5 de agosto de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

 Ações de combate ao tabagismo da UBS Vista Verde do Município de Natal

ESPECIALIZANDO: DIOGO NAZARÉ DOS SANTOS 

ORIENTADOR: ISAAC ALENCAR PINTO

Diante da análise da autoavaliação realizada pelo instrumento AMAQ, eu e minha equipe visualizamos que havia uma grande quantidade de hipertensos e diabéticos que participam do nosso grupo que não estavam sendo acompanhados de perto, ou que as vezes abandonavam o acompanhamento continuo. Percebemos que a subdimensão com menor pontuação era da Atenção integral a saúde no que diz respeito: A equipe de atenção básica realiza ações de apoio ao autocuidado e ampliação da autonomia das pessoas com doenças crônicas.

Também, percebemos que nos nossos registros e cadastros, havia um número bem menor de pessoas quando comparado aos números reais. Percebemos que a população, por ser uma área por muito tempo sem médicos, está acostumada com a renovação de receitas de forma inadequada. Além disso, na nossa unidade de saúde, não há nenhum programa, cadastro ou grupo que fosse realizado direcionado aos usuários tabagistas. Assim, percebemos o déficit quanto a campanhas a nivel local contra o tabagismo, bem como apoio e incentivo quanto a cessão de tal vício, pois um dos motivos dos agravos das doenças crônicas é a utilização de cigarros de diversas formas. 

Percebemos que há um Caderno de cuidados das pessoas com doenças crônicas tabagistas, e mesmo assim não havia grupos bem como quase nenhum profissional da Unidade Básica a que pertencemos sabia informar quais os passos e os caminhos a ser seguidos por pessoas que desejam cessar o tabagismo. Percebemos que o tabagismo deve ser acompanhado e combatido a nível local. E percebemos que nao tínhamos controle e nem oferecíamos incentivo aos usuários que desejam cessar tal vicio. Diante disso, nos perguntamos como encontrar tais usuários? Como ter controle? Como acompanhá-los?

Diante do desafio da busca ativa dos usuarios tabagista com doenças crônicas, acabamos por optar por utilizar um questionário em nossos grupos do Hiperdia (grupo programado com Hipertensos e Diabéticos) e também deixar tais questionários disponíveis na Unidade e no consultório. Dessa forma, após o atendimento do usuário, aplicamos um questionário perguntando o Nome, cartão nacional de saude, idade, comorbidades, há quanto tempo fuma, número de cigarros por dia, se já tentou parar e quais medicamentos foram utilizados. 

Para buscar os usuários, decidimos aplicar o questionário nos grupos de doenças crônicas, nas consultas médicas e delegamos aos agentes comunitários de saude a tarefa de realizer a busca ativa no território. Com o ideal de ter o acompanhamento dos usuários, o questionário aplicado vai ser arquivado em um cadastro separados por agente de saúde. E para avaliar a efetividade, decidimos que periodicamente iremos avaliar novamente o número de cigarros e se o usuário conseguiu diminuir e cessar. 

Iniciamos aplicando o questionário no grupo de hipertensos e diabéticos, e houve alguns contratempos, pois na primeira experiência, perguntamos quem utilizava cigarros,  sentimos que algumas pessoas se sentiram acanhadas e não responderam que fumavam. assim acabou por nao tornar fidedigno o numero de tabagistas. Dessa forma, decidimos na próxima experiência, aplicar o questionário para todos os hipertensos e diabéticos e havendo um espaço para que não tabagistas selecionassem. 

Um outro problema que podemos enfrentar seria a evasão dos usuários dos grupos bem como desinteresse. Assim, junto aos agentes de saúde, combinamos que haverá bonificação para os usuários sempre presentes nas reuniões, bem como para os usuário que cessaram o tabagismo. Para essa bonificação, pensamos em produzir um cartão de ex-tabagista, uma faixa de vencedor, ações motivacionais e que demonstre que cada ser é único e que eles devem estar atentos com a saúde de todas as formas possíveis. 

Matriz de Intervenção: A situação problema encontrada era a falta de acompanhamento na saúde quanto cuidado integral do cidadão bem como a falha quanto ao acompanhamento aos doentes crônicos. A meta é alcançar todos os doentes crônicos e tria-los quanto a tabagista ou não, na busca dos tabagistas. A estratégia é busca ativa dos doentes crônicos para participarem dos grupos de hipertensos e diabéticos e assim cadastrar todos os tabagistas para participarem do grupo antitabagismo. Os recursos utilizados foram formulários, sala para reuniões, panfletos a respeito do cigarro. Obtivemos bons resultados iniciais pois já estamos recebendo mais de 10 formulários dos próprios usuários que desejam cessar o tabagismo. Os responsáveis pela ação é minha equipe de estratégia: os agentes comunitários e a dentista. Colocamos como prazo que seja realizado até o fim do ano de 2018 e avaliaremos a efetividade com base no número de cidadãos que cessaram o tabagismo com base no número de tabagistas.

 

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