Titulo: Disponibilização dos medicamentos do componente básico considerando o incremento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis.
Unidade Básica de saúde Marechal Deodoro da Fonseca Brejo Grande SE
2018
Especializado: Lisandra Ruiz Jimenez
Orientador: Maria Helena Pires Araújo Barbosa
Este relato de experiência irá abordar o ciclo de autoavaliação utilizando a ferramenta AMAQ, como documento de caráter reflexivo e que abre possibilidades de soluções na identificação dos problemas. Destaca-se que a Unidade Básica de Saúde Marechal Deodoro Fonseca localiza-se no município de Brejo Grande no estado de Sergipe. A população do município é de 5038 pessoas. Nossa equipe está composta por um médico generalista, uma enfermeira, três técnicas de enfermagem, um cirurgião dentista, uma técnica de saúde bucal e sete agentes comunitários de saúde.
Foi programada uma reunião com a equipe para realizar a autoavaliação das ações na dimensão da Unidade Básica de Saúde e subdimensões Infraestrutura e Equipamentos, Insumos, Imunobiológicos e Medicamentos. Na reunião foram identificadas potencialidades e fragilidades. A principal potencialidade é o interesse da coordenação e dos gestores municipais em melhorar o atendimento e as condições de vida da população. A maior fragilidade está na disposição dos recursos federais.
Nossa equipe identificou vários problemas que podem influir na qualidade do atendimento e na rede de Atenção Básica. Depois de fazer análises profundas, a equipe chegou a priorizar um problema: A unidade de saúde não disponibiliza os medicamentos do componente básico suficientes para toda a população, considerando o incremento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis.
Depois de identificado o problema prioritário, construiu-se a matriz de intervenção (quadro 1). Após a constatação que o mais importante era o diálogo da equipe com a gestão foi decidido que haverá uma reunião trimestral para informar a prevalência das doenças para que a gestão disponibilize a quantidade de medicamentos compatível com o número de usuários da UBS.
Outros problemas identificados pela equipe, sem deixar de ser muito importantes para a melhoria de nosso atendimento, mais lamentavelmente não tem um poder de resolução imediato pela quantidade de recursos necessários, são:
O objetivo desta microintervenção é possibilitar que a quantidade de medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) seja suficiente para a quantidade de indivíduos que fazem uso contínuo desses medicamentos.
Ressalta-se que a nossa unidade básica de saúde o monitoramento dos indicadores do PMAQ é realizado por meio de uma planilha física que é atualizada a cada mês na reunião da equipe. Ela demonstra o percentual de serviços ofertados pela equipe de atenção básica e equipe de Saúde Bucal, o percentual de recém-nascidos, grávidas, usuários com DCNT e outros indicadores.
A experiência da realização da autoavaliação foi muito enriquecedora para a equipe, pois melhorou muito a comunicação entre todos. Ademais, mostrou as fortalezas da equipe e a integração entre a gestão e a coordenação, com uma meta mútua: a melhora do atendimento e a satisfação dos usuários, assim como possibilitar um serviço de qualidade humana e profissional. Teremos muito trabalho, mas temos a segurança de que vamos conseguir o nosso propósito que é um serviço melhor a cada dia.
Quadro 1: Matriz de intervenção da Unidade Básica de Saúde Marechal Deodoro Fonseca
Estratégia para alcançar objetivos/metas |
Atividades desenvolvidas (detalhamento da execução) |
Responsável
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Prazo de execução/limite
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Reunião trimestral com a gestão
Registro da prevalência DCNT
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1. Discutir a proposta com o coordenador, gerente de unidade ou gestor municipal; 2. Discutir a proposta com o Conselho Gestor de Saúde em reunião com a equipe trimestralmente.
3. Sensibilizar a os gestores da importância do problema ser solucionado |
Enfermeira da equipe
Médico da equipe
Coordenadora da atenção básica |
Reunião da equipe com a gestão, prevista para o mês julho/ 2018
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Fonte: Elaborado pelo autor.