5 de setembro de 2018 / SEM COMENTÁRIOS / CATEGORIA: Relatos

ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

 

ESPECIALIZANDO: NEDILSON DE OLIVEIRA LARIU

ORIENTADORA: DANIELE VIEIRA DANTAS

 

Na Unidade Básica de Saúde (UBS) João Inácio de Oliveira o atendimento, assistência e acompanhamento das crianças nas diferentes faixas etárias é realizado por toda equipe. As Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) identificam as situações problemas (prematuro, baixo peso, atraso vacinal, consultas aprazadas não realizadas entre outras) e encaminham para o atendimento na Unidade.

O acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento (CeD) é realizado preferencialmente pela profissional da enfermagem (enfermeira), o qual suspeitando de alguma patologia, encaminha para a avaliação do médico, sendo também responsabilidade da enfermeira a coleta do teste do pezinho.

Com relação a imunização, nos atendimentos de rotina (médico ou enfermeira) é verificado a situação vacinal e uma vez encontrado qualquer atraso é encaminhado para a técnica em enfermagem para os devidos procedimentos e registros na sala de imunizações.

Nas avaliações/atendimentos contamos com o apoio da equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) local, no tocante ao atendimento nutricional, psicológico, fonoaudiológico, fisioterapêutico, de educação física e de assistência social.

Realizamos trimestralmente encontros com gestantes e nutrizes onde são esclarecidas todas as dúvidas sobre gestação e aleitamento materno, ganhos de peso, vacinações e relacionamento de casais. O tópico relacionamento de casais é o menos eficiente tendo em vista a dificuldade de participação dos homens.

Na semana do aleitamento materno, além dos eventos em cada unidade do município, um tivemos um encontro (Figuras 1, 2, 3 e 4) com a participação de autoridades municipais, prefeito, secretária de saúde e de outras pastas e todos os funcionários das UBS e NASF.

 

   

Figura 1. Prefeito, secretária de saúde e autoridades.

Figura 2. Médico palestrante do evento.

 

   

Figura 3. Ação musical estimulando o aleitamento materno.

Figura 4. Equipe do NASF.

 

Nesse encontro sobre aleitamento materno, mais uma vez o esclarecimento, a troca de informações apareceu como a solução. É importante considerar a baixa adesão ao aleitamento materno exclusivo durante seis meses, provocada pelo desconhecimento da importância do aleitamento. A começar pelos mitos que disseminam dúvidas nas mulheres como mamas flácidas após amamentação; sou pobre não me alimento bem e por isso o meu leite vai ser fraco para o bebê; vou ter que voltar ao trabalho e eu preciso começar a dar outro leite para o bebê ir se acostumando; minhas mamas são pequenas e o meu leite será insuficiente; entre outras.

Nesse sentido, nesta microintervenção a equipe discutiu e refletiu sobre a afirmação “amamente seu filho pelo menos durante os seis primeiros meses de vida”. Entendemos ser necessário o esclarecimento de que este pelo menos tenha um significado importante de obrigatoriedade e não de que o aleitamento materno se desvaloriza com o tempo.

A equipe reforçou a ideia que o bebê é um ser em construção e que o leite materno é o material adequado (e único) para uma boa construção. Se compararmos com a construção de uma casa é possível entender, e se fazer entender, que a casa construída com material de primeira qualidade será mais forte e durável do que a mesma casa construída com material de menor qualidade. E porque seis meses? Exatamente porque a criança leva seis meses construindo/organizando sua própria defesa. Enquanto isso vai recebendo via leite materno, células de defesa da mãe.

Se uma mãe tem qualquer dificuldade com relação ao aleitamento, é importante que nos esforcemos para suprir esta necessidade. Se temos consciência do valor e da importância do leite materno, nossa conduta deverá ser viabilizar a correção da dificuldade.

Sabemos que algumas mães produzem uma quantidade maior do que a necessidade do bebê e outras, menor. Aproveitamos esse encontro de possibilidades, estimulando e acompanhando contatos com mães de bebês em uma mesma idade e reforçando que a composição do leite materno varia em função da necessidade evolutiva da criança daí a importância da idade. O ser humano em evolução merece todo o nosso (pais e UBS) sacrifício, envolvimento, busca de soluções e cuidados.

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