TÌTULO: Experiências no planejamento reprodutivo, pré-natal e puerpério da equipe 024 na policlínica Alberto Lima.
ESPECIALIZANDO: ARIESEL REYES ACEDO.
ORIENTADOR: CLEYTON CÈZAR SOUTO SILVA.
Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez indesejada. Todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática do planejamento familiar. (BRASIL 2002)
A ampliação do acesso de mulheres e homens à informação e aos métodos contraceptivos é uma das ações imprescindíveis para que possamos garantir o exercício dos direitos reprodutivos no país.
No que concerne à anticoncepção, os serviços de saúde devem fornecer todos os métodos anticoncepcionais recomendados pelo Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, os profissionais de saúde devem empenhar-se em bem informar aos usuários para que conheçam todas as alternativas de anticoncepção e possam participar ativamente da escolha do método. Considerando que a AIDS vem se tornando uma das principais causas de morte entre mulheres jovens, é fundamental que se estimule a prática da dupla proteção, ou seja, a prevenção simultânea das doenças sexualmente transmissíveis (DST), inclusive a infecção pelo HIV/AIDS e a gravidez indesejada. (BRASIL 2002)
Em 2007, o Ministério da Saúde elaborou o Programa Mais Saúde: Direito de Todos, no qual uma das medidas propostas é a expansão das ações de planejamento familiar. A atenção em planejamento familiar implica não só a oferta de métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção, mas também a oferta de informações e acompanhamento, num contexto de escolha livre e informada. (BRASIL ,2013).
Os primeiros motivos de consulta na APS é a gestação Caracteriza-se por um período de grandes transformações e que requer adaptação à chegada do novo membro da família, constituindo-se assim em um momento de maior vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, propício para o desenvolvimento de ações preventivas, de promoção à saúde e de inclusão do parceiro/a, desde que esse seja o desejo da mulher, nas atividades de assistência à saúde da mulher. (SÂO PAULO 2010)
O pré-natal deve começar assim que a mulher descobre que está grávida. No Brasil, a partir desse momento, o Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas (uma no primeiro trimestre da gravidez, duas no segundo e três no terceiro), sendo ideal é que a primeira consulta aconteça no primeiro trimestre e que, até a 34ª semana, sejam realizadas consultas mensais
A qualificação permanente da atenção ao pré-natal, ao parto e ao puerpério deve sempre ser perseguida na perspectiva de garantir uma boa condição de saúde tanto para a mulher quanto para o recém-nascido, bem como de possibilitar à mulher uma experiência de vida gratificante nesse período. Para isso, é necessário que os profissionais envolvidos em qualquer instância do processo assistencial estejam conscientes da importância de sua atuação e da necessidade de aliarem o conhecimento técnico específico ao compromisso com um resultado satisfatório da atenção, levando em consideração o significado desse resultado para cada mulher. A consulta pré-natal, para muitas mulheres, constitui-se na única oportunidade que possuem para verificar seu estado de saúde; assim, deve-se considerá-la também como uma chance para que o sistema possa atuar integralmente na promoção e, eventualmente, na recuperação de sua saúde. SÂO PAULO 2010)
Na Policlínica Alberto Lima a equipe 024 tem desenvolvidos diversas tarefas encaminhadas a orientar as famílias em quanto ao planejamento familiar, pré-natal e puerpério, foram desenvolvidas algumas atividades que tive como principal objetivo ter uma melhora no atendimento desses pacientes. Em nossa área minha equipe faz palestras educativas todas as semanas com a maioria das mulheres em idade fértil, respondendo assim muitas dúvidas que elas tem sobre o tema principalmente os métodos anticoncepcionais e atenção ao pré-natal.
A equipe conta no cronograma de trabalho com um horário para avaliar as mulheres de risco reprodutivo, segundo a demanda, onde são oferecidas informações de saúde na mulher, como manter tratamento nas doenças crônicas, dieta saudável, pratica de exercícios físicos, oferecemos o tratamento com ácido fólico a toda mulher em idade reprodutiva que deseja engravidar, além de palestras sobre a importância do acompanhamento do pré-natal durante todo o processo. No caso que alguma precisar de atendimento especializado é encaminhada para o centro de diagnóstico da mulher, onde tem ginecologistas, e oferecem alguns exames ou avaliações mais especializadas.
