5 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

A IMPORTÂNCIA DA COORDENAÇÃO DO CUIDADO NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE

 

ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA FRUTILÂNDIA II

ESPECIALIZANDA: MAYLIN AROCHE RAMIRES

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

            Aos 25 do mês de setembro do ano 2017, no turno vespertino, foi realizada na Unidade Básica de Saúde Frutilândia II, no município de Assu, uma reunião com a equipe de profissionais, atuantes na referida Unidade, para a discussão e preenchimento da Autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica (AMAQ), instrumento avaliativo utilizado para o Programa Nacional de melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB).

            O instrumento avaliativo é composto por questões relacionadas a infraestrutura, insumos e organização do processo de trabalho da Unidade Básicas de Saúde (UBS). A cada item foi atribuída uma nota entre 0 e 10, considerando a presença e qualidade do elemento na unidade.

A partir disso, foram identificados os pontos negativos para que pudesse ser feito uma matriz de intervenção, instrumento em que são colocadas as situações-problemas, as possíveis soluções, estratégias utilizadas para alcançar o objetivo, atividades a serem desenvolvidas, os responsáveis para desenvolve-las e os resultados esperados, conforme abaixo.

MATRIZ DE INTERVENÇÃO

Descrição do padrão: Realização da coordenação do cuidado dos usuários no território.

Descrição da situação-problema para o alcance do padrão: A equipe da Unidade não realiza de forma efetiva e regular o cuidado dos usuários encaminhados.

Objetivo/meta: Dispor de mecanismos que possibilitem a coordenação do cuidado dos usuários.

Estratégias

Para alcançar

os objetivos/

metas

Atividades a serem desenvolvidas

Recursos

Necessários

Resultados esperados

Responsáveis

Prazos

Mecanismos

e indicadores para

avaliar o alcance

dos resultados

Organizar um sistema

de controle dos pacientes

 que são encaminhados

para especialidades e

acompanha-los nesse processo

Manter o livro de encaminhamento dos pacientes; definir os pacientes prioritários e acompanhar o diagnóstico recebido por esses usuários e tratar a patologia dentro das possibilidades da Atenção Básica.

Livro de

encaminhamento;

Busca ativa

 dos ACS

Acompanhar

 e ter acesso aos usuários que foram encaminhado, bem como o diagnóstico desses pacientes e poder acompanhar o tratamento de suas patologias.

Médico, enfermeiro, ACS

Imediato

O próprio livro de encaminhamento

 

Na UBS na qual trabalho foram identificados alguns problemas, uns de fácil solução outros nem tanto, pois além de nós profissionais dependem também da gestão, como é o caso dos problemas da estrutura física.

Após o preenchimento do instrumento avaliativo, um dos pontos negativos observados foi que a equipe de saúde não realiza de forma efetiva a coordenação do cuidado dos pacientes do seu território, no sentido de controlar aqueles que são referenciados para alguma especialidade.

Diante disso, para a construção deste relato de experiência foi escolhido como principal problema a coordenação do cuidado dos usuários na área de abrangência da Unidade de Saúde.

Nesse sentido, encontramos dentre outras dificuldades, a quantidade insuficiente de médicos especialistas que atendam a demanda do município onde trabalho. Configurando grande dificuldade para que os pacientes consigam vagas, sendo necessário encaminhamento para outra cidade, pois o município não dispõe de várias especialidades.

Por causa destes problemas, anteriormente relatados, muitos pacientes perdem suas consultas, ora porque não conseguiram a vaga para marcar, ora porque não conseguiram o deslocamento para a capital, visto que uma parte da população do município não tem condições financeiras favoráveis.

Quando o paciente perde o encaminhamento, geralmente, ele retorna a UBS para uma nova consulta e pegar outra ficha de referência. O problema acontece quando esse paciente consegue a consulta e, na maioria das vezes, não retorna a unidade, perde-se o contato com essa pessoa e não se pode dar continuidade ao tratamento. Ressalta-se que muitas vezes esse tratamento pode ser feito na atenção primária não precisa necessariamente ir para alta complexidade, sendo este um dos maiores problemas encontrados.

O vínculo com o paciente é muito importante para a continuidade do cuidado, e é imprescindível que o médico da atenção básica acompanhe os usuários da área de abrangência para garantir um atendimento integral e resolutivo.

Para minimizar tal problemática, um apoio importante para os médicos e enfermeiros das UBS são os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pois eles são um elo com a comunidade, são eles que tem mais contato com a população. Assim, muitas vezes os ACS conseguem captar os usuários e ter informações sobre as consultas feitas por eles na alta complexidade.

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