19 de julho de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

Tìtulo:  Matriz de intervenção: visita domiciliar como prioridade

Especializando: Alfredo Rivero Troya

Orientador: Maria Helena Pires Araujo Barbosa

 

  As unidades básicas de saúde apresentam uma organização do trabalho baseada no território envolvido, profissionais integrantes e demandas do usuário. O AMAQ (Autoavaliação para melhoria do acesso e da qualidade da atenção básica) direciona os processos de trabalho abordando categorias e temáticas de maior abrangência para as necessidades da população.

Após observação da unidade básica e avaliação da dimensão do AMAQ: Perfil, Processo de Trabalho e Atenção Integral à saúde, subdimensão: Organização do Processo de Trabalho e observação da unidade, foi escolhida (em conjunto com a enfermeira responsável pela unidade e a coordenação do NASF), a subdimensão K 4.12 (A equipe de Atenção Básica realiza visita domiciliar de maneira sistemática, programada, permanente e oportuna).

A categoria em questão apresentou-se como maior fragilidade no processo de trabalho da Unidade Básica de Saúde Severina Medeiros Dantas, pois as visitas domiciliares são agendadas de acordo com a demanda de cada Agentes Comunitários de Saúde e solicitação de familiares, assim como a disponibilidade de transporte. Nesse sentido as visitas são restritas e não atuam buscando a prevenção, mas o cuidado imediato de enfermidades agudas ou acentuação de problemas crônicos.

Sendo a visita domiciliar um importante instrumento de trabalho eficaz na resolutividade de dificuldades individuais, familiares, coletivos e territoriais, auxiliando na qualidade de vida dos indivíduos interligados a unidade básica. A procura por visita médica é constante, programada com os atendimentos individuais, atividades de educação e saúde, assim como reuniões de equipe.

A microintervenção busca sistematizar e auxiliar na organização das visitas médicas com os ACS, programando visitas para os acamados e deficientes a cada 6 meses como rotina e semanais de acordo com a demanda dos usuários.

Após a reunião com a coordenação do NASF e a enfermeira da unidade básica, foi agendada reunião com os ACS para expor a temática e programar os agendamentos para visitas médicas, esta baseou-se na seguinte pauta:

  1. Apresentação da categoria do AMAQ referente a visita domiciliar (definição, critérios)
  2. Diferenciação de atendimento e visita domiciliar (objetivos e demanda)
  3. Apresentação e avaliação do sistema de coleta de dados (pontuação de risco familiar)
  4. Proposta de calendário de visitas

Os ACS mostraram interesse pela organização e maior acessibilidade aos usuários, questionamentos sobre transporte, dias de visitas e prioridade de cada microárea foram apresentados. Após, seguiram novos encontros para agendar e efetivar as visitas programadas.   

Após a reunião inicial, houve um encontro com cada ACS para apresentação do registro das famílias para a visita em cada microárea, em seguida foram agendados com toda a equipe as prioridades, associados aos atendimentos oportunos no momento.

O aprendizado baseou-se em um maior reconhecimento do território, quantitativo de famílias com domiciliados, prioridades para visita, melhor organização dos atendimentos individuais e domiciliares, assim como a importância da parceria entre os diversos profissionais para a maior resolutividade da necessidade do usuário.

As reuniões continuas existentes na UBS contribuíram como potencialidade para a intervenção, como também o apoio da gestão e dos profissionais envolvidos para a melhoria do serviço, os ACS estão sendo importantes nesse processo pela “abertura” que promovem aos profissionais para os domicílios, como viés destaca-se o pensamento inadequado da população em relação a presença do médico como resolução, encaminhamento de um problema de saúde acentuado, sem considerar a atenção primária.

As dificuldades apresentadas em relação ao serviço centra-se na falta de transporte para todas as visitas agendadas dos profissionais, organização de horário com cada agente de saúde e problemas familiares relacionados ao usuário, porém as potencialidades superam pois permitem melhor interação entre médico-paciente, presença e apoio da família no momento de intervenção e melhor êxito no trabalho do ACS, evidenciando experiências significativas para o trabalho do profissional.

Espero que seja um importante auxilio para as necessidades clinicas, como também sociais da comunidade, visto que de acordo com a necessidade as visitas serão realizadas em conjunto com outros profissionais vinculados a unidade básica, como Assstente Social, Psicólogo, Fisioterapeuta, Enfermeiro, Nutricionista, Odontólogo e técnico de enfermagem e saúde bucal.

Melhorias poderão acontecer em função do melhor entendimento da atenção básica pela população, incentivo para outros serviços e profissionais, foco na prevenção em saúde e redução de agravos na saúde da população.

 

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