6 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ACOLHIMENTO A PACIENTES QUE NECESSITAM DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL OU USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS, COMO É FEITO?

 

ESPECIALIZANDO: LIDIO WANDERSON DE SOUSA SANTOS

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

            Nós, da Unidade Básica de Saúde (UBS) Ana Paulino, município de Areia Branca, no que diz respeito a Atenção a Saúde Mental, procedemos de duas formas diferentes a depender da primeira avaliação do paciente, feita pelo médico. Geralmente esses pacientes são levados até a UBS para essa avaliação e em seguida é feito um encaminhamento para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) da cidade, através de uma ficha de referência.

Após a consulta especializada no CAPS, os familiares recebem novamente a ficha de referência, com o campo de contrarreferência devidamente preenchido com diagnóstico, conduta e tratamento escolhido. Outra forma de ser feito o acompanhamento desses pacientes é através de visita domiciliar, previamente agendada pelos familiares, quando é o caso dos pacientes serem agressivos ou ter dificuldade de viver em coletivo.

            Na nossa Unidade já existe uma ficha de controle de medicamentos psicotrópicos, enviados pela própria Secretaria de Saúde. Durante esta microintervenção, esta ficha passou por uma reformulação da equipe e atualmente possui os dados abaixo.

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PREFEITURA MUNICIPAL DE AREIA BRANCA

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

NOME

DN

CNS

PRON-TUÁRIO

ACS

DIAGNÓ-STICO

TRATA-MENTO

INICIO DOS SINTO-MAS

INICIO DO TRATA-MENTO

PRÓXIMA CONSULTA/ RENOVA-ÇÃO DE RECEITA 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           

 

A rede de Rede de Atenção à Saúde Mental do nosso município funciona da seguinte forma: em dias úteis, em que há atendimento no CAPS, os pacientes que estão em surto psicótico são levados ao hospital para o primeiro atendimento e em seguida encaminhados ao CAPS para a avaliação do psiquiatra, não existe o serviço de internamento psiquiátrico na cidade. Durante os finais de semana ou feriados, quando não há atendimento no CAPS, os pacientes são levados ao hospital para o primeiro atendimento e em seguida são referenciados para o Hospital São Camilo de Lelis, na cidade de Mossoró, distante cerca de 55 km. Também pode ocorrer de os pacientes que já tem diagnóstico fechado por psiquiatra serem referenciados para o Hospital Regional Tarcísio Maia, também localizado na cidade de Mossoró, onde existe psiquiatra de plantão.

A cidade ainda conta com duas equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF). As equipes do NASF realizam ações de caráter educativo no CAPS, apostando na troca de saberes, ajudando a estreitar os laços entre os usuários e os profissionais da rede, para que possam ter uma compreensão melhor do “estar doente” em cada um dos usuários e o que a doença pode representar na vida deles e da sua família. As oficinas multiprofissionais envolvem várias pessoas ligados à área da saúde, entre eles nutricionista, fisioterapeuta e educador físico, nas quais cada um desenvolve ações ligados à sua área de atuação como dinâmicas de educação nutricional, de práticas corporais e de relaxamento.

            Ainda nessa microintervenção, a equipe discutiu o caso clínico de paciente de 42 anos, diagnosticado em 12/05/2014 com esquizofrenia catatônica e delirium tremens, em uso de diazepam 10mg, 1 comprimido à noite; akineton 2mg, 1 comprimido à noite; haldol 5mg, 1 vez ao dia; fenergan 25mg, 1 comprimido 2 vezes ao dia. Na abordagem da visita domiciliar, realizada em 04/07/2018, o paciente foi encontrado em quarto de aproximadamente 4m2, gradeado, bem ventilado, com rede para descanso, água disponível, calmo, alegre, colaborativo (realizado vacinação de hepatite B, DT e influenza), higiene corporal um pouco comprometida, higiene oral bem comprometida (conversado com a dentista da UBS para atendimento ao paciente), sem cuidador fixo, sem contato externo com outras pessoas, pois vive recluso ao quarto. Paciente aceita bem o tratamento não tendo apresentado surtos psiquiátricos desde seu início, a não ser alguns episódios (família não soube quantos) de fuga de casa, porém encontrado poucas horas após. No momento, a equipe julgou manter a conduta e agendou nova visita para 05/09/2018.

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