TÍTULO: PROTEJA SUA SAÚDE FAZENDO EXERCÍCIOS FISICOS
ESPECIALIZANDO: IDA ESTHER MARTINEZ VIOL
ORIENTADOR: MARIA BETÂNIA MORAIS DE PAIVA
A Autoavaliação da Melhoria do Acesso e Qualidade (AMAQ) é um instrumento que auxilia no planejamento de ações da equipe, com este são identificados os principais problemas da unidade que devem ser trabalhados, assim como, as ações de intervenção que devem ser implementadas, constituindo-se em um ponto de partida para a melhoria da qualidade dos serviços, sendo um processo necessário nas ações de monitoramento e acompanhamento pelos gestores, profissionais e a equipe. (1)
A auto avaliação é um processo contínuo e na minha unidade é feito anualmente. Na última auto avaliação, teve em consideração um conjunto de padrões e qualidades que revelam quais são os principais problemas que são enfrentados pela equipe com o objetivo de identificar e melhorar o processo de trabalho e atenção oferecida aos usuários. Em nossa equipe usamos o AMAQ por meio físico através do caderno impresso.
A nossa auto avaliação começou com um encontro com a equipe onde analisamos e avaliamos as dimensões e subdimensões, permitindo identificar o problema principal que afeta a população, baseado nos princípios e diretrizes da atenção básica no Brasil, com um total de quatro dimensões distribuídas em catorze subdireções, que, por sua vez, apresenta padrões correspondentes ao que é esperado em termos de qualidade para atenção tanto para equipe de atenção básica quanto para equipe de saúde bucal. (1)
O conjunto de padrões foram definidos pela relação direta com as práticas e competências dos atores envolvidos – gestão, coordenação e equipe de atenção básica, embora os dois componentes centrais estejam organizados de maneira equivalente, deve-se considerar que o componente gestão é corresponsável por parte das condições e oportunidades que permitem ao equipe acontecer. Ressalta-se ainda, que os elementos de estrutura, embora possam e devam ser avaliados no âmbito do trabalho das equipes, são de maior responsabilidade dos gestores, devendo, portanto, ser objeto de autoanálise desse ator. (1)
A minha UBS corresponde a uma equipe de porte I com algumas dificuldades de infraestrutura e equipamentos, além das questões inerentes aos membros da equipe. Após fazer o reconhecimento da área de abrangência e suas particularidades, minha equipe detectou problemas que afetam a qualidade de vida da população adscrita como a alta incidência de pacientes hipertensos, pouca assistência à consulta de planeamento familiar das mulheres em idade fértil, presença de doenças diarreicas e respiratórias, uso irracional de medicamentos psicotrópicos pelos pacientes, a obesidade e a pouca prática de exercício físico pela população constituindo-se no principal problema. Esse tema é de fundamental importância, pois permite contextualizar a realidade por meio da identificação das dificuldades na equipe de atenção básica e, assim, estimular mudanças para a superação de problemas.
Diversas dificuldades foram identificadas que favorecem a prevalência do problema, como elevado número de pacientes obesos o estilo de vida sedentário, assim como, o desconhecimento da importância da prática de exercícios físicos e os benefícios para a saúde. Existem outros fatores que favorecem essa prevalência como baixo nível cultural, baixa cultura de saúde, outras razões pelas quais as pessoas não se exercitam fisicamente são devido à falta de motivação, e às vezes é até subvalorizado pela sociedade porque é classificada como uma perda de tempo, pois não sabem realmente os benefícios que trazem para a saúde. e outras pessoas relatam não ter tempo. Mais também a realização de poucas atividades educativas sobre os benefícios dos exercícios físico para a saúde contribui com isto.
Além das dificuldades percebemos que temos potencialidades que facilitam a criação de estratégias de intervenção para superação das fragilidades encontradas, contamos com o apoio de profissionais do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), para desempenhar atividades de promoção de saúde, proteção, recuperação, e prevenção de doenças e seus agravos.
A UBS Carolina Schuller está localizada no município Canguaretama, Rio Grande do Norte com assistência na área rural, servindo mais de 3000 pessoas, temos uma população de recursos escassos, sendo a maioria constituída por usuários trabalhadores da agricultura e desempregados. Ao realizar a reunião com a equipe de saúde deu-se início a micro intervenção onde foi encontrado um elevado de número de pacientes que não fazem exercícios físicos na sua rotina diária. Essa realidade foi detectada através de interrogatório colhido direto com os pacientes. As pessoas também não conhecem os benefícios que a prática regular de exercícios físicos tem para a saúde.
O objetivo da nossa microintervenção foi elaborar uma proposta de intervenção para integrar a população assistida na prática de exercícios físicos, sobretudo os pacientes com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, e obesidade. A partir dessa microintervenção também é possível aprender que de forma organizada e monitorada a equipe poderá identificar os principais problemas que afetam a população assistida e pensar em estratégias que visam transformar a realidade local e contribuir para uma solução em curto prazo.
Tivemos dificuldades em elaborar essa matriz por não contar com 100 % da população inserida na unidade, em virtude da existência de áreas descobertas. Como potencialidade destaca-se o bom trabalho feito pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) na adequada pesquisa desses pacientes.
A matriz de intervenção foi proposta após a exposição dos problemas identificados com a presença de todos os membros da equipe básica de saúde. As estratégias para alcançar os objetivos consiste em explicar aos pacientes que as principais motivações para se sentir confortável em um programa de exercícios são os benefícios a sua saúde, melhorando sua condição física e auxiliando no relaxamento. Além disso, os idosos são mais motivados e sentem mais vontade de participar da atividade física pelo bem-estar sociopsicológico que isso proporciona.
Nessa direção foi realizado um encontro com a comunidade, esperando como resultado a integração da população, com a finalidade de melhorar o modo e o estilo de vida, para alcançar um ótimo estado de saúde. Os responsáveis pela ação foram os membros da equipe e os profissionais do NASF, com um prazo de três (3) meses para avaliar as mudanças e o alcance dos resultados. Na perspectiva de avaliar o resultados alcançados a estratégia pensada pela equipe foi realizar o registro da anamnese numa ficha individual, ressaltando a história do paciente e atividades desenvolvida, utilizando como recurso a evolução do paciente na ficha individual dando continuidade com a realização de exercícios. Os responsáveis são o Médico, o Enfermeiro e ACS com um prazo de 30 dias utilizando uma pesquisa através dos prontuários para avaliar as condições físicas de cada caso.
No processo de auto-avaliação a nossa equipa produz uma análise situacional da nossa UBS e modo coletivo de trabalho, onde podemos determinar os pontos fortes e fracos, que serve como um ponto de partida para o desenvolvimento de PMAQ. Para alcançar bons resultados nos indicadores e padrões de qualidade definidos pelo PMAQ, ações de monitoramento frequentes são essenciais, com a identificação de prioridades de educação permanente, apoio institucional, programação e contratualização de ações; para os quais é essencial realizar reuniões mensais para esse fim.
Para cadastrar e ter controle desses indicadores, a unidade possui um painel na sala de espera para o qual membros da equipe de saúde, usuários e visitantes têm acesso, no topo são coletados os dados dos indicadores relacionados aos serviços de saúde. fornecidos na unidade e na parte inferior, alguns dos indicadores do PMAQ são especificados. Na minha unidade não temos Registro de Cidadão Eletrônico (PECAB); Por isso, nossa ferramenta fundamental para a obtenção dos dados é a Coleta Simplificada de Dados (CDSAB) e seus instrumentos para coleta de dados.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ): manual instrutivo – Brasília: Ministério da Saúde, 2012.62 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
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