6 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: UM DESAFIO PARA A EQUIPE

 

ESPECIALIZANDO: LIDIO WANDERSON DE SOUSA SANTOS

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

            A equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Ana Paulino não encontrou dificuldade para responder o questionário proposto pela microintervenção, pois a maioria das perguntas já realizávamos na nossa unidade.

Questionário

QUESTÕES

SIM

NÃO

A equipe realiza consulta de puericultura nas crianças de até dois anos (crescimento/desenvolvimento)?

X

 

A equipe utiliza protocolos voltados para atenção a crianças menores de dois anos?

X

 

A equipe possui cadastramento atualizado de crianças até dois anos do território?

X

 

A equipe utiliza a caderneta de saúde da criança para o seu acompanhamento?

X

 

Há espelho das cadernetas de saúde da criança, ou outra ficha com informações equivalentes, na unidade?

X

 

No acompanhamento das crianças do território, há registro sobre:

QUESTÕES

SIM

NÃO

Vacinação em dia

X

 

Crescimento e desenvolvimento

X

 

Estado nutricional

X

 

Teste do pezinho

X

 

Violência familiar

 

X

Acidentes

 

X

A equipe acompanha casos de violência familiar conjuntamente com os profissionais de outro serviço (CRAS, Conselho Tutelar)?

X

 

A equipe realiza busca ativa das crianças:

QUESTÕES

SIM

NÃO

Prematuras

X

 

Com baixo peso

X

 

Com consulta de puericultura atrasada

X

 

Com calendário vacinal atrasado

X

 

A equipe desenvolve ações de promoção do aleitamento materno exclusivo para crianças até seis meses?

X

 

A equipe desenvolve ações de estímulo à introdução de alimentos saudáveis e aleitamento materno continuado a partir dos seis meses da criança?

X

 

 

A UBS tem um turno específico apenas pra fazer as consultas de Crescimento e Desenvolvimento (CeD), realizadas às quartas-feiras pela manhã, tendo em vista que essas consultas são um pouco mais demoradas por conterem muitos relatos das genitoras sobre os marcos das crianças, dentre outros detalhes.

            Na nossa UBS, cada Agente Comunitário de Saúde (ACS) tem o cadastro, sempre atualizado, da microárea que é responsável. Isto facilita bastante para manter sempre as informações atualizadas de cada família assistida pela unidade.

O grande desafio da nossa UBS estar em convencer as mães a levarem seus filhos com dois anos ou menos para consultas mensais, uma vez que elas alegam que a criança não tem alterações e que não pode deixar os afazeres de casa para comparecer a UBS. Algumas vezes acontecem de a genitora ou o genitor adoecer, levar a criança junto na consulta e aproveitar para realizar o crescimento e desenvolvimento. Mesmo assim não podemos perder a oportunidade de avaliar a criança e de alertar os pais sobre importância de realizar as consultas regulares de acordo com o Ministério da Saúde (MS).

O MS recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (1ª semana, 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (18º e 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Alertando que essas datas não foram escolhidas ao acaso e sim porque essas faixas etárias representam momentos de oferta de imunizações e orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças e no caso de a criança precisar de uma atenção maior, deveram ser vistas com uma maior frequência. Também alertamos sempre sobre a importância de levar o cartão da criança para que as informações não constem apenas no prontuário médico.

            Ao final do módulo “Atenção à Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento”, pude perceber que o acompanhamento realizado na minha UBS, que eu achava completo, na realidade não o era. Percebi isso logo na apresentação da situação problema, na qual Helena sofria violência familiar do próprio pai que sempre chegava alcoolizado em casa.

Com mais nesse aprendizado durante o módulo e em reunião com a equipe de saúde, foi proposta uma reformulação da consulta de CeD, acrescentando os itens de violência doméstica e acidentes, bem como foi realizada orientação detalhada as ACS para que fiquem mais atentas a algum detalhe que possam nos levar a suspeita de violência e assim pudermos fazer uma abordagem adequada a essa família.

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