CAPÍTULO I: Observação na Unidade de Saúde
Título :Melhora no atendimento do recém-nascido na primeira semana de vida na UBS Asa Branca.
ESPECIALIZANDO: DIOELIS LEYVA BARRIENTOS
ORIENTADOR: ROMANNINY HEVILLYN SILVA COSTA ALMINO
O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) propõe ampliar tanto o acesso como melhorar a qualidade da atenção básica, a fim de se ter um melhor padrão de qualidade (BRASIL, 2017).
No que concerne ao eixo estratégico de desenvolvimento, este deve perpassar por todas as fases e envolve (autoavaliação, monitoramento, educação permanente e apoio institucional) de forma que as ações que promovam a qualidade em todas as etapas do ciclo do PMAQ-AB (BRASIL, 2017).
Neste sentido, este trabalho visou realizar a autoavaliação para Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica – AMAQ. Avaliou as dimensões e subdimensões e se obteve uma melhor pontuação nas subdimensões, Perfil da Equipe e Atenção integral à Saúde e piores pontuações nas subdimensões, Organização do Processo de Trabalho, Participação, Controle Social e Satisfação do Usuário.
Com base nisso, propomos analisar o indicador de desempenho análise “Percentual de recém-nascidos atendidos na primeira semana de vida” da Unidade Básica de Saúde Asa Branca, bem como a construção de uma matriz de intervenção para uma possível microintervenção nessa temática.
Para tanto, como há tempos não conseguíamos realizar reunião de equipe, consegui sensibilizar a direção para que fosse realizada uma reunião e que esta fosse com a sua participação.
A reunião aconteceu, no dia 03 de abril de 2018, às 16:30h, na sala de reuniões com todos os profissionais que compõe a equipe e foi bem proveitosa. No decorrer da reunião percebemos o quanto é importante reunir com a equipe, para planejar, discutir e avaliar as nossas atividades, pois quase nunca é possível a reunião em equipe, visto que em decorrência da grande demanda de atendimentos. A diretora ficou bem atenta e viu a importância dessas ocorrerem com frequência.
Dentre os pontos que discutimos, veio à tona uma dificuldade que a equipe vinha enfrentando que é a baixa visita aos recém-nascidos e puérperas durante a primeira semana de vida, o que, aliás, podemos também constatar através do indicador “Percentual de atendimento de recém-nascidos na primeira semana de vida”.
Isso nos preocupou muito, pois todos nós sabíamos da importância dessas visitas estarem ocorrendo e, principalmente, que estas além de fortalecerem o vínculo da família, principalmente do binómio mãe e bebê, com a equipe, também auxiliam a sanar as dúvidas e a diminuir a ansiedade com o novo integrante que acabara de chegar.
A visita aos recém-nascidos e puérperas envolvem várias ações, entre elas, incentivo ao aleitamento materno exclusivo, adesão a vacinação e a puericultura, cuidados como banho de sol, curativo do coto umbilical, identificar sinais de perigo, entre outros que permitem que as mães, pais e familiares proporcionem cuidados de qualidade visando diminuir futuros agravos e amenizando a insegurança em relação àquele pequeno ser.
Para podermos mudar esta situação foi construída uma matriz de intervenção com algumas atividades a serem desenvolvidas a fim de que os recém-nascidos da área pudessem ser de fato visitados na primeira semana de vida. Uma das facilidades é que a equipe de fato estava totalmente interessada e comprometida a mudar este cenário. Assim na elaboração da matriz de intervenção definimos como estratégias para alcançar os objetivos e meta:
-Aumento de dias reservados para a visita domiciliar
-Agentes comunitários de saúde – ACS mais vigilantes em relação às grávidas que estão próximas a entrarem em trabalhado de parto.
-Visitas domiciliares realizadas também pela médica aos recém-nascidos e puérperas;
-Registros das visitas no sistema;
-Garantir reuniões quinzenais sempre, às sextas-feiras, com duração aproximada de duas horas.
Assim, esperamos ter como resultados:
-Mais dias disponíveis para a visita domiciliar;
-ACS comunicando o mais precoce possível à equipe de saúde sobre as mulheres que pariram;
-Equipe mais coesa e comprometida a realizar as visitas as puérperas e recém-nascidos na primeira semana de vida ;
-Alimentação do sistema com dados referentes às visitas/atendimentos às puérperas e recém-nascidos na primeira semana de vida, em tempo hábi;
-Equipe de saúde avaliando e acompanhando suas ações a fim de melhor atender as usuárias e seus recém-nascidos na primeira semana de vida, bem como realização de ajustes.
Os Agentes Comunitários de Saúde-ACS’s se propuseram ao máximo ajudar e ficaram mais vigilantes. A diretora compreendeu a importância de serem realizadas visitas e um acompanhamento mais de perto desses recém-nascidos. A técnica em enfermagem construiu um mapa baseado nas datas prováveis de parto das gestantes da área e disponibilizou aos ACS’s para que durante as suas visitas fiquem vigilantes e avise dos partos. Eu e a enfermeira da área montamos um cronograma e sensibilizamos a direção a reservar mais um dia para visita domiciliar, pois até então os atendimentos clínicos tinham talvez mais importância do que as outras atividades.
É válido ressaltar que com essa microintervenção, até o momento as visitas aos recém-nascidos estão sendo realizadas pela equipe em tempo hábil. Nas nossas próximas reuniões iremos continuar avaliando e alinhando nossas atividades para que juntos possamos cada vez mais dispensar cuidados a população da nossa área com qualidade e em tempo hábil.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. PMAQ: manual instrutivo para as equipes de atenção básica e NASF. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
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