31 de julho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

             Titulo:    Disponibilização dos medicamentos do componente básico considerando o incremento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis. 

                                                                          Unidade Básica de saúde Marechal Deodoro da Fonseca Brejo Grande SE

                                                                                                                             2018

                                                                         

 

                                                                                                       Especializado: Lisandra Ruiz Jimenez

 

                                                                                                  Orientador: Maria Helena Pires Araújo Barbosa

 

 

 

 

Este relato de experiência irá abordar o ciclo de autoavaliação utilizando a ferramenta AMAQ, como documento de caráter reflexivo e que abre possibilidades de soluções na identificação dos problemas. Destaca-se que a Unidade Básica de Saúde Marechal Deodoro Fonseca localiza-se no município de Brejo Grande no estado de Sergipe. A população do município é de 5038 pessoas. Nossa equipe está composta por um médico generalista, uma enfermeira, três técnicas de enfermagem, um cirurgião dentista, uma técnica de saúde bucal e sete agentes comunitários de saúde.

Foi programada uma reunião com a equipe para realizar a autoavaliação das ações na dimensão da Unidade Básica de Saúde e subdimensões Infraestrutura e Equipamentos, Insumos, Imunobiológicos e Medicamentos. Na reunião foram identificadas potencialidades e fragilidades. A principal potencialidade é o interesse da coordenação e dos gestores municipais em melhorar o atendimento e as condições de vida da população. A maior fragilidade está na disposição dos recursos federais.

Nossa equipe identificou vários problemas que podem influir na qualidade do atendimento e na rede de Atenção Básica. Depois de fazer análises profundas, a equipe chegou a priorizar um problema: A unidade de saúde não disponibiliza os medicamentos do componente básico suficientes para toda a população, considerando o incremento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis.

Depois de identificado o problema prioritário, construiu-se a matriz de intervenção (quadro 1). Após a constatação que o mais importante era o diálogo da equipe com a gestão foi decidido que haverá uma reunião trimestral para informar a prevalência das doenças para que a gestão disponibilize a quantidade de medicamentos compatível com o número de usuários da UBS.

Outros problemas identificados pela equipe, sem deixar de ser muito importantes para a melhoria de nosso atendimento, mais lamentavelmente não tem um poder de resolução imediato pela quantidade de recursos necessários, são:

  • A unidade de saúde não dispõe dos materiais e dos equipamentos necessários ao primeiro atendimento nos casos de urgência e emergência (cilindro de oxigênio portátil completo, jogo de cânulas de Guedel, laringoscópio com lâmina, maca com grades removíveis, desfibrilador, umidificador para oxigênio).
  • A Unidade Básica de saúde não está totalmente adequada para atendimento de pessoas com deficiência e\ou com mobilidade reduzida, analfabetos e idosos (piso tátil, caracteres em relevo, barras de apoio nos corredores).

O objetivo desta microintervenção é possibilitar que a quantidade de medicamentos para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) seja suficiente para a quantidade de indivíduos que fazem uso contínuo desses medicamentos.

Ressalta-se que a nossa unidade básica de saúde o monitoramento dos indicadores do PMAQ é realizado por meio de uma planilha física que é atualizada a cada mês na reunião da equipe. Ela demonstra o percentual de serviços ofertados pela equipe de atenção básica e equipe de Saúde Bucal, o percentual de recém-nascidos, grávidas, usuários com DCNT e outros indicadores.  

A experiência da realização da autoavaliação foi muito enriquecedora para a equipe, pois melhorou muito a comunicação entre todos. Ademais, mostrou as fortalezas da equipe e a integração entre a gestão e a coordenação, com uma meta mútua: a melhora do atendimento e a satisfação dos usuários, assim como possibilitar um serviço de qualidade humana e profissional. Teremos muito trabalho, mas temos a segurança de que vamos conseguir o nosso propósito que é um serviço melhor a cada dia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quadro 1: Matriz de intervenção da Unidade Básica de Saúde Marechal Deodoro Fonseca

 

 

 

 

 

Estratégia para alcançar objetivos/metas

 Atividades desenvolvidas (detalhamento da execução)

 

Responsável

 

 

Prazo de execução/limite

 

 

 

 

Reunião trimestral com a gestão

 

Registro da prevalência   DCNT

 

1. Discutir a proposta com o coordenador, gerente de unidade ou gestor municipal;

2.  Discutir a proposta com o Conselho Gestor de Saúde em reunião com a equipe trimestralmente.

 

3. Sensibilizar a os gestores da importância do problema ser solucionado

 

 

 

Enfermeira da equipe

 

Médico da equipe

 

Coordenadora da atenção básica

 

 

 

 

 

Reunião da equipe com a gestão, prevista para o mês julho/ 2018

 

 

 

 

 

 

 Fonte: Elaborado pelo autor.


 

1 Star2 Stars3 Stars4 Stars5 Stars (No Ratings Yet)
Loading...
Ponto(s)