TITULO: Observação na Unidade Básica de Saúde.
ESPECIALIZANDO: Roberto Gainza Santos.
Orientadora: Romanniny Hevillyn Silva Costa Almino
A atenção básica considera a pessoa como paciente em sua individualidade e inserção na sociedade, procurando dar uma atenção integral, utilizando-se técnicas para a promoção de sua saúde, da prevenção, do tratamento de suas doenças e da redução de danos ou de sofrimentos que possam trazer complicações para ela (BRASIL, 2017a).
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ) têm como tarefa principal incrementar o acesso e a melhoria da qualidade da atenção básica (BRASIL, 2017b).
A garantia da qualidade da atenção básica é um dos principais desafios do Sistema Único de Saúde. Essa qualidade cumpre, obrigatoriamente, com os princípios de integralidade, universalidade, equidade e participação social. Assim o Ministério da Saúde apresenta a ferramenta Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (AMAQ) (BRASIL, 2017c).
Nós utilizamos a ferramenta de AMAQ oferecido pelo PMAQ e fizemos uma autoavaliação baseada no instrumento, sendo a mesma uma ferramenta potente que auxilia no debate da identificação e priorização das dificuldades e potencialidades do processo de trabalho na Unidade Básica de Saúde (UBS), assim como para propor estratégias para melhoria do acesso e atenção à saúde.
Assim a minha microintervenção teve como objetivo identificar os principais problemas da unidade básica de saúde e criar uma matriz de intervenção que permitisse dar solução aos principais problemas para obter melhores resultados e impacto positivo na saúde da população.
Eu comuniquei ao Gerente da Unidade Básica a necessidade e importância de ter um encontro, concordamos a data e logo tivemos uma reunião com todos os integrantes da equipe de saúde para analisar o funcionamento da instituição.
A avaliação nos permitiu conhecer nossas debilidades e nos facilitou observar os problemas que temos que mudar na Unidade básica de saúde (UBS), para assim garantir uma melhor assistência aos usuários.
Durante a reunião cada membro da equipe teve a oportunidade de expor a sua opinião e tornou-se possível fazer a elaboração da matriz de intervenção e da construção de planos estratégicos de intervenção para resolver as dificuldades.
Ao avaliarmos a dimensão gestão municipal, subdimensões implantação e implementação da atenção básica no município, organização e integração da Rede de Atenção à Saúde, gestão do trabalho e participação, controle social e satisfação do usuário identificamos alguns problemas, como: áreas da UBS com déficit de climatização.
Na dimensão: Unidade Básica de Saúde e Subdimensão: Infraestrutura e equipamentos, a UBS não tem linha telefônica nem equipamentos de informática com internet, o que impossibilita a melhoria da comunicação profissional e do acesso aos dados e indicadores de saúde, além da melhoria dos processos de educação permanente e a atualização técnica e científica das equipes.
Na dimensão: Unidade Básica de Saúde Subdimensão: Insumos, imunobiológicos e medicamentos, existem dificuldade com a aquisição de materiais suficientes e de equipamentos imprescindíveis para o primeiro atendimento de urgência e emergência, já que a chegada dos medicamentos acontece, uma vez por mês, e ao mesmo tempo não é em uma quantidade que suporte as demandas dos pacientes atendidos até o mês seguinte.
Em relação à dimensão educação permanente processo de trabalho e atenção integral á saúde as problemáticas encontradas foram poucas, pois, realizamos atividades, como: reuniões quinzenais para planejamento das ações, acolhimento da demanda espontânea priorizando as urgências e emergências, atendimento programado às grávidas e lactantes, visitas domiciliares, atividades educativas, acompanhamento aos pacientes com Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus que apresentam dificuldade de adesão ao tratamento indicado, vigilância para prevenção de câncer de Colo de útero e de Mama, Vacinação, Teste de Malária, alimentação de dados para os Sistemas de Informações em Saúde e outras.
Na subdimensão Atenção Integral à Saúde encontramos problemas como: as Doenças Respiratórias Infecciosas nas idades pediátricas, que são muito frequentes e os pacientes comparecem à Unidade Básica de Saúde (UBS) tardiamente, o que provoca uma melhoria clínica mais tardia, já que o tratamento não começa desde o início dos sintomas.
Nossa matriz de intervenção baseou-se no padrão: “A equipe de Atenção Básica acompanha as crianças com idade até nove anos, com definição de prioridades a partir da avaliação e classificação de risco e análise de vulnerabilidade”.
Assim, a matriz tem como objetivo/meta, realizar o acompanhamento precoce de crianças com doenças respiratórias.
Para tanto, criamos estratégias para minimizar a ocorrência de doenças respiratórias em crianças, como: oferta de assistência adequada durante pré-natal, imunização, orientação quanto à importância do aleitamento materno e sobre sinais de alerta para procura da UBS, realização de busca ativa às crianças com calendário vacinal desatualizado.
O resultado esperado será a diminuição casos de crianças com doenças respiratórias e a melhora na adesão ao tratamento indicado.
Toda a equipe será responsável pelas atividades para conseguir resultados positivos na atenção aos pacientes em um prazo permanente e avaliação contínua.
Os indicadores para avaliação e monitoramento serão: número de crianças atendidas com doenças respiratórias e taxa de adesão ao tratamento indicado.
Com a microintervenção a equipe aprendeu a importância da avaliação sistemática de nosso trabalho para identificar os principais problemas e criar estratégias efetivas para a solução dos mesmos.
As dificuldades na execução da microintervenção foram unificar critérios entre os integrantes da equipe, ao passo que foi importante planejarmos para obtermos uma melhoria da qualidade de Atenção à Saúde da Família e Comunidade.
É muito importante realizar os encontros, periodicamente, para que a equipe possa identificar com maior facilidade os problemas e, assim, melhorar nosso processo de trabalho, proporcionando e oferecendo um atendimento adequado a nossa população.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria de consolidação nº05, de 28 de setembro de 2017. Brasília: Ministério da Saúde, 2017 a.
BRASIL. Ministério da Saúde. PMAQ: Manual instrutivo para as equipes de atenção básica e NASF. Brasília: Ministério da Saúde, 2017b.
BRASIL. Ministério da Saúde. AMAQ: Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica: AMAQ Brasília: Ministério da Saúde, 2017c.
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