Na unidade de saúde se realizam teste rápidos para Sífilis, HIV, Hepatites B, C, e coletas para PCCU. Nos casos de ser positivo é oferecida ajuda psicológica e tratamento médico segundo a doença, se precisar se encaminha para o centro de DST, onde existem profissionais capacitados nessa área em específico. Também contamos com diferentes métodos anticonceptivos como por exemplo: camisinha, dispositivos intrauterinos, injetável, pílulas, anticoncepção de emergência que são oferecidos na população de abrangência e recebem as orientações precisas para seu uso.
Segundo o esquema nacional de vacina o cartão de vacinação é atualizado em cada caso individual, orientando as grávidas da importância e os venefícios que as vacinas tem. Durante as consultas de pré-natal as gravidas são orientadas em quanto a uma adequada alimentação, além de ser encaminhadas a consulta com nutricionista dentro da UBS. São orientadas sobre a importância de retornar as consultas o dia agendado, assim como o retorno para o acompanhamento do puerpério e o recém-nascido.
Toda consulta falamos sobre a importância da amamentação até os seis meses de idade, as vantagens e desvantagens da mesma, a ênfases sobre as consultas de puericulturas, para que seja avaliado corretamente o desenvolvimento da criança.
Com relação ao puerpério as maiorias das mulheres não retornam à consulta de puerpério, sendo uns dos principais desafios que tem nosso equipe, durante as consultas explicamos a importância deste período e os cuidados específicos a ter em conta durante o mesmo.
Além de todo o esforço ainda temos algumas fragilidades, como por exemplo, existe pouca participação nas consultas de puericultura na área, também não contamos com ginecologista no posto pelo que qualquer avaliação tem que ser feita fora da UBS o que dificulta o processo de Inter consulta. Por outro lado com todo o trabalho feito ainda há casais que não vão às consultas de planejamento familiar ou de infertilidades.
Nosso equipe tem como desafio uma serie de dificuldades encontradas em nosso trabalho no dia a dia como são a incorporação de puérperas mais cedo a nossas consultas, melhorar a assistência das crianças a consultas de puericultura, incorporar cada vez mais os casais a consultas de planejamento familiar.
Nossa equipe realiza mensalmente atividade educativa com todas as gestantes de nossa área de abrangência com o objetivo de conscientizar a importância da assistência na consulta de puericultura já que isso constitui uma fragilidade em nossa equipe, são levados outros temas de interesse em aras de esclarecer dúvidas em relação ao todo processo de pré-natal, parto e puerpério, as gestantes são acompanhadas do parceiro e outros membros da família considerando que é um processo que envolve a família toda. Com esse tipo de atividade a equipe possui ferramentas que ajudam a traçar estratégias de trabalho para melhorar a qualidade da assistência prestada.
Tendo em consideração os problemas identificados concordamos reorganizar o processo de trabalho da equipe e incluir atividades de educação e capacitação para os ACS relacionadas com a importância do pré-natal, atenção a puérperas e recém-nascido, planificação familiar, aleitamento materno além de temas de promoção de saúde sexual e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
Com a realização desta microintervenção consideramos foi de muita importância, porquê permitiu trabalhar em equipe, identificar nossas fragilidades e traçar um plano de ação para melhorar os problemas identificados unidos todos melhorando o atendimento, acolhimento, é a saúde geral de nossa população.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico/Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher – 4a edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
2. São Paulo(Estado). Secretaria da Saúde. Coordenadoria de Planejamento em Saúde. Assessoria Técnica em Saúde da Mulher. Atenção à gestante e à puérpera no SUS – SP: manual técnico do pré natal e puerpério / organizado por Karina Calife, Tania Lago, Carmen Lavras – São Paulo: SES/SP, 2010.
3. Brasil, Caderno de Atenção Básica: Saúde sexual e saúde reprodutiva, 2013.
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