15 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

RELATO DE EXPERIÊNCIA

 

 

TÍTULO: DIMINUIÇÃO DA INCIDÊNCIA DE HIPERTENSÃO NA ÁREA DE SAÚDE PERTENCENTE À CLÍNICA MARIA MESSIAS DE ANDRADE.

 

ESPECIALIZANDO: SUSANNE GUILARTE SANS

 

ORIENTADOR: RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO

 

O objetivo inicial deste relatório é descrever as ações tomadas na preparação de uma matriz de intervenção. O desenvolvimento de uma microintervenção é um processo muito importante para melhorar a qualidade dos serviços prestados na Unidade Básica de Saúde. Durante sua execução não só e realizada a autoavaliação do trabalho de equipe e são determinadas suas fortalezas e fragilidades, senão que também são buscadas soluções para os problemas de maior extensão, através da elaboração de um plano de ação que ajudara a organizar o trabalho com base no problema em questão e dar solução ao mesmo, para melhorar a saúde da população e a qualidade da assistência prestada pela equipe.

Para a realização da microintervenção inicialmente se fez uma reunião de equipe, onde todos os indicadores do PMAQ foram avaliados, com suas dimensões e subdimensões. Na dimensão educação permanente, processo de trabalho e atenção integral de saúde, foram identificados vários problemas, especificamente na área de atenção integral de saúde. Esses problemas foram: o elevado índice de usuários com obesidade; a alta incidência da hipercolesterolemia; e a alta incidência da hipertensão na área de saúde.

O próximo passo foi a elaboração de uma matriz e foi definido o problema a ser priorizado. Foi escolhido a elevada incidência da hipertensão, pois ficou na escala 5 (insatisfatório), além de ser uma doença com muita influência na ocorrência de Acidente Vascular Encefálico, Infarto Agudo do Miocárdio e na mortalidade da população em gerais. Esse problema é revelado na sala de situação da área de saúde, pasta que é atualizada a cada mês e onde é visto como novos casos aparecem mensalmente, também nas consultas são frequentemente diagnosticados usuários com esse problema de saúde. Para dar solução a esse problema foi criada uma matriz de intervenção que tem como objetivo reduzir a incidência na comunidade.

Na área de saúde pertencente á clínica Maria Messias de Andrade a incidência de hipertensos vem aumentando, a cada mês, durante a avaliação da sala de situação, observa-se o aumento do número de usuários que sofrem desta doença. No ano 2017 de uma população de 2290 pessoas o número de hipertensos foi de 281, representando 11% da população, neste ano 2018 de 2535 pessoas, 520 são hipertensas, para um 20% da população, deles, 57 tem menos de 35 anos e 4 são adolescentes, mostrando que em um período de 4 meses o número foi quase o dobro em comparação ao ano anterior. 

Para o desenvolvimento da mesma inicialmente foram identificados os fatores de risco presentes na população que mais predispõem a sofrer de hipertensão,  para isso, foi primordial o trabalho dos agentes de saúde, que pesquisaram as famílias da comunidade sobre hábitos estilos de vida não saudáveis, dieta, entre outras questões, também ajudou o uso dos prontuários individuais, sendo assim apontados: a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo, os idosos, o consumo excessivo de sal nos alimentos e estresse. Uma vez identificados os riscos foram desenvolvidos a matriz de intervenção do jeito seguinte:

 

MATRIZ DE INTERVENÇÃO

Descrição do padrão: 4.29. A equipe de Atenção Básica organiza a atenção às pessoas com hipertensão.

Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: A equipe de Atenção Básica necessita organizar melhor a atenção às pessoas com hipertensão.

Objetivo/meta: Diminuir a incidência de hipertensão em usuários pertencentes á área da saúde.

Estratégias para alcançar os objetivos /metas

Atividades a serem desenvolvidas (detalhamento da execução)

Recursos necessários para o desenvolvimento das atividades

Resultados esperados

Responsáveis

Prazos

Mecanismos e indicadores para avaliar o alcance dos resultados

pesquisar de maneira ativa dos usuários com risco de hipertensão na comunidade

realizar consultas médicas, de enfermagem e nutricionista, onde é feita uma avaliação física dos usuários e são determinados os riscos e as doenças adicionais

Consultórios médicos, de enfermagem e nutricionista, esfigmomanometro, fitas métricas, balanças.

Avaliar completamente aos usuários participantes e determinar seus riscos específicos e suas doenças adicionais.

médico, enfermeiro, nutricionista, auxiliar de enfermagem

30 dias

Registros escritos nas fichas de atendimento individuais dos usuários participantes.

Divulgar na população participante os riscos e efeitos nocivos de certos hábitos e estilos de vida em sua saúde.

jogar palestras de ações educativas sobre efeitos nocivos do tabagismo sobre a saúde da pessoa, a importância de evitar uma vida sedentária e obesidade, entre outras palestras educativas para importar o conhecimento dos participantes no microintervenção

Espaços físicos para palestras de saúde, data show e folderes.

 

Conscientizar a população sobre a importância de mudar hábitos e estilos de vida não saudáveis.

coordenação da atenção básica, agentes comunitários.

30 dias

Registros escritos das palestras realizadas, lista de  usuários participantes, fotos das atividades.

Incorporar a população na realização de exercícios físicos para combater o sedentarismo e reduzir a obesidade.

Fazer atividades físicas e de socialização, academias de saúde, caminhadas.

Espaços físicos para academias de saúde.

melhorar a qualidade de vida e socialização dos usuários

Educador físico.

 

90 dias

Fotos das academias de saúde e das caminhadas realizadas.

 

 

Houveram algumas dificuldades durante sua execução, relacionadas aos recursos para o desenvolvimento das atividades, quanto ao local para o desenvolvimento das atividades, foi muito pequeno, mais as turmas foram divididas em dois e tudo correu bem, além a participação da população na mesma e sua colaboração durante o processo foi aprimorada.

Com isso muitas mudanças foram observadas, a população tornou-se consciente da importância de mudar estilos de vida pouco saudáveis para sua saúde, e isso foi observado em sua inclusão nas atividades planejadas e a motivação para participar deles. O processo terá continuidade, e espera-se atenda aos objetivos propostos.

A intervenção ainda está em andamento, mais nas ações desenvolvidas até o momento, a equipe atingiu um nível de humanização com os problemas da comunidade, que fortalecido seu profissionalismo e suas experiências no campo da saúde.

 

Referências

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica: AMAQ. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.

 

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