017.

 

 

 

 

1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars (No Ratings Yet)
Loading...
Ponto(s)